30/11/2025
Quando alguém aprendeu desde cedo que ser escutado dói, qualquer tentativa de conversa soa como ameaça. O tom ainda nem saiu da boca e a pessoa já está armada. Não porque você atacou, mas porque ela nunca teve espaço seguro para sustentar a própria vulnerabilidade.
E quando a mudança assusta, a verdade vira pedra. A menor frase ganha peso de sentença. A pessoa reage como quem se defende de um perigo, quando na verdade está diante de um convite para crescer.
Conviver com alguém assim exige paciência de quem sabe que certas defesas não são escolhas conscientes, mas ecos antigos. Não é sobre convencer. É sobre estabelecer limites firmes, falar com precisão e não carregar o fardo de educar aquilo que a vida inteira foi evitado.
A mudança começa quando a pessoa finalmente entende que ouvir não é perder. É se permitir existir de outro jeito.
Saber ouvir é um comportamento maduro, de alguém que escolhe todos os dias evoluir como sujeito.