10/11/2025
O legal de ser psicóloga infantil é que, às vezes, a gente se vê nas mesmas dificuldades das crianças.
Você tá ali, ajudando a nomear sentimentos, a lidar com frustrações, a respirar fundo quando algo não dá certo… e, de repente, percebe que tá aprendendo junto.
Tem dias em que a gente se pega cansada, frustrada, tentando encontrar um caminho e aí vem aquele pensamento:
“Se eu tivesse 7 anos agora… o que eu precisaria ouvir?”
Talvez algo simples, tipo:
“Tá tudo bem não saber o que fazer agora.”
Ou “você tá tentando, e isso já é muito.”
E nesse instante, a gente entende que a terapia não é uma via de mão única.
Enquanto ajudamos as crianças a crescer, a se entender e a confiar no mundo, a gente também vai se reconstruindo por dentro.
Ser psicóloga infantil é um exercício diário de empatia com o outro, mas também com a gente.
É lembrar que o cuidado que oferecemos também nos atravessa, nos toca, e, aos poucos, vai curando partes nossas que nem sabíamos que ainda precisavam de colo.
Porque no fim das contas, é isso: a gente cuida das crianças… e, no caminho, aprende a se cuidar melhor também.