Lívia Ruiz

Lívia Ruiz •Clínica de atendimento psicológico.
•Especialistas em Psicoterapia Cognitivo-comportamental.

Hoje faz um mês que perdi meu pai. No dia 11 de abril de 2025 nos despedimos do grande Téo de Andrade, cuja voz e simpat...
11/05/2025

Hoje faz um mês que perdi meu pai. No dia 11 de abril de 2025 nos despedimos do grande Téo de Andrade, cuja voz e simpatia seguem cravadas em muitos corações, especialmente no meu. Um homem alegre, cheio de vida, otimista, persistente (pra não dizer teimoso), resiliente como um guerreiro, inteligente, curioso, competitivo. Fazia de tudo pra ganhar no xadrez contra meu marido e, nas disputas de general, surpreendia com astúcia, confiança e coragem. Mesmo diante do revés, mantinha-se fiel a seus valores e intuições. Nessa altura do campeonato, aos 76 anos de idade, já tinha aprendido um pouco mais sobre perder.

Ninguém gosta de perder, mas aprendemos – e só se aprende perdendo. Muitas vezes na marra, sentindo desconforto e se expondo ao risco. Mas será que de fato aprendemos a perder ou apenas suportamos?

Desde cedo nos ensinam a vencer. Quando tentam nos ensinar a perder, resistimos. Nos consultórios, pais dizem que seus filhos “não sabem perder”: frustram-se, dramatizam, se irritam. O protocolo inclui reforço positivo, reestruturação cognitiva, treino emocional, treino de pais. Com esforço, a reação melhora, mas o sentimento ruim da perda permanece – e sempre permanecerá. Se a perda tem valor, o sofrimento virá.

Volto à primeira frase: perdi meu pai. A essa perda por morte chamamos luto. Um processo único, subjetivo, intransferível. A ciência mostra que no luto o cérebro se desorganiza: o córtex pré-frontal entende racionalmente a perda, mas o sistema límbico (ligado ao apego) demora a aceitar. Isso gera instabilidade, confusão emocional e comportamental. Saber disso alivia a dor? Não. Mas ajuda a entender e fazer escolhas melhores.

Um luto saudável é possível. Não há fórmula, mas há caminhos: falar sobre, escrever, fazer terapia, mexer o corpo, ajudar e ser útil, viver uma espiritualidade significativa, manter-se em contato com o mundo.

Aprender a perder é uma lição 100% prática. E, se for difícil, pedir ajuda é necessário. A vida segue – com ou sem empurrão.

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Talvez você não perceba, mas pode ter aprendido desde muito cedo que se colocar em primeiro lugar é arriscado.Na infânci...
25/03/2025

Talvez você não perceba, mas pode ter aprendido desde muito cedo que se colocar em primeiro lugar é arriscado.

Na infância, toda vez que você tentou atender às próprias necessidades — expressar um desejo, dizer o que queria, ocupar espaço — e isso foi recebido com broncas, rejeição, cara feia ou silêncio, algo dentro de você registrou uma “sabedoria interior”: priorizar a si mesmo pode trazer problemas.

Com o tempo, pode ser que você tenha desenvolvido o hábito de agradar. Sempre atento ao que os outros sentem, evitando incomodar, tentando adivinhar o que esperam de você. Isso não veio do nada.

Em muitas famílias, o afeto vem junto de expectativas não ditas. Os adultos, ainda lidando com suas próprias dores, nem sempre conseguem enxergar a criança como alguém com vontades e sentimentos únicos. Sem querer, acabam colocando a criança num papel: “o responsável”, “o bonzinho”, “a madura” “a que não dá trabalho nenhum”.

E aí, pra manter o ambiente em equilíbrio, você aprende a se ajustar. A tentar prever o que os outros precisam, a ser quem esperam que você seja.
Isso ajuda… até deixar de ajudar.

Porque chega uma hora em que esse esforço cansa. A criança que só queria ser amada e bem-vinda começa a sentir o peso de sempre corresponder. E quando isso não acontece — por exaustão ou simplesmente por não dar mais — o clima muda. E, de algum jeito, você sente que a “culpa” é sua.

Esse padrão pode se repetir. E, muitas vezes, continua mesmo depois que a gente cresce.
Você segue tentando agradar, evitar atrito, manter tudo no lugar… mesmo que isso signifique deixar suas próprias vontades de lado.

Mas e se você começasse a se perguntar, com curiosidade e leveza:
Quem sou eu, além dos papéis que aprendi a cumprir?
O que eu realmente quero, preciso, sinto?

Talvez seja nesse processo de se escutar com mais atenção que comece uma nova forma de viver — mais conectada com quem você é, mais honesta, mais sua.
E aos poucos, sem pressa, a vida vai deixando de ser apenas adaptação. E passa a ser escolha.

Já tentou alcançar algo e sentiu seu corpo travar? Assim como a falta de flexibilidade física nos limita, a rigidez cogn...
04/03/2025

Já tentou alcançar algo e sentiu seu corpo travar? Assim como a falta de flexibilidade física nos limita, a rigidez cognitiva nos impede de lidar com mudanças e desafios com naturalidade. Quem tem dificuldade em se adaptar a novas situações pode sentir frustração diante de imprevistos, insistir em soluções ineficazes ou ter problemas para compreender diferentes pontos de vista.

Entre os sinais da falta de flexibilidade cognitiva estão:
🗿Resistência à mudança: dificuldade em aceitar novas rotinas ou circunstâncias.
🗿Pensamento rígido: insistência em uma única forma de ver ou resolver um problema.
🗿Dificuldade em alternar tarefas: sensação de travamento ao precisar mudar o foco.
🗿Frustração com imprevistos: irritabilidade quando as coisas saem do esperado.
🗿Problemas na comunicação: dificuldade em entender e aceitar perspectivas diferentes.

A boa notícia? A flexibilidade cognitiva pode ser treinada. Exercícios específicos fortalecem a capacidade de mudar padrões de pensamento, se ajustar a novas circunstâncias e encontrar soluções criativas. Com um treino estruturado, os desafios se tornam mais gerenciáveis, a tomada de decisão se torna mais ágil e a vida flui com mais leveza.

Investir nesse desenvolvimento reduz o estresse, melhora a produtividade e amplia possibilidades. Treinar a mente para ser mais flexível significa construir uma versão mais adaptável e resiliente de si mesmo.

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