15/10/2021
⭕️A legenda é grande mas é importante!
Pelo menos perdeu com poucas semanas...
Pelo menos não nasceu com síndrome...
Pelo menos ela é jovem...
Pelo menos não durou muito tempo...
Pelo menos ela é psicóloga/ou não...
Pelo menos ela já tem outro filho...
Pelo menos ela pode ter outro filho...
Pelo menos ela já aceitou...
Pelo menos o corpo dela já esta ótimo...
Pelo menos...
Pelo menos...
Pelo menos...
Quantas vezes pensamos dessa forma e verbalizamos para o outro o nosso “pelo menos”?
Essa é uma teoria que faz parte do senso comum da nossa cultura, teoria essa que consideramos abominável.
“Pelo menos” é uma fala que nega a dor e o luto do outro.
Diferente do que muitos pensam, essa fala não acolhe, não acalenta, não demonstra empatia... ela consegue trazer mais dor ainda pra essa mãe.
Abrace com seus olhos e acolha com sua alma, “pelo menos”, esse é um dos caminhos onde o acolher se faz presente.
O luto materno corresponde à dor da perda de um filho já nascido, ou ainda na barriga da mãe.
Quando a perda acontece, essa história que estava sendo escrita, não poderá se realizar, então a mulher precisará reescrever essa história, porem com uma grande diferença, ela não estará planejando algo que ainda iria acontecer, ela estará lidando e vivendo imediatamente com a realidade da perda, algo impensado para a mulher que engravida.
Se depara com a pergunta: Por que comigo, Deus? É legitimo seu questionamento.
Procura-se justificativas e razões para esse acontecimento.
O luto perinatal existe, deve ser vivido e respeitado.
A morte ainda é um tabu, mesmo para nós profissionais da saúde, que lidamos com o laço que integra o morrer, a vida.
Mas, falar da morte, é falar do abstrato, do distante e do velado, é difícil falar do fim quando se espera um (re) começo.
Acolha sua história e respeite a sua dor...
Incentive a busca por auxilio profissional se necessário.
💜