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Quando alguém aprendeu desde cedo que ser escutado dói, qualquer tentativa de conversa soa como ameaça. O tom ainda nem ...
30/11/2025

Quando alguém aprendeu desde cedo que ser escutado dói, qualquer tentativa de conversa soa como ameaça. O tom ainda nem saiu da boca e a pessoa já está armada. Não porque você atacou, mas porque ela nunca teve espaço seguro para sustentar a própria vulnerabilidade.

E quando a mudança assusta, a verdade vira pedra. A menor frase ganha peso de sentença. A pessoa reage como quem se defende de um perigo, quando na verdade está diante de um convite para crescer.

Conviver com alguém assim exige paciência de quem sabe que certas defesas não são escolhas conscientes, mas ecos antigos. Não é sobre convencer. É sobre estabelecer limites firmes, falar com precisão e não carregar o fardo de educar aquilo que a vida inteira foi evitado.

A mudança começa quando a pessoa finalmente entende que ouvir não é perder. É se permitir existir de outro jeito.

Saber ouvir é um comportamento maduro, de alguém que escolhe todos os dias evoluir como sujeito.

Há  adultos que carregam um jeito bruto de se relacionar. Muitas vezes isso não nasce de maldade. Nasce de um modelo ant...
29/11/2025

Há adultos que carregam um jeito bruto de se relacionar. Muitas vezes isso não nasce de maldade. Nasce de um modelo antigo, recebido quando eram crianças. Em vez de um pai que cuidava, havia alguém que fazia barulho. Um adulto que reagia como menino, que não sabia acolher, que confundia autoridade com distância.

Quem cresce nesse ambiente aprende a se defender cedo. Aprende a falar alto antes de pensar. Aprende a evitar qualquer gesto que lembre vulnerabilidade. Só que essa armadura, que um dia foi proteção, vira peso. E esse peso cai sobre quem convive com ele.

Conviver com alguém assim exige paciência e limites. Ele não é um projeto a ser consertado. Ele é alguém que precisa reconhecer a própria história e perceber que a forma antiga já não serve mais.

O caminho de mudança começa quando se permite três movimentos simples:

1. Observar o próprio tom antes da palavra sair.
2. Admitir que a dureza não é força. É reencontro com um passado que ele não escolheu.
3. Aprender gestos pequenos de cuidado, mesmo que pareçam estranhos no início.

Não se trata de virar outra pessoa. Trata-se de se tornar alguém que olha para dentro e entende que, ao repetir velhas cenas, continua preso a elas.

Melhorar não exige espetáculo. Exige presença. E a coragem de fazer diferente do que viu. Isso já é um passo enorme para qualquer homem que queira construir relações mais maduras.

Às vezes a fala não encontra caminho.A pessoa está ali, mas algo em você se retrai.Falta a intimidade que deixa a conver...
22/11/2025

Às vezes a fala não encontra caminho.

A pessoa está ali, mas algo em você se retrai.

Falta a intimidade que deixa a conversa respirar.
F**a um cuidado excessivo, quase um vigia interno, vigiando cada palavra.

No emocional aparece como um eu que se defende antes mesmo de tentar.

Somente quando espaço é seguro, a fala volta a nascer.

O adoecimento não aparece só no corpo. Ele também se anuncia no modo como pensamos e sentimos. Às vezes surge como irrit...
19/11/2025

O adoecimento não aparece só no corpo. Ele também se anuncia no modo como pensamos e sentimos. Às vezes surge como irritação que não passa. Outras vezes como um fio curto de paciência, uma angústia que aperta no fundo do peito, ou aquela vontade de chorar sem motivo aparente.

Esses sinais pedem atenção. Não são frescura, nem exagero. São modos silenciosos de pedir cuidado.

E quem convive conosco também tem um papel importante. Um olhar mais atento pode evitar que alguém se perca no próprio cansaço.

Cuidar da saúde mental não é luxo. É necessidade.

10/11/2025

Nem tudo na vida está sob nosso controle, e talvez seja justamente isso que nos faz humanos.

Mas há algo que nos pertence: a forma como reagimos, o cuidado que damos a nós mesmos, a atenção que oferecemos ao outro.

Não se trata de controlar o que sentimos, mas de escutar o que nossos gestos e repetições estão tentando dizer.

Assumir o próprio lugar diante do que acontece é diferente de querer dominar tudo.
É um exercício de responsabilidade, não de controle.

Sabe quando você se vê repetindo histórias que jurou que não viveria mais?Relacionamentos parecidos, pessoas com o mesmo...
02/11/2025

Sabe quando você se vê repetindo histórias que jurou que não viveria mais?
Relacionamentos parecidos, pessoas com o mesmo jeito, finais que soam familiares.

Isso não é azar.

Na psicanálise, chamamos de compulsão à repetição: uma tendência inconsciente de reviver situações antigas tentando, de algum modo, consertar o que ficou mal resolvido.

Mas o inconsciente não corrige, ele repete.
Até que algo seja olhado, nomeado, elaborado.

Se você percebe que vive os mesmos ciclos e sempre acaba ferido do mesmo jeito, talvez não precise tentar “ser mais forte” ou “escolher melhor”.
Talvez precise compreender por que o mesmo cenário te atrai.

A terapia não muda o passado, mas pode interromper a repetição.

30/10/2025

Muitas vezes o que mais nos irrita nos outros tem mais a ver conosco do que imaginamos.

Chamamos isso de projeção: um mecanismo inconsciente em que colocamos no outro aquilo que não conseguimos reconhecer ou aceitar em nós.

É por isso que, em tantos relacionamentos, há tanto conflito, porque o outro acaba sendo o espelho de algo que nos incomoda internamente.

Fazer terapia ajuda a perceber o que é do outro e o que é nosso, e isso muda completamente a forma como nos relacionamos.

Há quem acredite que o amor pode mudar o outro.Mas o amor, sozinho, não transforma quem não deseja se ver diferente.Você...
28/10/2025

Há quem acredite que o amor pode mudar o outro.
Mas o amor, sozinho, não transforma quem não deseja se ver diferente.

Você pode falar, pedir, mostrar o que dói… e ainda assim nada mudar.
Porque mudança exige vontade, e vontade é algo que não se doa, nasce de dentro.

Tentar consertar o que o outro não quer reparar é o caminho mais curto para o cansaço.
O afeto não cura quando é unilateral. Ele apenas adoece quem insiste.

Quanta coisa aconteceu nesses últimos anos mais recentes. A vida tem sido exigente e ao mesmo tempo generosa. Houve mome...
16/10/2025

Quanta coisa aconteceu nesses últimos anos mais recentes. A vida tem sido exigente e ao mesmo tempo generosa. Houve momentos de cansaço, de perda, de recomeço. Houve também descobertas, aprendizados e encontros que me mudaram silenciosamente.

Nem tudo coube nas expectativas que um dia tracei, mas quase tudo me ensinou algo sobre limite, tempo e afeto. Tenho aprendido que crescer não é acumular vitórias, mas sustentar o que se é, mesmo quando o caminho pede pausas ou mudanças.

Hoje não quero falar de conquistas nem de metas. Quero apenas reconhecer o percurso, as pessoas que ficaram e as versões de mim que precisei deixar.

Agradecer as parcerias sejam de amizades, família, pacientes que a vida me proporcionou. São forças que nos ajudam trilhar a vida dia a dia.

Sigo grata, não porque tudo foi bom, mas porque tudo foi real.
E é nisso que quero continuar: naquilo que é verdadeiro.

Muitas vezes acreditamos que o passado ficou para trás. No entanto, aquilo que não foi elaborado encontra formas de reto...
06/10/2025

Muitas vezes acreditamos que o passado ficou para trás. No entanto, aquilo que não foi elaborado encontra formas de retornar. Surge nos vínculos, nos afetos, nas escolhas que parecem se repetir como um círculo sem saída.

É nesse ponto que a escuta analítica se torna fundamental: abrir espaço para que o sujeito possa simbolizar aquilo que antes apenas se repetia, transformar a dor em palavra e encontrar novas formas de viver.

Elaborar o passado não é apagá-lo, mas poder olhá-lo de frente sem estar condenado a revivê-lo.

Uma pessoa sem auto-reflexão é como um rio que nunca encontra seu próprio curso. Ela envelhece, mas não amadurece. Envel...
25/09/2025

Uma pessoa sem auto-reflexão é como um rio que nunca encontra seu próprio curso. Ela envelhece, mas não amadurece.

Envelhecer é apenas acumular dias, experiências, rugas.

Amadurecer é olhar para dentro, enfrentar o próprio eco, reconhecer o que carrega e o que repete.

A mudança não vem com o tempo, vem com a coragem de se questionar, de sentir o que dói e entender o que move.

O verdadeiro crescimento começa quando a gente se observa de perto, sem máscaras, sem pressa, sem justificativas.

Esse fragmento de Clarice Lispector toca em um ponto essencial também para a clínica: o lugar da palavra.Na clínica, fal...
13/09/2025

Esse fragmento de Clarice Lispector toca em um ponto essencial também para a clínica: o lugar da palavra.

Na clínica, falar nunca é neutro. Toda palavra carrega riscos. Quando o sujeito fala, arrisca-se a perder o olhar do outro, a assustar, a quebrar expectativas. Mas, ao não falar, corre o risco maior: o de perder-se de si mesmo, de silenciar o desejo, de não sustentar sua própria verdade.

A terapia aposta justamente nesse espaço delicado. A fala pode gerar perda, mas é também o que possibilita o encontro. O silêncio pode proteger, mas pode também aprisionar.

Entre falar e calar, não existe saída sem perda. Mas, ao escolher falar, o sujeito se reencontra, mesmo que isso implique a chance de perder o outro.

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Serra, ES

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