17/11/2025
A gente vive achando que precisa captar tudo de uma vez:
todos os sinais, todas as intenções, todos os perigos.
Como se o mundo estivesse sempre prestes a desabar.
Mas existe um outro jeito de olhar.
Um olhar que não corre.
Que não precisa adivinhar.
Que não se desespera em interpretar antes da hora.
Um olhar que é presença, não vigília.
Paciência, não alerta.
Quando a gente olha ao redor com paciência,
o corpo desaprende a guerra.
Ele encontra espaço pra respirar
antes de reagir.
E aí algo muda:
as coisas deixam de ser ameaças
e começam a ser informações.
Informações que chegam devagar,
que se revelam sozinhas,
que não precisam ser arrancadas pela ansiedade.
Olhar com paciência é confiar que o tempo mostra.
É lembrar que nem tudo exige defesa.
É entender que o mundo não está sempre contra você,
às vezes ele só está acontecendo.
Hoje, tenta assim:
em vez de vigiar o que te cerca,
observa.
Em vez de antecipar o que pode dar errado,
escuta.
Em vez de correr pra entender,
espera.
Porque quando um corpo preto olha com paciência,
ele escolhe não viver refém da pressa que o sistema ensinou.
Ele escolhe existir,
não sobreviver!