Amanda Mariano Rozas - Psicóloga

Amanda Mariano Rozas - Psicóloga Psicóloga clínica (online) na fenomenologia existencial / Psicóloga do SUAS em Sorocaba-SP/ CRP 06/14

26/09/2023

oiê!
vou deixar só dois complementos ao vídeo aqui:

- a psiquiatria enquanto ciência é fundamental, bem como a neurologia. inclusive aliadas de tratamentos. quando falo pra gente questionar, é a instituição medicina, que é uma certa forma de pensar que é atrelada a um certo histórico.

- o fato da gente não ter pesquisas bem delineadas sobre questões biológicas dos transtornos não torna impossível que um dia elas existam. entretanto, com tudo que a gente tem, mesmo que saiam pesquisas com fortes marcadores biológicos, ainda teremos que olhar para os psicológicos e sociais.

(eu juro que se eu voltar vou tentar não passar de 10 minutos sr. algoritmo)

08/09/2023

até esqueci que já tinha postado vídeo aqui sim
mas o textão sobre a ideia de que depressão é falta de serotonina estava maturando há tempos e já estava na ponta do dedos só que resolvi gravar
queria feedback se possível 🥺

Um passo a passo às avessas pra esse Dia do Orgulho LGBT+1. Diminua a pessoa a sua identidade de gênero ou orientação se...
28/06/2021

Um passo a passo às avessas pra esse Dia do Orgulho LGBT+

1. Diminua a pessoa a sua identidade de gênero ou orientação sexual
"- Não tenho me sentido bem nos últimos dias. Meu trab...-
- É difícil estar bem quando a sociedade não te aceita né Carlos?"
Somos pessoas e sendo assim, complexas. Identidade de gênero e orientação sexual são só mais um dos tantos atravessamentos que nos constituem. Muitas vezes a queixa trazida pouco terá a ver com a pessoa ser LGBTIA+ e se você insistir que ela tome palco sem ser trazida, não estará escutando o que ela tem a dizer.

2. Ignore a identidade de gênero ou orientação sexual dela
"- Meu corpo tem me deixado desconfortável, eu engordei e ele tem parecido mais feminino.
- Já não sobre isso: as questões da transição você acompanha no ambulatório e aqui pensaremos na sua depressão."
O oposto também é perigoso. Quem nos vem, além de uma complexa rede de atravessamentos, é também alguém por inteiro. Atender uma pessoa de forma integral é não negligenciar nenhuma de suas dimensões, isso sequer faz sentido.

3. Individualize uma dor que é social
"- Estou mal pois senti medo ao andar de mãos dadas com a minha namorada.
- Alessandra, percebo que você sempre pensa que os outros estão te julgando."
Existe um sofrimento social na existência de quem não segue uma determinada norma. Esse sofrimento se coloca de fora para dentro e tentar mergulhar nos confins do subconsciente da pessoa para arranjar o porquê pode levar a buscar naquele indivíduo a resposta de uma dor que é de um grupo.

4. Torne o ser LGBTIA+ uma doença
- ... E agora resolvi assumir a relação com ela.
- Natasha, percebo que, junto de suas oscilações de humor, há certos conflitos de sexualidade. Vou te encaminhar para a psiquiatra investigar se não tem Transtorno de Personalidade Borderline
O óbvio que ainda precisa ser dito: não corresponder a um padrão em relação a sexualidade e gênero NÃO é doença.
As vivências de pessoas que fogem de um padrão social não são sinais de doença e por isso, não devem ser "tratadas".

5. Recuse-se a entender sobre a causa
"- Eu não me identifico nem com o gênero feminino, nem com o gênero masculino.
- Olha, não entendo sobre mas percebo que você sempre descobre uma forma complicada de se nomear, fugindo da real questão, então vamos voltar a ela..."
Recusar-se a compreender mais sobre as questões de sexualidade e gênero, é manter propositalmente uma defasagem teórica e técnica que afasta a psicóloga da real compreensão. Ainda que não entenda, perguntar de forma respeitosa é possível e existem inúmeros materiais disponíveis.

6. Atenda pessoas LGBTIA+ mesmo tendo algum tipo preconceito
"- Nada contra, até tenho pacientes que são mas, se fosse filho meu..."
Se, por um acaso, sexualidade e gênero ainda são temas que te provocam afetos ruins, não atenda essas pessoas. "Ah eu não aceito, mas respeito": esse e outros discursos ainda sinalizam que existem crenças em você que inviabilizam ser uma profissional adequada. Precisamos reconhecer nossos limites. Encaminhe-as para alguém que possa acolhê-las de verdade.

Podem parecer exemplos esdrúxulos, mas há inúmeros relatos deste nível pra baixo. Friso que todos eles ferem o código de ética e indicam um grande défict teórico-prático em psicologia. Infelizmente o acesso de pessoas LGBTIA+ a psicologia ainda é dificultado por essas questões, fazendo, muitas vezes, que se desista do atendimento.
Não reproduza isso. Não seja mais uma dessas profissionais. Repense seus conceitos e atitudes.
(E você que já passou por algo tipo as que eu descrevi, tem o direito de denunciar: Procure pelo CRP de sua região!)

Hoje, em tempos digitais, é quase obrigatório que você divulgue seu serviço, seja ele qual for, nas redes. Não parecia u...
21/06/2021

Hoje, em tempos digitais, é quase obrigatório que você divulgue seu serviço, seja ele qual for, nas redes. Não parecia um problema. Eu nasci quase junto a popularização da internet, e tenho familiaridade e gosto por esse espaço. Além disso, sempre gostei bastante de escrever. Muito bem, tá pronto o sorvetinho: fiz a página, comecei a escrever e tinha até um projeto massa pra que os textos forem ilustrados por artistas locais.

Inicialmente estava sendo bacana, porém, foram aconteceram n coisas como: o retorno financeiro não ser o suficiente para remunerar com justiça as artistas e a divulgação paga, meu tempo estar se tornando mais curto e minha vontade de escrever estava diminuindo cada vez mais, junto com minha criatividade.

Por ser psicóloga, acompanhava muitas profissionais da área. Acabei vendo que estava caminhando para um lugar-comum: posts sobre psicopatologias e sintomas, técnicas com passo-a-passo, análises de filmes, e pautas genéricas. Perceba: nada disso é um problema por si só, a questão é que não batia com quem eu era como pessoa ou o que acredito enquanto psicóloga.

Sempre escrevi de um jeito pessoal, terapêutico (pra mim) e sem uma organização produtiva de constância. Minha escrita muito tinham de política e vivência, não parecia caber no mundo das psis influencers, cheias de técnicas de marketing digital e psicologia por amor. Juntei tudo isso, botei numa trouxinha e sumi.

Depois de um tempo, comecei a ver que tinha uma galera falando sobre Saúde Mental de forma crítica, assertiva. Tinham várias pessoas falando de psicologia, mas cada uma atravessada por suas singularidades. E aí eu entendi que pra escrever, não precisava caber na "forma de psicóloga" e que não devia produtividade a ninguém. Devia a mim mesma um espaço aonde pudesse fazer o que me é tão caro: comunicar o que me mobiliza. E é por isso que estou por aqui de novo :)

Janeiro Branco: Cuidar da mente é cuidar da vida ou cuidar da vida é cuidar da mente?Campanhas de conscientização muitas...
21/01/2020

Janeiro Branco: Cuidar da mente é cuidar da vida ou cuidar da vida é cuidar da mente?

Campanhas de conscientização muitas vezes são feitas com as melhores das intenções. Setembro amarelo, outubro rosa, novembro azul são exemplo disso. Não sei dizer se, na intenção, a campanha Janeiro Branco também é assim. O problema é que aquilo que a embasa é bastante frágil, ao meu ver. Sendo assim, gera discursos rasos e uma ideia incompleta.

Mas Amanda, como assim? O que tem de tão errado em uma campanha para a saúde mental? Bem, vamos lá. A campanha é centrada no cuidado com a mente, especificamente, na necessidade da psicoterapia. Eu como psicoterapeuta sei da importância que tem o acompanhamento psicológico para a saúde mental, mas a questão é mais profunda do que isso e o problema é o foco tão pequeno em algo tão complexo.

A psicoterapia, além de fornecer autoconhecimento e um olhar aprofundado sobre as questões pessoais do paciente, tem como objetivo cuidar da subjetividade para lidar com os problemas do dia-a-dia. Isso sim, auxilia na saúde mental. Só que se a gente coloca a saúde mental enquanto encargo exclusivo de pessoas enquanto pacientes e de psicólogos clínicos, não cabe.

Não cabe por que? Porque saúde mental tem a ver com uma série de coisas que extrapolam o campo da atuação da psicologia clínica. Pra termos saúde mental precisamos de direitos básicos assegurados: moradia, educação, saúde, alimentação, lazer. Será que um psicólogo clínico dá cabo de restaurar a saúde mental de alguém que está sofrendo sem acesso a saúde de qualidade, sem emprego e quase sendo despejado por falta de aluguel? Será que a psicologia clínica dá cabo de fazer com que uma pessoa negra que sinta discriminação em seu ambiente restaure sua autoestima que já foi construída num local que o ser negro não é padrão digno?

A psicologia é vasta e hoje sabemos, mais que nunca, do compromisso social. Sabemos que num país latino-americano, as práticas de psicologia tem de extrapolar e muito as práticas clínicas. É necessário estar e fortalecer as comunidades, hospitais, escolas. É necessário propor debates de ampliação de consciência sobre temas que ferem a dignidade humana. E nada disso é feito sozinho. Precisamos de profissionais outras áreas pra assegurar a saúde mental. E além disso, precisamos de políticas públicas de qualidade.

E aí entra o mote da campanha: “quem cuida da mente cuida da vida”. Será? Será que não temos que estar mais atentos para que quem nos fornece condições de via os forneça com qualidade para que possamos cuidar da nossa mente? Em suma: seria ótimo se todos nós pudessemos fazer psicoterapia, mas embora as relações fossem mais saudáveis e conseguissemos lidar melhor com as questões que nos atravessam, o mundo não seria restaurado e com plenitude em saúde mental. Precisamos de mais. Precisamos construir um mundo em que, talvez, não precisemos de estratégias subjetivas para lidar com sofrimentos materiais. Embora o sofrimento psíquico causado por questões de falta de acesso e igualdade social apareça na clínica e lidemos com ele, não é lá que conseguimos cortar suas raízes.

Esse Janeiro Branco - cor da assepsia, do silêncio, da neutralidade - ainda precisa de muitas cores, de muitas bandeiras. Lutar pela conscientização da psicoterapia não adianta se não lutemos juntos por um Estado que forneça o básico para a população.

Arte:

Estarei junto dos queridíssimos Tom Rodrigues e Lucas Ribeiro pra gente tocar um bate-papo sobre esse tema que nos é tão...
12/11/2019

Estarei junto dos queridíssimos Tom Rodrigues e Lucas Ribeiro pra gente tocar um bate-papo sobre esse tema que nos é tão caro em termos de saúde mental. Todo mundo convidado :)

19/09/2019

Tome Nota 😉💜

07/09/2019

Endereço

Sorocaba, SP

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