02/01/2020
A carência vem desde a infância.
A criança aprende a amar a si mesma a partir do amor que ela recebe dos pais e adultos próximos. Para a criança desenvolver bem a sua autoestima, ela precisa receber amor na forma de carinho, atenção, elogio e proteção de forma suficiente e adequada.
Sofremos um grande impacto na autoestima quando não recebemos o afeto, carinho e aceitação de forma equilibrada na infância. Passando a duvidar do nosso valor e merecimento.
Ficamos apegados ao fato de que para receber alguma atenção familiar ou de amigos precisamos agradar e deixarmos de ser quem poderíamos ser, para ser quem os outros acreditam ser socialmente aceitável.
Nos relacionamos através de uma “moeda de troca” fazendo aquilo que muitas vezes vai contra a natureza da nossa essência. Essa frustração cresce na medida em que esse ciclo se transforma num vazio existencial.
Um dia nos tornamos adultos carentes e imaturos emocionalmente e, inevitavelmente, sofremos.
Isso acontece porque não somos estimulados a nos amar e nos aceitar, a preencher essa carência com nosso amor próprio, a buscar pelo autoconhecimento (quem sou eu?).
A imaturidade emocional não sabe lidar com rejeições e possivelmente adota uma postura de vitimismo para justificar sua história. Em seguida atrai pessoas que se identificam com você por também ter passado por situações semelhantes.
Os gatilhos emocionais ficam armazenados no inconsciente. Muitas situações vão acionar a criança ferida que você ainda guarda e a sua reação emocional pode ser intensa.
Observe as cenas e lembranças do seu passado. O quanto das suas ações hoje são baseadas nos eventos que a sua criança interior ferida teve? O que você sente? Essa é uma forma de você identificar momentos da criança ferida que você ainda carrega.
Então cria uma identidade de que ela não tem sorte com seus relacionamentos, adota regras de distanciamento, cria barreiras e autossabota as possibilidades de ser plenamente feliz, machucando e deixando seu rastro de mágoa.
Isso é uma crença limitante.
Reconquistar a si mesmo é curar esses sentimentos de abandono, rejeição, decepção e fracasso do histórico emocional. Aprender a se amar, se aceitar e entender que tudo pode ser mudado, reprogramado e você não está fadado ao abandono de si mesmo.
Cure-se, busque ajuda profissional, pegue no colo a sua criança ferida de permite-se viver no equilíbrio emocional que se transformará na tão almejada paz...
Ana Paula Bertin
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