Ai Pensei - Por Jamille Raia Dreer

Ai Pensei - Por Jamille Raia Dreer Psicanalista com especialização Junguiana
Pós Graduada em Constelação Familiar Sistêmica
Estritora e Palestrante

Há momentos em que a vida parece um fio prestes a ceder…e nossas mãos, trêmulas, insistentes, seguram o último elo do qu...
03/12/2025

Há momentos em que a vida parece um fio prestes a ceder…e nossas mãos, trêmulas, insistentes, seguram o último elo do que ainda resta.

Na psicanálise, esse instante não é apenas queda iminente, mas o encontro nu com aquilo que sustenta e aquilo que desaba.
O rompimento não é falha: é verdade aparecendo, é o ponto onde o sujeito se vê diante do próprio limite e, enfim, pode perguntar de quem era o peso que carregava.

Segurar o fio é sobreviver, mas reconhecer o desgaste é começar a viver.
Porque, às vezes, é no quase rompido
que descobrimos a força que não sabíamos ter e o desejo que começa de novo
mesmo quando tudo parece acabar.

Às vezes, a vida nos pede silêncio antes de pedir mudança.Na análise, não é o passo apressado que cura, mas o passo poss...
02/12/2025

Às vezes, a vida nos pede silêncio antes de pedir mudança.
Na análise, não é o passo apressado que cura, mas o passo possível.
Cada sessão é um pequeno desvio na rota antiga, um fio que se solta do nó, um gesto de cuidado para quem carregou dores demais e por tanto tempo.

Reorganizar-se não é arrumar tudo… é permitir que algo interno encontre espaço para respirar.
E, quando o inconsciente se sente finalmente ouvido,
ele mesmo começa a abrir caminhos onde antes só havia pesos.

Na psicanálise, a pressa não serve.
Serve a verdade que aparece devagar.
Serve o corpo que relaxa o que já não precisa segurar.
Serve o sujeito que descobre, passo a passo,
que pode ser mais leve sem deixar de ser inteiro 💭💡🌷🥹

💭Tem dias que são só destroços.Algumas experiências nos abre espaços, frestas, lugares onde podem brotar algo novo.Outra...
01/12/2025

💭Tem dias que são só destroços.

Algumas experiências nos abre espaços, frestas, lugares onde podem brotar algo novo.
Outras situações traumáticas, revividas, quebram, fraturam… a ponto de construir abismos, paredes intermináveis… lápides.
Partes e arestas mortif**adas, onde nada se cria, só se lamenta. Não é o lugar do vazio, é o vazio… de signif**ados, de amparo, de suporte, de pontes.
Aquele lugar que por vezes tememos tanto nos deparar: que nos separamos, de convívios, de vínculos, de relações, de amores.
A gente olha e vê destroços, de uma guerra que jamais terão ganhadores. Apenas dor, sofrimento e um desejo enorme de se refazer, costurar, conectar…

Que possamos recolher nossos cacos e quem sabe, se refazer 💭💡🌷
Escrito com alma, corpo e sangue, Jamille Dreer ✍🏼

A psicanálise nos mostra que o sintoma é essa tatuagem antiga:💭um traço que não escolhemos, mas que insiste em dizer o q...
28/11/2025

A psicanálise nos mostra que o sintoma é essa tatuagem antiga:
💭um traço que não escolhemos, mas que insiste em dizer o que não coube em palavras.

Quando escutamos o corpo que sofre, ele começa a contar a história que a alma ainda não ousou narrar.
E assim, pouco a pouco, aquilo que antes pesava e adoecia, pode finalmente encontrar voz, sentido, e caminho 💡
Bom dia meus queridos pensadores!

Recomendação de um dos melhores filmes que assisti recentemente 🍿 “O Filho de Mil Homens” tece sua história com a delica...
25/11/2025

Recomendação de um dos melhores filmes que assisti recentemente 🍿

“O Filho de Mil Homens” tece sua história com a delicadeza de quem sabe que afeto também nasce no silêncio.
O filme encontra beleza nas frestas, na intensidade do olhar, naquele espaço onde dois solitários — um homem marcado por ausências e um menino órfão de pertencimento — se reconhecem sem pressa.

Rodrigo Santoro mergulha no papel feito de mar e de falta, enquanto Miguel Martines (seu filho adotivo) devolve a ele a possibilidade de futuro. Juntos, eles formam uma relação que o filme não apressa, apenas acompanha, como quem observa uma maré que deposita conchas uma a uma na beirada da praia.

Quando Isaura e Antonino entram na cena, a narrativa lembra que família é também o encontro improvável entre solidões que se encaixam. Nada de grandes discursos — o que move a história são gestos miúdos, quase tímidos, de quem tenta se costurar por dentro, assim como a Psicanálise.

O ritmo é contemplativo, talvez lento demais para alguns. Mas é justamente nessa calma que o filme revela sua força: falar de dores sem espetacularizar, de amor sem ornamentar, de escolhas feitas pela vontade de se aproximar — e não pela obrigação de preencher um vazio.

No fim, f**a a sensação de que o amor é brisa, não explosão.
É possível, não idealizado.
É escolha, não destino.
E quando as vidas se encontram no momento certo, até o silêncio aprende a ser leve.

Às vezes, é preciso ir embora… não apenas de lugares, mas das versões de nós que ali insistiam em existir.Sair também é ...
24/11/2025

Às vezes, é preciso ir embora… não apenas de lugares, mas das versões de nós que ali insistiam em existir.
Sair também é gesto de vida: é recusar o velho roteiro que se repete, é abandonar o padrão que já não nos sustenta, é admitir que o inconsciente pede passagem para outro caminho.

Retirar-se pode ser um ato silencioso, quase sutil, mas profundamente revolucionário.
É quando percebemos que, para continuar, precisamos antes nos deixar… deixar a pele antiga, o sintoma que nos aprisiona, a lógica que nos machuca.

E assim, ao sair de certos lugares, encontramos um espaço interno onde podemos finalmente adentrar e existir 💭💡❤️‍🩹

Bom dia meus queridos pensadores!

Em tempos de hipermedicalização, o sujeito corre o risco de silenciar a dor antes de escutá-la.A psicanálise lembra: nem...
20/11/2025

Em tempos de hipermedicalização, o sujeito corre o risco de silenciar a dor antes de escutá-la.
A psicanálise lembra: nem todo incômodo é defeito,
às vezes é desejo pedindo passagem… é a vida tentando falar.

Entre um comprimido e o próximo, há um mundo inteiro que ainda quer ser ouvido 💭💡🌷

A falta não é um defeito, é a fenda por onde a vida respira 💭🥹A falha, tão temida, é o ponto onde o sujeito deixa de ser...
19/11/2025

A falta não é um defeito,
é a fenda por onde a vida respira 💭🥹

A falha, tão temida, é o ponto onde o sujeito deixa de ser máquina e volta a ser humano.
Ali, onde nada se encaixa perfeitamente, o desejo encontra espaço para nascer.

💡A castração não é corte, é cuidado:
é o limite que nos livra da tirania de sermos tudo, de sabermos tudo, de darmos conta de tudo.

Aceitar a falta é aceitar o próprio movimento do viver —
uma dança que só acontece porque há espaço,
silêncios, intervalos.

Na falta, nos reconhecemos.
Na falha, nos fazemos.
No limite, enfim, respiramos.

É curioso como, na lógica da superprodutividade contemporânea, o sujeito se vê convocado a funcionar mais do que viver.E...
18/11/2025

É curioso como, na lógica da superprodutividade contemporânea, o sujeito se vê convocado a funcionar mais do que viver.
E então o café, esse pequeno empurrão cotidiano — vira quase um pacto silencioso com o excesso.

Na perspectiva psicanalítica, não é apenas a cafeína que desperta:
💡é o desejo de dar conta do impossível…
💡é o EU tentando sustentar exigências que nunca cessam…
💡é o corpo respondendo ao chamado de um ideal que não tem fim.

No fundo, talvez não seja o café que nos falta,
mas a permissão de existir sem precisar render tanto 💭🌷

Na psicanálise, o que dói não pede urgência de cura — pede espaço.Pede o silêncio que acolhe, a palavra que encontra cor...
17/11/2025

Na psicanálise, o que dói não pede urgência de cura — pede espaço.
Pede o silêncio que acolhe, a palavra que encontra coragem, o tempo que permite que o indizível se anuncie.

Quando a dor finalmente fala, ela não some de repente;
ela se transforma.
E, ao ganhar voz, deixa de ser peso mudo
para tornar-se caminho possível 💭🌷💡🥹

Parece que essa imagem fala de um peso que não se vê, mas que se sente — e que às vezes se sustenta em silêncio.Na psica...
15/11/2025

Parece que essa imagem fala de um peso que não se vê, mas que se sente — e que às vezes se sustenta em silêncio.

Na psicanálise, o sintoma é isso: uma pedra que encosta na nuca, pesada demais para nomear, mas fiel o suficiente para não nos abandonar.
Ele diz do que dói, do que falta, do que insiste.
Diz dos pedaços da história que ainda não encontramos palavras para contar.

E, no entanto, é justamente quando a pedra pesa que algo pode começar a se mover.
Na análise, o sujeito aprende a olhar para esse peso de outro jeito — não como castigo, mas como mensagem.
Porque o que oprime também fala.
E o que paralisa, quando escutado, pode finalmente ser colocado no chão.

Talvez o que chamamos de fardo seja, na verdade, um pedido de voz 💭💡🌷🥹

Fazer análise não é receber roteiros prontos para existir. É, antes, aproximar o ouvido do próprio viver —escutar os pas...
14/11/2025

Fazer análise não é receber roteiros prontos para existir. É, antes, aproximar o ouvido do próprio viver —
escutar os passos que você mesmo tem dado,
as escolhas que nascem no silêncio, os gestos que dizem mais do que você percebe.

Na análise, não se trata de aprender o que fazer,
mas de descobrir o que você tem feito de si,
do seu desejo, da sua história.

É um encontro com aquilo que já fala em você,
mesmo quando você ainda não sabe ouvir 💭🥹🌷

Endereço

Santo André, SP

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