03/06/2020
Neste Dia Mundial da Conscientização contra a Obesidade Infantil (3 de junho), chamamos a atenção para a incidência da doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde, aumentou dez vezes entre as crianças e adolescentes no mundo nas últimas quatro décadas.
Os dados brasileiros evidenciam a importância da atenção ao tema. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, uma em cada três crianças entre cinco e nove anos está acima do peso.
E o confinamento em casa, durante a quarentena por causa da pandemia de covid-19, tem potencial para aumentar ainda mais o problema, já que as crianças estão com pouco espaço para se movimentar e afastadas de suas atividades físicas habituais.
Sabemos que a obesidade é uma doença crônica e inter-relacionada direta ou indiretamente com outras doenças, entre as suas complicações destacam-se aquelas relacionadas à síndrome metabólica. No entanto, outras alterações, como problemas respiratórios, dermatológicos e ortopédicos, também podem ocorrer.
Destaco aqui, que a obesidade afeta o aparelho locomotor, tanto de forma estrutural como funcional.
Estudos mostram que os indivíduos obesos são mais predispostos a apresentar problemas ortopédicos do que indivíduos eutróficos. Dentre os principais problemas estão as alterações posturais, nas quais se incluem predominantemente a hiperlordose lombar, os joelhos valgos, os joelhos hiperestendidos e os pés planos. No âmbito articular, destacam-se as dores na coluna lombar e membros inferiores, principalmente nos joelhos.
Como esses problemas podem acontecer em idade precoce, é imprescindível que essas crianças sejam tratadas com acompanhamento nutricional, fisioterapia e atividade física controlada, para prevenir futuras complicações e melhorar as doenças existentes.