03/12/2025
Cada vez mais pessoas estão usando testosterona sem acompanhamento adequado, buscando “crescer”, melhorar a autoestima ou tentar compensar sintomas que poderiam ser investigados de outra forma.
Mas existe um ponto crítico que precisa ser dito com clareza:
manter níveis suprafisiológicos por longos períodos NUNCA é tratamento, é abuso hormonal.
E abuso hormonal cobra um preço.
• Coração: aumento do risco de hipertensão, arritmias, infarto e espessamento do ventrículo esquerdo.
• Fígado: risco de lesão hepática, alterações enzimáticas e colestase.
• Hemograma: aumento exagerado de hemácias e hematócrito, favorecendo trombose.
• Eixo hormonal: bloqueio da produção natural, podendo gerar infertilidade e queda abrupta após suspensão.
• Saúde mental: irritabilidade, impulsividade, instabilidade emocional e dependência psicológica.
• Pele e metabolismo: acne, oleosidade, resistência insulínica e alterações no perfil lipídico.
E o ponto mais importante:
os danos cardiovasculares não desaparecem simplesmente ao parar o uso. Alguns efeitos persistem e podem evoluir silenciosamente.
O que recomendamos na prática:
🔸 Avaliação completa antes de qualquer prescrição
(hormônios, hemograma, metabolismo, saúde hepática, perfil lipídico, histórico clínico).
🔸 Acompanhamento regular para ajustar doses.
🔸 Metas hormonais realistas, dentro da faixa saudável.
🔸 Foco no tripé que realmente mantém o corpo funcionando:
sono | treino | nutrição | saúde emocional.
🔸 Orientação multidisciplinar quando necessário.
Hormônio não é atalho...é responsabilidade.
E equilíbrio ainda é a forma mais inteligente de cuidar do corpo.