23/02/2025
Eu achava que não daria conta.
Achava que ser mãe de dois seria um desafio grande demais para minhas forças.
Achava que me perderia no meio da maternidade e não me reconheceria mais.
Tantas coisas negativas passaram por minha mente… até mesmo a dúvida cruel: E se eu não for uma boa mãe?
Mas o tempo, sempre sábio, e vontade de mudança, mostrou que a realidade não era sobre perfeição, e sim sobre verdade.
Viver a maternidade é intenso, cansativo, é também extraordinário.
E pensar que eu mudei, mudei tanto… uma mudança que, um dia, meus filhos irão agradecer.
Meu primeiro filho a ensinou a ter paciência.
A respirar fundo antes de reagir.
A segurar o grito na garganta, a conter a mão hoje que um dia já puniu. Ah, como eu queria ter sido a mãe que sou HOJE quando o Samuel ainda tinha quatro anos!
Mas não se pode mudar o passado. O que eu posso — e faço — é buscar ser melhor a cada dia, para que o que há sombra dentro de mim não prevaleça
E então veio Maria Helena. E com ela, a oportunidade de viver uma maternidade ainda mais leve.
A pequena foi recebida de braços abertos essa nova mãe, mais paciente, mais acolhedora, mais consciente de que criar os filhos não é sobre controle, mas sobre amor.
A amamentação, antes um desafio, agora se tornou um laço de conexão e entrega.
A minha casa é um reflexo dessa transformação. Não é um lar perfeito — é um lar de paz, de amor, de respeito.
E tudo começou quando eu decidi resgatar o amor dentro de mim. Antes de ser mãe, preciso ser mulher. Antes de dar amor, preciso sentir esse amor por mim primeiro.
No fim das contas, não é sobre ser perfeita. É sobre ser inteira e completa.