12/05/2022
Há alguns dias fiz uma enquete nos stories, perguntando qual era a maior necessidade do ser humano. A resposta era “ser aceito”. Muita gente respondeu “ser feliz”. Alguns retrucaram, afinal, dentre as opções tudo era importante. Quem não quer ser feliz, aceito, amado e rico? Fato é que há um motivo para querermos ser aceitos, que vai além da nossa querida mente racional.
Mas, pensando na resposta da maioria e inspirada no reels do Jordan Peterson, que repostei hoje, vamos falar da felicidade. Da nossa busca incessante ou do fato de acharmos esta a maior necessidade humana. Quase como se fosse um direito nosso.
Do ponto de vista do seu sistema - aquela parte primitiva que quer ser aceita - ela está pouco lixando se você está feliz ou não. Ela só quer que você sobreviva. “Mesmo que eu esteja triste, doente, sofrendo?” Sim. Antes não havia tempo para ser feliz, buscar seu propósito e tentar colorir a vida das diversas formas que fazemos hoje. Isso é muito novo para nós. Portanto, não é a prioridade do nosso subconsciente.
Às vezes, queremos um estado de felicidade que, simplesmente, não existe. Queremos a vida – aparentemente – maravilhosa da rede social alheia. Tornamo-nos incapazes de ver beleza na rotina. No mundo real. Porém, ainda pior, em certos casos queremos ser felizes, independentemente das escolhas que fazemos. Pois, “já que estou vivo, mereço ser feliz”, mesmo que eu não assuma o mínimo de responsabilidade pelo meu próprio destino. E, depois de muito plantar batata, espero colher repolho. Então, quando confrontado com a realidade da minha colheita, vou atrás de uma pílula mágica para ser feliz de novo. Dr**as, álcool, remédios, s**o, comida... Todo tipo de prazer ou alívio instantâneo.
E por que estou falando disso? Porque é aí que alguns buscam a terapia apenas para não sofrerem e serem felizes, sem nenhum esforço – afinal, é um direito e não algo que se constrói, não é mesmo? Há casos em que a terapia de nada vai te servir. Você só precisa desistir de ter uma vida perfeita. Aceitar que vai sofrer, hora ou outra e seguir, aprendendo com os erros.
(Continua nos comentários)