28/09/2025
Exu Veludo, algumas vezes, é a melhor e a pior queda do jogo.
A melhor, porque em resumo diz que o seu futuro depende de você.
A pior, por exatamente o mesmo motivo
Quando Veludo canta no jogo, ele já sinaliza um processo de dúvida, de insegurança, e principalmente de necessidade de revisão de vida. De uma auditoria interna muito fina.
E isso é complicado. Porque a dúvida paralisa.
A incerteza prende.
E muitas vezes a gente continua repetindo ciclos, padrões, escolhas que já não servem mais.
E o mais duro é que, muitas vezes, não são nem as dúvidas do agora, mas o passado que insiste em se fazer presente.
São coisas que já aconteceram, mas que continuam modulando nosso comportamento.
São prisões emocionais, são traumas que moldam reações, são dores que nos empurram para a auto-sabotagem.
E a gente vive preso num círculo daquilo que já foi e que continua ditando o que é, e impedindo o que pode ser.
É por isso que nesse ponto, assumir a responsabilidade pelo futuro é tão difícil. Embora a nossa responsabilidade vai estar sempre em evidência na nossa vida(porque afinal a nossa vida é nossa), embora eu acredite que existam situações em que as coisas acontecem independentemente de nossa vontade, ainda assim, em algum momento podemos escolher como agiremos perante a isso.
Assumir nossa vida também é assumir nossos erros, nos responsabilizar pelas nossas escolhas e condutas. É saber que se omitir, ou não escolher, já é uma escolha...
E não é só lidar com a vida que temos hoje, é enfrentar as correntes invisíveis que nos puxam do passado mal resolvido.
É duro, mas é necessário.
Nessa hora, Veludo vem nos falar sobre isso, e atuar justamente onde estamos com dificuldade de progredir e de enxergar.
Ele lembra que destino não é dado, é vivido.
E viver é escolher, principalmente quando escolher significa romper com aquilo que já nos feriu, com aquilo que não nos favorece.
N’gunzuê Quimbanda!