Grupo de Apoio Lado a Lado

Grupo de Apoio Lado a Lado Ajudar famílias que perderam seus filhos, abrindo um espaço de acolhimento, suporte e fortalecimento

17/07/2023

A Organização das Nações Unidas (ONU), criou a data com o intuito de conscientizar as pessoas sobre os cuidados com a saúde masculina, que muitas vezes é negligenciada.

No luto, os homens nem sempre mostram como se sentem. As pessoas nem sempre vêem as lágrimas de um pai de anjo, mas o seu mundo também desmoronou. Ele segura sua esposa quando as lágrimas dela caem. Ele passa seus dias fazendo o que é necessário fazer, mas um pedaço do seu coração foi arrancado também.

Os homens tem o direito de viver sua paternidade e serem reconhecidos, não só como responsáveis financeiros, materiais. Os pais de anjos merecem ter a sua dor reconhecida e acolhida. Eles precisam de espaço para chorarem pela morte de seus filhos livre de julgamentos.

Por isso queremos pedir um favor: da próxima vez que você ver uma mãe chorando pela partida de seu filho, por favor, lembre-se que a um pai também dói... ofereça seu abraço.

A saúde mental dos pais de anjos importa! Lembrando que julho é o mês internacional dos pais enlutados 🧡💛

Um abraço

IAN - Instituto Amor Nosso

18/05/2023

Um processo de luto requer paciência e compaixão para consigo mesmo. Novos arranjos serão construídos, um novo caminhar pela vida será desenhado e a vida lentamente começará a mudar de rumo. Pois, a vida será outra após a perda de quem amamos.

21/08/2022

DOIS FILHOS MORTOS DEPOIS DO ENTERRO DA AVÓ

Fabrício Carpinejar

Não tem como descrever a dor de perder um filho. Nenhuma palavra será suficiente. Então, o que dizer de perder dois filhos ao mesmo tempo? Nenhum silêncio será suficiente.

Um grave acidente na BR-040, na última quarta (17), abalou a rede de ensino de Minas Gerais. Dois filhos de Marcos Raggazzi, diretor executivo do Colégio Bernoulli, a melhor escola do país de acordo com o ENEM, morreram em colisão com uma carreta na altura da cidade de Três Marias, na região central do Estado.

As circunstâncias da tragédia ainda reforçam a insalubridade do sofrimento. Milena, diretora de uma empresa de marketing digital, e Stéfano, advogado, ambos ex-alunos do Bernoulli, voltavam do enterro da avó. Recém havia acontecido uma despedida na família, e suas duas ausências se juntaram às lágrimas.

Você ainda nem acabou de rezar para uma falta, nem terminou a despedida de alguém importante, e vêm novas notícias fúnebres, cada vez mais implacáveis e mais contundentes. Passa a ter que rezar para si, para se manter de pé, o que é impossível.

A desgraça nunca vem sozinha. A desgraça anda em bando. A desgraça surge em turma. A desgraça espanca covardemente.

É o equivalente a ver seus principais órgãos extraídos de repente: o coração e o pulmão arrancados no meio da multidão. Ninguém nota o desfalque, as pessoas só reparam na sua aparência, não naquilo que existe no seu interior; insistem para que não se desespere, para que continue vivendo, ou respirando, ou se emocionando.

— Mas como? — você pergunta, se já treme ao segurar um copo d’água.

Tempestades podem ocorrer em copos d’água, no finito de nossos olhos. O mundo desmorona e f**a reduzido a uma posição fetal.

Foi uma devastação sumária de um lar: três caixões em 48 horas. É aquele momento em que você não acredita no destino. Porque o destino não seria tão insensível a ponto de acumular três falecimentos numa mesma casa.

Há algo de desumano no engavetamento de almas de duas gerações. Não venha dizer que é um desígnio ou uma lição, não venha com atenuantes. A dor do luto não ensina. A dor do luto não é uma universidade da qual saímos graduados, pelo contrário, saímos esvaziados de sentido. Saímos sem profissão, sem futuro, sem conhecimento dos nossos limites, sem crença sobrevivente, sem esperança, sem a motivação do amanhã. Saímos com muito menos do que quando nascemos.

É tristeza para anestesiar uma existência inteira. É tristeza para criar ranço de terno ou vestido escuro. É tristeza para praguejar rosas e coroas para sempre. É tristeza para não suportar ouvir pela frente quaisquer pêsames ou sentimentos. É tristeza para jamais sorrir de igual forma. Os rostos dos pais enlutados se voltam para o chão, para os dias em que todos estavam vivos ao redor da mesa e não se pensava na morte.

Leia a minha coluna no jornal O Tempo desse final de semana (20 e 21/8/2022):

https://www.otempo.com.br/mobile/opiniao/fabricio-carpinejar/dois-filhos-mortos-depois-do-enterro-da-avo-1.2719413

Segue divulgação do nosso próximo encontro online. Contamos com a ajuda de vocês p alcançarmos mais pais e mães enlutado...
08/08/2022

Segue divulgação do nosso próximo encontro online. Contamos com a ajuda de vocês p alcançarmos mais pais e mães enlutados.
Para você que chegou a esta página e não nos conhece o Lado a Lado é um grupo de acolhimento a pais enlutados que já existe desde 2017.
O grupo é de Santos mas desde o início da pandemia começamos a fazer os encontros online e a receber enlutados de todas as regiões do Brasil!
Se você tiver interesse em participar é só nos mandar seu contato por DM!

cadaum

23.0709h30 às 11h30Se tiver interesse, mande uma msg inbox c seu telefone
13/07/2022

23.07
09h30 às 11h30
Se tiver interesse, mande uma msg inbox c seu telefone

18/05/2022

Olá
Sigam a nossa nova página no Instagram...infelizmente a antiga foi hackeada....
😔

18/05/2022

Naquele dia que perdi meu filho ainda em meu ventre, não foi só uma perda gestacional, era o meu filho...

Perdi o meu filho e com ele perdi muitas coisas,

Perdi o sonho da maternidade com presença, de alguma maneira perdi que você me reconhecesse como uma mãe, você faz questão de falar que eu não sou, embora dentro de mim eu sei que sou
Perdi os sentimentos inexplicáveis do nascimento, meu Deus, como sonhei com esse dia, eu viveria mil emoções em um único momento
Perdi a saída da maternidade de colo cheio de amor, o orgulho ao apresenta-lo a família e amigos
Perdi a emoção do primeiro banho, a amamentação, todos os cuidados cheios de amor,
Perdi a alegria de entrar no quartinho e ver aquele berço preenchido com o amor da minha vida,
Perdi a oportunidade de segurá-lo em em meus braços, sentir o cheirinho perfeito de filho, fazê-lo dormir, passar horas olhando pra ele enquanto dorme e pensando em como é bom ter uma pessoinha assim pra chamar de filho
Perdi a oportunidade de ensiná-lo, de educá-lo
Perdi a primeira gargalhada, a primeira palavra, a bagunça na primeira refeição, a primeira vez me chamando de "mamãe", os primeiros passinhos para o meu abraço
Perdi a sala cheia de brinquedos, os passeios no parque, os álbuns de família completos
Perdi o dia de tirar as rodinhas de apoio da bicicleta, até os primeiros tombos que me encheriam de preocupações
O primeiro dia de aula, a primeira paquera, a formatura, o primeiro dia na faculdade, formando uma carreira, à ida ao altar e vê-lo formar a sua própria família

Perdi uma vida inteira com momentos lindos, marcantes e brilhantes

Então não me diga que foi apenas uma perda, e que outra pessoa que perdeu um filho mais velho sofre mais do que eu, porque eu perdi muito mais do que você imagina e é por tudo isso que eu sofro, por tudo o que vivi e por tudo o que não vivi

Respeite a minha dor! Respeite a minha perda!

Por


Tivemos um problema com o instagram do grupo lado a lado. Mas n poderiamos deixar de divulgar o encontro online do próxi...
23/04/2022

Tivemos um problema com o instagram do grupo lado a lado. Mas n poderiamos deixar de divulgar o encontro online do próximo sábado.
Se você conhece uma mãe ou pai enlutado que possa ser beneficiado pelo grupo, encaminhe essa divulgação, e peça p que a pessoa mande uma msg p nós c o whats p mandarmos o link do encontro...

03/03/2022

“Na sua partida não fui forte, recebi toda a fragilidade que cabem nas despedidas, em poucos minutos um passeio pela vida toda. Você partia e, ao mesmo tempo, chegava.

Amparada no amor recebi a dor, encolhida, exausta, desorganizada. O olhar atravessando paredes, o sono escondido nas imagens que você me ofereceu numa vida inteira.

Na sua partida me acheguei do tempo, inaugurando várias outras despedidas, que ainda chegariam, dos lugares em que você estava... “ (Teresa Gouvea)

(Para meu pai, de quem continuo me despedindo)

03/03/2022

Muitas pessoas escondem que perderam alguém por suicídio.

Por vergonha. Por medo do julgamento.

Não deve e não precisa ser assim.

O suicídio mata aproximadamente 1 milhão de pessoas por ano.

Pessoas como a gente.

Que amam, vivem, trabalham, tem vida social, família, desejam ser felizes e sofrem.

Como o adoecimento mental ainda é um tabu, muitas pessoas não buscam ajuda; e outras tantas não tem acesso a um serviço de saúde mental digno.

Com isso, a doença avança.

A falta de discernimento entre o real e o imaginário ( que sempre é pior), a dor insuportável e mais múltiplos fatores levam a esse triste desfecho.

Não é escolha.

Não há lucidez.

Só uma visão obscura e cheia de desesperança.

É adoecimento.

Sério.

Respeite as pessoas que foram vitimas do suicídio.

Respeite suas famílias e amigos.





01/03/2022

Quando ganhei o Helano, esperei que a dor fosse diminuir, não passar porque sempre soube que isso é impossível, mas ao menos sentir ela f**ar menor.
Não foi isso que aconteceu.
E isso me doeu muito, me frustrou e me encheu de culpa.
Será que eu não amava o Helano o bastante ou será que amava Helena muito mais?
Ao longo de oito anos sendo mãe do Helano, e há dois do Héctor também, sei que arco-íris não se trata de apagar ou diminuir nada, nem é sobre resiliência, e sim em conseguir ver “cor” após uma escuridão que compreende somente quem viveu.
Duas realidades paralelas, antagônicas, amor e dor, felicidade e tristeza.
Uma não apaga a outra, por mais que com certeza a tristeza interfira muito em termos momentos felizes.
Você se sentiu assim?
🌈

Endereço

Santos, SP

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