30/11/2025
A premissa de que a mesma substância pode curar ou causar dano, dependendo da sua quantidade, revela uma verdade fundamental sobre a existência humana: a importância crucial do equilíbrio.
Este princípio, aplicável à farmacologia, transcende os laboratórios e se torna uma poderosa metáfora para todas as áreas da vida. O que define a experiência humana não é a ausência de forças, mas a maestria em gerenciá-las.
O desequilíbrio, seja por carência ou excesso, é a raiz do sofrimento.
A busca incessante por sucesso profissional, por exemplo, é uma força positiva; mas o seu excesso pode levar ao burnout, comprometendo a saúde e as relações pessoais.
Da mesma forma, o ócio, que em moderação é essencial para a recuperação mental, quando excessivo, degenera em estagnação e falta de propósito.
O equilíbrio não é um estado estático de mediocridade, mas sim um processo dinâmico de ajuste constante.
É reconhecer o valor de cada elemento — trabalho e descanso, razão e emoção, socialização e solidão — e alocá-los na medida exata que o momento exige.
Essa calibração contínua exige autoconsciência e disciplina para saber quando pisar no acelerador e, crucialmente, quando acionar o freio.
Em última análise, a capacidade de encontrar a "dose certa" é o que transforma o potencial destrutivo de qualquer força em um benefício.
É o discernimento que permite colher os frutos do poder sem sucumbir aos seus perigos.
Viver uma vida plena e saudável é, portanto, um exercício constante de moderação, onde o domínio reside em manter as balanças internas sempre ajustadas.
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