30/07/2025
Você já percebeu como muitas mulheres adultas só descobrem que têm TDAH depois de anos lidando com cansaço mental, esquecimentos e aquela sensação constante de estar sobrecarregada? Diferente do que muitos pensam, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) não se limita à infância – e a neuropsicologia ajuda a entender por que o diagnóstico é tão mais desafiador no universo feminino.
O que os estudos mostram?
Mulheres com TDAH costumam apresentar sintomas mais sutis e internos, como distração, desorganização e baixa motivação, ao invés daqueles comportamentos hiperativos frequentemente vistos em meninos. A ciência aponta que, no cotidiano feminino, as dificuldades de atenção podem se expressar como esquecimento, sensação de estar sempre “no limite” e uma busca incessante por estratégias para “dar conta” de tudo. Isso faz com que muitas passem despercebidas, dando vazão ao mito de que o TDAH é um transtorno "de meninos".
Por que a distração é tão marcante?
Pesquisas recentes destacam que o chamado “devaneio espontâneo” (mind-wandering)—quando a mente se perde em pensamentos aleatórios—é um dos grandes vilões para mulheres com TDAH. Esse fenômeno está ligado à dificuldade do cérebro dessas pessoas em “desligar” áreas ligadas ao modo padrão (Default Mode Network), o que acaba levando a distrações constantes, lapso de atenção e prejuízos acadêmicos e profissionais.
Riscos e desafios escondidos
Além dos sintomas nucleares de desatenção, mulheres adultas com TDAH também enfrentam taxas aumentadas de ansiedade, baixa autoestima, problemas sociais e maior vulnerabilidade à depressão. Muitas desenvolvem estratégias de compensação ou camuflagem, o que pode retardar o diagnóstico e o acesso ao tratamento adequado. Não raro, passam a vida se culpando por dificuldades que, na verdade, têm um fundamento neurobiológico bem estabelecido pela neuropsicologia moderna.
Se você se identificou com algum desses sinais, saiba: você não está sozinha. Compartilhe este post e ajude outras mulheres a descobrirem a força que existe em entender e cuidar do próprio cérebro!