10/08/2025
A arte cura
A curiosidade do nosso colunista começou com uma manchete chamativa: na Suíça, médicos estariam receitando visitas a museus no lugar de medicamentos, como forma de aliviar o estresse e promover bem-estar. A ideia era bonita, mas ele quis ir além do encantamento inicial: será que havia base científica para tudo aquilo?
Foi então que descobriu a iniciativa da cidade de Neuchâtel, onde um acordo entre o município e quatro museus permitia que médicos prescrevessem ingressos como complemento ao cuidado em saúde mental. A proposta não substituía tratamentos, mas sugeria que a arte, vivida com presença, poderia ser uma aliada poderosa para estimular movimento, reduzir tensões e abrir espaço para o sentir.
A pesquisa o levou ainda mais longe. Desde 2019, o departamento de cardiologia do Hospital Universitário de Genebra estabeleceu parcerias com museus para acolher pacientes cardíacos em momentos de isolamento. A experiência foi tão positiva que se estendeu a outras especialidades. E antes disso, no Canadá, um programa chamado Quintas-feiras no Museu já demonstrava resultados concretos. Desde 2015, idosos participavam de atividades no Museu de Belas Artes de Montreal, e os estudos apontavam melhora no bem-estar, na qualidade de vida e até na resistência física, às vezes, uma única visita bastava para fazer diferença.
Então, em sua coluna, Daniel propõe uma reflexão: se a arte é capaz de nos tocar tão profundamente, por que ainda hesitamos em considerá-la parte do cuidado? Em um sistema de saúde que exige comprovações antes de acolher novas práticas, ele reconhece que os recursos precisam ser bem investidos, mas também nos lembra que a beleza, quando nos alcança, pode ser tão transformadora quanto um remédio.
O texto completo está lá no nosso site: vidasimples.co.