Caroline Gouvêa Psicanálise e Saúde Mental

16/09/2025

30/08/2025

Gratidão, Luis Fernando Veríssimo.
Você permanecerá vivo entre nós através da sua grande e bela obra. Obrigada!

27/08/2025

Eu não tenho o poder, e nem a pretensão de evitar que você sinta esta dor. Por outro lado, posso senti-la junto com você. Chega um momento em nossa vida que todos nós entraremos em contato com ela. Caso você queira bater na minha porta, abrirei. Faremos uma caminhada. E já aviso: teremos momentos bons e ruins ao mesmo tempo. Encontros e desencontros ao mesmo tempo. Na nossa caminhada você perceberá, não imediatamente, que neste caminho há muitas pedras que serão como obstáculos para nós, mas com o tempo descobriremos que são importantes e necessários para o crescimento interno acontecer. Eu posso, não o tempo todo, estar ao seu lado, mas caminharemos, para te ajudar a suportar a dor. Juntos. Nós buscamos a psicoterapia, no meu caso, com a orientação psicanalítica, para numa certa medida ampliar cada vez mais, um espaço interno, auxiliar o campo dos pensamentos a suportar, tolerar e ter flexibilidade com as experiências emocionais do viver, e quem sabe, se for possível, construir um suporte emocional para as nossas dores, não para evitar a dor e todas as emoções que envolvem estar vivo, porque isso é impossível. Somos humanos ,inacabados, incompletos, imperfeitos. Caminharemos com todos os sentimentos. Eu não tenho um Saber à priori sobre você e nem ferramentas prontas que sirvam para todas as pessoas. Ufa! Nosso trabalho será árduo, e talvez longínquo, pelo menos nem eu, e nem você, estaremos sozinhos neste caminho. E chegará o momento da travessia, e este trabalho interno continuará enquanto estivermos vivos. Este é o trabalho de cada um. Ora ou outra podemos nos encontrar novamente. A vida é assim, precisamos um do outro. Ufa, não estamos sozinhos. Nós dois ganharemos um novo aprendizado, juntos. Nós dois sairemos transformados!
Um abraço caloroso para os profissionais que abrem a porta para receber o encontro e o desencontro com a dor do outro, o infamiliar, e ao mesmo tempo tão familiar. O estranho que habita em todos nós.
Um abraço mais caloroso ainda para àqueles que chegam, que procuram, querem e ousam se aventurar nesta travessia que é cheia de encontros e desencontros, sabores e dessabores, até onde for possível.
Caroline Gouvêa Silva Wallner

14/08/2025

“O trabalho que termina de ser apresentado trata dos destinos psíquicos da experiência traumática, tanto em seus aspectos defensivos, restritivos das capacidades de realização do si-mesmo, quanto no que diz respeito a seus potenciais de transformação, elaboração e, portanto, simbolização. Tratamos, no entanto, de uma condição que, embora possa abarcar um espectro bastante amplo de situações traumatogênicas, deve ser considerada uma modalidade particular de traumatismo: aquela que se define por um distanciamento afetivo dos pais em relação à criança, distanciamento esse responsável pelo confronto do sujeito a uma condição de desamparo, humilhação e impotência insuportáveis, seja por sua precocidade, seja pela violência com que se produziu.

Nesse contexto, a questão da pseudovitalidade (KOHUT, 1977), característica dos indivíduos acometidos por tal problemática, se apresentou para nós como um fato clínico essencial e, nessa medida, como o ponto de partida de nossa investigação. Os sujeitos de que tratamos apresentam, todos, alguma das formas de uma vivacidade criada para contrainvestir a experiência de um imenso vazio interno, que, pudemos concluir, remonta à inversão da relação de cuidado ocorrida no seio de sua situação familiar originária, com a criança assumindo a função de um auxiliar ante aspectos gravemente adoecidos do psiquismo parental e familiar.
O vagar dentro desse abismo manteve o indivíduo isolado tanto do mundo quanto de si mesmo, e será para sobreviver a essa condição que o psiquismo irá estruturar defesas sofisticadas contra a perda do sentido de si e o colapso da estrutura psíquica de que se vê permanentemente ameaçado, as quais se definem, de nosso ponto de vista, a partir de três vértices principais.“

Daniel Schor

09/08/2025

Françoise Dolto

Solidão

Edição revisada, ampliada e apresentada por Gérard Guillerault, Elisabeth Kouki, Colette Manier e Alain Vanier

“A solidão sempre me acompanhou, de perto ou de longe, como acompanha todos aqueles que, sozinhos, tentam ver e ouvir, onde alguns apenas olham e ouvem.

Amigo inestimável, inimigo mortal - solidão que recupera, solidão que destrói, nos leva a alcançar e ultrapassar nossos limites.”

A solidão caracteriza o pequeno humano desde o nascimento e, portanto, o coloca em uma dependência radical dos Outros. Referindo-se constantemente aos seus encontros clínicos e aos fatos de sua vida privada, Françoise Dolto desdobra um grande afresco da história do sujeito, da origem ao fim. A maioria dos grandes temas de sua obra estão presentes, com variações sensíveis de tom e tempo, pois este livro polifônico atravessa mais de vinte anos de sua pesquisa.

Nicolas de Staël

22/05/2025

Você é o único que pode caminhar nos próprios pés. Ninguém pode fazer isso por você. Você pode acessar várias coisas e informações mas a escolha e a caminhada é individual para cada pessoa. Nós não mudamos porque alguém disse isso ou aquilo, jamais será pela via do conhecimento, é pela vida do desejo. O movimento será sempre individual. Eu não posso caminhar por você, e você não pode caminhar por mim. Caroline Gouvea

06/05/2025

Maio de 2024 tive o imenso prazer, alegria, satisfação e experiência em conhecer a casa do Dr Sigmund Freud. Um lugar que carrega uma energia emocional em todos os cantos. Impossível não se emocionar e mergulhar na história que está registrada naquela casa/consultório de trabalho. Hoje, 06 de maio, Dr Sigmund Freud, lembramos com muito carinho, respeito, admiração e ética, a data do seu aniversário: 06/05/1856. A psicanálise está mais viva do nunca. Deixo aqui registrado minha homenagem e desejo de visitar seu segundo espaço no Museum de Londres! 🙌🎉