28/10/2025
Hoje essa foto viralizou no Brasil, mas quando vi, pensei nas crianças.
Quando uma separação se torna pública, os adultos podem até achar que estão apenas “seguindo em frente”, mas o sistema nervoso das crianças sente tudo, mesmo quando elas não aparecem nas fotos.
O cérebro infantil é profundamente moldado pelas experiências emocionais. Ele percebe os tons de voz, os olhares, o clima do ambiente e as pequenas mudanças na rotina. Quando tudo ao redor f**a imprevisível, cheio de falas, comentários e reações, o corpo da criança entende que algo não está seguro.
Elas podem não estar sendo expostas diretamente, mas sentem a exposição dos pais. Sentem o olhar do mundo, a tensão no ar, a instabilidade. Isso pode gerar medo, ansiedade e confusão.
A neurociência mostra que o desenvolvimento emocional saudável depende da corregulação, quando os cuidadores oferecem estabilidade e segurança emocional. Quando os pais estão centrados, o cérebro da criança se organiza; quando estão desregulados, o corpo infantil entra em modo de sobrevivência.
Não é sobre culpa, é sobre consciência.
A forma como os adultos cuidam das próprias dores ensina as crianças a cuidarem das delas.
E, às vezes, proteger é isso: escolher o silêncio, a discrição e o tempo certo antes da exposição.
Separar-se com consciência também é um ato de amor. 🤍