14/11/2022
"O que for, quando for, é que será o que é."
Assim Alberto Caeiro conclui seu poema "Quando vier a primavera".
Uma linda obra sobre aceitar o ritmo da vida, aceitar a morte, aceitar o momento de partir.
Não é uma tarefa fácil olhar para si e ter esses entendimentos construídos pelo poeta: "...Se morrer agora, morro contente, porque tudo é real e tudo está certo."
Há um grande desprendimento em ser o centro do mundo: "a realidade não precisa de mim."
Isso tudo nos convida a olhar para nossa potência de vida enquanto vivemos as primaveras. E se uma primavera chegar e aqui não estivermos, pelo tempo que foi bem vivido, poder considerar que se morrer, morreríamos contente, porque a primavera seria depois de amanhã.