Lucas Alves Santos - Psicólogo

Lucas Alves Santos - Psicólogo Especialista em Teoria Psicanalítica pela PUC-SP

Não há armário que dê conta de conter, enclausurar e encerrar a potência do desejo!O prazer de poder compartilhar minha ...
28/06/2025

Não há armário que dê conta de conter, enclausurar e encerrar a potência do desejo!

O prazer de poder compartilhar minha pesquisa com um grupo no dia do orgulho LGBTQIA+ me inspirou a a tecer algumas considerações. Mesmo já fazendo um ano e meio da finalização da escrita, sigo pensando os efeitos do silenciamento da diferença e, ao que tudo indica, seguirei pensando...

A experiência clínica em psicanálise é marcada pela escuta, uma escuta particular, que escuta para além das palavras ditas. É algo que demanda uma sensibilidade do analista para poder captar o inaudível e, assim, testemunhar o sofrimento que outrora fora silenciado, reconhecendo como legitima a experiência traumática que até então fora destinada pelo desmentido à negação e à morte.

A posição ética do analista é ao lado de Eros contra os efeitos disruptivos do silenciamento da diversidade, num delicado trabalho de dar lugar social para o que fora invisibilizado pela ação do mortífero. Nesse sentido, que nossa escuta possa seguir flutuando em busca de poder escutar também as sutilezas da violência e suas consequências.

Deixo o link da monografia na bio para os que se interessarem

“Antigamente diziam: cuidado, as paredes têm ouvidos. Então, falávamos baixo. Hoje, as coisas mudaram: os ouvidos tem pa...
06/09/2023

“Antigamente diziam: cuidado, as paredes têm ouvidos. Então, falávamos baixo. Hoje, as coisas mudaram: os ouvidos tem paredes. De nada adianta gritar” (Ruy Proença)

A princípio pensávamos que o diálogo era a chave, seria na comunicação dos sentimentos que encontraríamos a solução para nossos conflitos com o outro. Bastava expressar aquilo que ardia no peito e dar voz ao afeto entalado na garganta.

Posteriormente percebemos que sem compreensão não importava o quanto era dito, simplesmente a situação se mantinha intransponível. Se o outro não se inclina a nos compreender, a nossa manifestação é palavra morta.

Até que foi possível entender que a compreensão por si só não muda muita coisa. Compreender não é acomodar uma nova informação em nosso banco de dados, é antes um movimento.

Um movimento mais de abertura do que de fechamento. É um movimento de expansão, só possível via reflexão. O que se faz com isso que foi compreendido? Desse modo é possível alguma transformação nas relações…

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Uma reflexão aos que são seus próprios carrascos, aos que fizeram da opressão a sua morada e se chicoteiam sem clemência...
06/02/2023

Uma reflexão aos que são seus próprios carrascos, aos que fizeram da opressão a sua morada e se chicoteiam sem clemência!

É preciso tocar na ferida e falar dessa dinâmica interna que dói e faz doer. Busco encontrar a medida certa, para que não doa além do necessário. Escrever, tal como analisar, implica permear alguns ferimentos, porque assim como um machucado físico precisará ser tocado para que possa ser limpo, cuidado e vir a cicatrizar, também será preciso entrar em contato com as feridas em nosso psiquismo para que possam ser elaboradas.

Mas e quando a dor ultrapassa os limites do necessário? E quando o toque ao invés de curar, inflama? Ou então quando nos tratamos de tal forma que ao invés de cuidar do que dói em nós, apenas machucamos ainda mais? E na situação em que arrancamos a casquinha do machucado e o fazemos voltar a sangrar, impedindo que cicatrize? Por que nos cobramos, recriminamos e punimos tanto? Qual o sentido de todo esse ataque contra si próprio? Qual a lógica desse auto-tormento?

A experiência de análise dói, é verdade! Mas é também um lugar que busca compreender essas perguntas acima. Lugar de sutileza, calma, sensibilidade, cuidado, que avança no tempo do paciente e na medida em que ele suporta. Não é sobre passar a mão na cabeça, mas também não é sobre encontrar culpados! É antes de mais nada um espaço para que possa ser acolhido e escutado como talvez nunca antes foi.

Não é sobre culpa, mas sobre responsabilizar-se sobre a própria vida. Não é sobre lamentar o que te ocorreu, mas construir formas de fazer algo com aquilo que fizeram de ti. É sobre responsabilização e transformação. A experiência de análise é um convite: conhece-te a ti mesmo! É lugar para quem está disposto a se desconstruir, deixar para traz o que achava saber sobre si, compreender seu funcionamento, o que lhe afeta e como tem se defendido, e assim construir novos modos de ser.

O convite da análise é de uma vida menos fechada, rígida, engessada para um modo de existir mais livre com uma maior flexibilidade para pensar, sentir e ser... É um convite para repensar o modo como você tem se tratado e um processo para vir a abandonar o chicote!

Arte do

"Mas vem cá, me fala o que fazer? Me dá um conselho?". Pedidos como esses denunciam um certo desconhecimento sobre o que...
03/01/2023

"Mas vem cá, me fala o que fazer? Me dá um conselho?". Pedidos como esses denunciam um certo desconhecimento sobre o que se esperar de uma experiência de análise. Sendo assim, talvez seja válido começar o ano falando a respeito do que é encontrado nesse delicado e complexo processo.

Embora muitos que busquem por atendimento psicológico sintam-se verdadeiramente perdidos, o que o paciente encontrará não são respostas prontas sobre o que fazer, como uma receita a ser seguida com um resultado previsto no final. Não é possível um mapa se cada caminho é único e, portanto, deve ser trilhado e explorado em suas especificidades.

Se aventurar em seu próprio percurso é um desafio num cenário em que as individualidades se diluem em dinâmicas nas quais os sujeitos buscam se enquadrar, fazer parte, ser como os outros, numa mimese do que veem, imitando os demais e deixando de ser quem se é em sua singularidade, um movimento de alienação de si mesmo.

Pensar na Ética que me conduz no caminho da perspectiva psicanalítica é pensar numa prática clínica desalienante, que possibilite ao sujeito um retorno ao seu desejo. Existimos numa sociedade que se impõe sobre nós. Há sempre alguém desejando por nós, sejam os pais, os filhos, os conjugues, os chefes...

Mas qual é de fato o seu desejo? Muitas pessoas não sabem e vivem em prol do desejo do outro, reproduzindo aquilo que no fundo não lhes faz sentido, alheios ao que realmente desejam. Esse é o nosso trabalho, juntos, escutar aquilo que fala em você sem que você se dê conta. Não é sobre falar por você, mas dar voz àquilo que por tempos foi silenciado.

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Me deparo na clínica com a necessidade, manifesta no discurso de alguns pacientes, de encontrar o motivo que originou o ...
06/12/2022

Me deparo na clínica com a necessidade, manifesta no discurso de alguns pacientes, de encontrar o motivo que originou o sofrimento do qual se queixam. Parte do meu trabalho consiste em auxiliar nesse processo de descoberta, mas ele não termina aí.

Na psicoterapia de orientação psicanalítica encontrar as raízes da dor não basta, já que muitos, mesmo após tomar consciência das origens de seu tormento, ainda sofrem. Talvez porque após uma cuidadosa investigação encontrou parte da resposta.

Para f**ar mais claro é preciso lembrar da singularidade do ser humano, aquilo que me afeta pode não afetar o outro e vice-versa. Nesse sentido uma mesma experiência pode ser traumática para um e não para o outro. Sendo assim, a causa em si não responde tudo.

Portanto, mais do que entender o que causou aquilo é preciso compreender o porquê foi nessa experiência que eu me fiz, porque foi aí que me perpetuei, porque fiz minhas raízes se gravarem aí.

O humano é complexo, e sua complexidade não pode ser resumida em: sou assim porque me fizeram/falaram isso. Na psicoterapia o paciente é convidado a sair da posição passiva de quem sofreu uma ação do outro e assumir uma posição ativa de quem se responsabiliza pelo que fez e faz com aquilo que fizeram dele.

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Parecer ou não parecer, eis a questão.  O dilema shakespeariano parece ter sido substituído, já que não se trata mais so...
05/09/2022

Parecer ou não parecer, eis a questão. O dilema shakespeariano parece ter sido substituído, já que não se trata mais sobre quem somos e sim sobre o que aparentamos ser.

Trago esse recorte de uma fala da psicanalista Maria Homem, na frase da imagem acima, para que pensemos os sofrimentos contemporâneos: Como não padecer se nossa voz interna se perde em meio a tantos barulhos do mundo externo?

Quando o nosso próprio psiquismo já não basta para manter uma certa unidade do nosso Eu, sendo necessário recorrer ao olhar externo, aos likes nas fotos e/ou comentários, para nos assegurar do nosso próprio valor, como é possível manter bem delimitado a constituição do nosso Eu?

Numa sociedade marcada pelo espetáculo, no qual é preciso ser protagonista de inúmeras e grandiosas vitórias, como não deprimir frente o avassalador medo de fracassar e/ou como não f**ar acuado pela vergonha da humilhação caso não consiga o que "todos parecem conseguir"?

Na política as fake news, no campo social as imagens falseadas, no interior subjetivo sujeitos as voltas com fachadas que não correspondem com quem são. A discrepância do que querem mostrar para o mundo e como de fato se enxergam os fazem sentir-se uma farsa, como se o Eu social fosse um outro, um falso Eu que na verdade tem pouco a ver com quem realmente se é.

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Que minha tristeza jamais seja silenciada, quero que ela fale e que eu possa escutar o que ela tem a dizer!Ao tomar os s...
27/07/2022

Que minha tristeza jamais seja silenciada, quero que ela fale e que eu possa escutar o que ela tem a dizer!

Ao tomar os sentimentos desagradáveis como algo a ser evitado, buscamos a todo custo ignora-los, lançando para longe tudo o que seja incômodo, nos anestesiando de sentir. No entanto, a vida acontece para além das fronteiras do que acreditamos estar no nosso controle.

Sentimentos inquietantes irrompem o silêncio, se fazem presente, emergem da escuridão da nossa mente porque fazem parte da nossa existência, não são inimigos a serem combatidos, mas verdades sobre nós que gritam em nós para nós. É necessário escutar o que é dito.

“Não f**a triste”, “não pensa nisso”, “você precisa ocupar sua cabeça com outra coisa”, “tem gente que está pior do que você”, “isso é falta de Deus”... Várias são as estratégias utilizadas para calar a tristeza. Frases como essas resultam em pessoas que se sentem ainda mais sozinhas.

Parece que a tristeza é tão insuportável, há tanto medo de afundar nela, de ser engolido e ali se perder, que as pessoas tem uma dificuldade absurda em se colocar no lugar de escuta daquilo que atravessa o outro e daquilo que atravessa o próprio sujeito.

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𝑷𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒏𝒅𝒆 𝒗ã𝒐 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐𝒔 𝒔𝒊𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒐𝒔?Todo afeto reprimido, expulso para as profundezas...
18/07/2022

𝑷𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒏𝒅𝒆 𝒗ã𝒐 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐𝒔 𝒔𝒊𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒐𝒔?

Todo afeto reprimido, expulso para as profundezas do inconsciente, busca de alguma forma retornar para a consciência, às vezes sendo preciso voltar na forma de um sintoma. Tendo em vista que o conteúdo, que outrora fora reprimido, sofreu tal fim pelo mecanismo defensivo da repressão, por ser insuportável. Desse modo, para que haja o retorno do reprimido é preciso que ele assuma uma roupagem nova: o sintoma.

Seguindo por esta linha de pensamento, podemos compreender que tudo aquilo que somos obrigados a calar, não tendo “autorização” nem sequer para pensar sobre tal absurdo, é de certo modo enterrado dentro de nós. Porém, aquilo que fora silenciado, clama por seu direito de ser expresso, encontrando assim formas de se camuflar para então poder manifestar sua existência.

Dentro desse modo de compreensão dos fenômenos psicológicos, f**a mais fácil entender que todo sintoma traz consigo uma narrativa. Sendo necessário escutar aquilo que as manifestações sintomáticas trazem em seu discurso, pois mais do que abafar os gritos que o sintoma expressa ou suprimi-lo com tratamentos psicofarmacológicos, é necessário compreender a sua natureza e ter nitidez sobre as denúncias que ele apresenta.

Caso você esteja cansada(o) de silenciar aquilo que clama para ser dito, se deseja verbalizar o que sente e lidar de forma mais saudável com seus conflitos e angústias, entre em contato, agende sua sessão de terapia: (15) 99715-3749

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Que o passado seja enterrado junto de toda lembraça dolorosa no sombrio do esquecimento. Esse é o desejo de alguns que, ...
13/07/2022

Que o passado seja enterrado junto de toda lembraça dolorosa no sombrio do esquecimento. Esse é o desejo de alguns que, buscando alívio para o seu sofrimento, enganam-se em acreditar que não lembrar é o mesmo que superar. Acontece que o passado se faz presente e o que passou continua a passar por nós.

É comum que, estando em processo de análise, a gente não mais fugindo de nós mesmos nas inumeras distrações que nos alienam, voltemos o nosso olhar pra dentro e alí encontremos algo de imaturo, coisas que aparentavam estar resolvidas, mas que não estão, passando a enxergar com mais clareza as manifestações do infantil que nos habita.
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Ao longo da minha experiência atendendo na clínica, eu escutei diversas vezes o quanto aquilo que a pessoa estava vivend...
04/07/2022

Ao longo da minha experiência atendendo na clínica, eu escutei diversas vezes o quanto aquilo que a pessoa estava vivendo comigo seria bom para a mãe, o marido, a tia, o filho, a amiga, o pai, a irmã, a chefe, o colega de trabalho... Frases no sentido de que "todo mundo devia fazer terapia" fazem parte do cotidiano clínico.

Algumas pessoas estranham aqueles que nunca comecem um processo de análise, f**am ainda mais confusas com aqueles que começam, mas que por algum motivo (menos claro do que parece ser) interrompem, muitas vezes com a promessa de que quando a situação financeira melhorar ou quando estiver com mais tempo na agenda retornam...

Não me estranha nem a primeira e nem a segunda situação. Na verdade parece bem compreensível, já que diferente de outros tratamentos nos quais é o profissional quem dá as diretrizes, examina, diagnostica e prescreve algo, numa relação mais vertical, na qual um está acima e detém o saber e alguém está embaixo, na condição passiva de paciente, esperando do outro que sabe e apenas sendo conduzido por ele. Numa análise psicanalítica as coisas vão por um outro caminho.

Vamos juntos, lado a lado, explorando o que é que de fato se passa em sua vida, o que o sintoma que te trouxe até aqui fala, qual o discurso ele traz consigo, quais seus conflitos e como estes tem provocado manifestações sintomáticas, o que tem te angustiado e como você tem se defendido dessas angústias, qual o seu modo de ser e de sofrer no mundo, como foi se estruturando sua personalidade, como você tem funcionado até aqui e nisso uma inquietação se levanta: qual sua responsabilidade naquilo do que você se queixa?

Como é possível perceber não estamos lidando com qualquer coisa, muito menos pouca coisa. São questões profundas, que na tentativa ilusória de manter um certo controle da situação e fugir do inevitável sofrimento, escondemos de nós mesmos, não querendo saber daquilo que é nosso e que insiste em se inscrever, mesmo que não queiramos ver, mesmo que desejemos não saber, aquilo vasa, se esparrama, grita... E como dormir com esse barulho? As vezes com a ajuda de alguma medicação, que por mais que silencie o incômodo, não o dissolve, ele permanece alí.

Se outrora o homem fora frustrado ao descobrir que a terra não era o centro do universo e posteriormente ao tomar conhec...
20/06/2022

Se outrora o homem fora frustrado ao descobrir que a terra não era o centro do universo e posteriormente ao tomar conhecimento de que somos resultado da evolução das especies, com o surgimento da psicanálise, que aponta a existência do inconsciente, se dá a terceira narcísica ferida.

A descoberta do inconsciente retira o homem de sua posição de soberano de suas ações. A crença de que teríamos o domínio completo sobre nossos comportamentos veio a ruína.

Se dar conta de que o "Eu" não é senhor em sua própria casa nos leva a importantes reflexões sobre quem somos e como se dão essas forças internas que nos movem sem que percebamos.

O inconsciente vaza por meio dos sonhos, dos atos falhos e dos sintomas. Estas formações do inconsciente dão vazão, de forma distorcida, para conteúdos intoleráveis para nossa consciência.

Nesse sentido, aquilo que antes não tinha como ter acesso a consciência, se utiliza de disfarces para poder se expressar sem sofrer novamente o efeito da censura, que atua nas fronteiras do que é permitido e do que é combatido em nós.

O convite da análise é de escutar qual a narrativa disso que vaza do seu inconsciente; compreender qual o discurso disso que fala em você sem que você entenda o que diz; um espaço possível para que você experiencie a sua própria mente.

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Quais contornos te desenham? Como são as linhas que delimitam até onde você vai e onde começa o Outro? Quais os limites ...
06/06/2022

Quais contornos te desenham? Como são as linhas que delimitam até onde você vai e onde começa o Outro? Quais os limites do seu Eu? Como foram traçadas as fronteiras que te circunscrevem? Como se dá a organização dos astros que possibilitam que a tua constelação seja diferente daqueles que estão a sua volta? Quais são os traços que compõe a sua personalidade? Por que o seu modo de sofrer é este e não aquele? Por que o seu sintoma é da forma que é? São algumas das muitas perguntas nas quais a gente esbarra num processo de análise. Se conhecer é mais amplo do que supomos saber...
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