16/03/2021
L E I A M 🙏
Maternidade é doação, e dentro da maternidade há o parto, que também é uma lição de amor: a mãe, por amar seu filho, é capaz de passar por todo esse processo, ao mesmo tempo em que passar por ele fortalece ainda mais esse mesmo amor.
Contudo, temos a tendência a fugir do sofrimento e a buscar caminhos mais fáceis – isso é compreensível, devido à natureza humana que nós todos temos, sem exceção! Só que, geralmente, esses caminhos não costumam nos levar exatamente ao que queremos. E quando falamos em nascimento, f**a difícil fugir da dor. A cesariana não anulará a dor – pelo contrário, a dor do pós operatório permanece por muitos dias! Ou seja, optar pela cirurgia como um método indolor não é uma boa idéia. Melhor mesmo é se entregar ao processo do nascimento.
Quando percebemos o conjunto de fatores envolvidos, e vemos que “a cruz que se abraça é mais leve que a cruz que se carrega”, a experiência do trabalho de parto se enche de signif**ado e ganhamos força para enfrentá-la – ou melhor, para nos entregarmos a essa experiência.
Em vista disso, costumo sempre orientar as gestantes no sentido de se entregar à dor, sem medo. Deixar a dor vir, aceitar a dor, permitir que a contração atue no corpo sem tentar fugir.
Sei que parece fácil falar. Existe a teoria e a realidade, vivenciar o parto é outra coisa. Mas para exemplif**ar como tudo isso faz sentido, dou o testemunho do meu último parto. Por que o último? Porque o parto do Estêvão foi muito doloroso, muito mais do que o do Tomás (coisa que eu não esperava e para a qual não me preparei).
Vou contar toda a verdade sem esconder nada: a princípio me desesperei, gritava e me contorcia, pedia por socorro. As contrações eram tão intensas e mal davam trégua, quase não existia intervalo – e já estávamos com dilatação completa. Em determinado momento me deu um “insight”, e eu simplesmente percebi que se continuasse me contorcendo e gritando desesperadamente, tentando fugir, aquilo continuaria infinitamente. CONTINUA NOS COMENTÁRIOS 👇