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Psicóloga Debora Arnhold

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Brasil
Três de Maio, RS
Psicóloga Debora Arnhold

Serviços de psicoterapia para crianças, jovens, adultos e casais com base psicanalítica

06/02/2024

Quantas vezes ao dar início a um novo processo seja ele de emagrecimento, estudos, autoconhecimento ou aprendizagem de uma nova habilidade você não se frustrou em pensou em desistir?

Idealizamos esses processos como se fossem formados apenas pelo ponto de partida e de chegada com um caminho reto no meio. Não contamos que nesse percurso haverão tropeços, dificuldades, erros e quedas e por isso nos frustramos.

Estejamos advertidos de que nenhum processo é linear. Ele sempre é feito de altos e baixos assim como uma montanha-russa. Às vezes estaremos no alto (onde conseguiremos com mais facilidade continuar) e às vezes estaremos embaixo (com mais dificuldades e questionamentos).

Todos os momentos são válidos pois aprendemos em cada um deles coisas diferentes, desde que tenhamos clareza de onde queremos chegar.

Quais são suas maiores dificuldades ao iniciar um novo processo?

25/10/2023

Compartilhando com vocês um pouco sobre mim e o que faço por aqui ✨

Obrigaada pela presença de cada um de vocês 💗😘

12/10/2023

Essa mocinha aí da foto sou eu com 4 anos de idade. Como vocês podem ver algumas coisas permanecem iguais, como o tamanho do cabelo, a coloração e até mesmo a preferência de cores de roupa.

Nessa idade, a maioria de nós está aprendendo sobre o mundo e apreendendo o mundo. Aprendemos desde a mais tenra idade, mesmo sem ter consciência disso, qual o nosso lugar na família, como nossos familiares se relacionam entre si e com eles mesmos, como devemos agir, quais são as normas sociais, os limites, o que fazermos com nossas emoções e uma série de outras coisas.

Tudo começa pela infância e como escreveu Calligaris: “uma vida adulta é sempre menos adulta do que parece: ela é pilotada por restos e rastos da infância”, isso por que o que acontece na infância não f**a na infância. Um adulto trás consigo e convive diariamente com as marcas da infância que aparecem de diferentes formas, como: ansiedade, traumas, sofrimentos, inibições, entre outros sintomas que vão se atualizando.

Numa análise, espera-se poder conhecer a história por trás dos sintomas que nos causam algum sofrimento ou inquietação; poder falar sobre isso e por meio da elaboração encontrar novas saídas para os velhos conflitos gerados na infância. Bem como, renunciar ao papel de criança idealizada pelos pais (ou cuidadores).

Tornar-se adulto dá trabalho, é um processo árduo e sempre inacabado.

Feliz dia das crianças!💗🌻

18/09/2023

Trabalhar, trabalhar, trabalhar...

"Trabalhe enquanto eles dormem", "Seja produtivo", "O que você faz entre meia noite e seis da manhã?", " Seja sua melhor versão", "Não se conforme com uma vida medíocre", "Trabalhe com o que ama pra nunca mais parar de trabalhar". Vocês já ouviram esse tanto de frases por aí?

Quando foi que uma vida corrida virou sinônimo de sucesso?

Quando foi que passamos a imaginar que só é possível descansar na aposentadoria?

Quando foi que tirar férias se tornou um luxo?

A vida acontece nas pausas. No entre-meio da rotina. Naquilo que nos tira do automático.

Você já se sentiu vivo hoje?

06/09/2023

Já faz um tempo que tenho pensado no tempo. No tempo das coisas, no meu tempo, no tempo do outro.

Nós somos feitos de tempo.

Há o tempo de gestação. O tempo de nascimento, o tempo que levamos pra engatinhar, pra andar com as próprias pernas, o tempo que levamos pra nos comunicar, aprender uma língua...ele é único pra cada um.

Precisamos de tempo pra aprender, tempo pra desaprender, tempo pra mudar, tempo pra entender, tempo pra curar, tempo.

E às vezes, esse tempo precisa se demorar. Com certa frequência queremos tudo pra "ontem", corremos contra o tempo, achamos que estamos f**ando pra trás. E na pressa de chegar, nos perdemos pelo caminho.

Onde você está indo com tanta pressa?

25/08/2023

Quantas vezes a violência praticada pelo outro não parte também de nós?

Quantas vezes o medo de que os outros possam te julgar não vem do seu próprio julgamento?

Você já se perguntou isso? Deixe aqui nos comentários!

"Esse recorte é da série Sense 8, em que a protagonista Nomi fala sobre um episódio de violência sofrida por ser transexual, mas sobretudo sobre sua aceitação. Sobre parar de tentar se encaixar".

22/08/2023

Sabe quando existe uma estrada que está sendo modif**ada e interrompida por um tempo e é necessário um desses desvios pra poder passar? Num dia desses, me dirigindo à casa de meus pais me deparo com um.

O caminho está indicado por placa, eles disseram, e eu escolhi uma das duas estradas possíveis naquele momento. Depois de um tempo percebi que o caminho não estava sinalizado como haviam me informado, bom, pelo menos não o que eu escolhi.

Sempre tive muito medo de tomar o caminho errado, de me aventurar e de me arriscar, mas naquele momento fui tomada por uma estranha segurança de que eu iria dar um jeito de chegar onde eu queria. Segui, por uma estrada totalmente desconhecida, sem nenhum ponto de referência.

Curiosamente, depois de um tempo notei que alguns carros estavam vindo atrás de mim e pensei: será que eles sabem que não estou indo pelo caminho sinalizado? Será que eles sabem onde estão indo? Estão apenas me seguindo?

Essa história rendeu algumas sessões de análise. Entendi que isso é o que acontece quando seguimos um caminho próprio, ele é mesmo sem sinalizações, sem nenhuma instrução de onde você deve seguir reto ou dobrar e por isso pode passar a impressão de que o caminho não é aquele, porque não é por onde muitos estão indo.

Um caminho sinalizado parece ser tão óbvio, é só seguir a placa. Mas será que é assim tão óbvio? Será que no fim das contas o caminho não será nosso de qualquer maneira?

E na busca por encontrar respostas pelo caminho eu percebi que o caminho já era a resposta. E não é sobre obras na estrada que estou falando.

30/06/2023

Dias atrás, lendo um livro da Clarice Lispector, me deparei com esse trecho que ela falava sobre a dor e achei ele bastante simbólico. Ele dizia:

"O hábito tem-lhe amortecido as quedas. Mas sentindo menos dor, perdeu a vantagem da dor como aviso e sintoma. Hoje em dia vive incomparavelmente mais sereno, porém em grande perigo de vida: pode estar a um passo de estar morrendo, a um passo de já ter morrido, e sem o benefício de seu próprio aviso prévio".

Isso me fez pensar nessa tendência que muitas pessoas tem e que é um sintoma da nossa época, de querer evitar sentir dor e qualquer tipo de desconforto a todo custo. É claro que ninguém em sã consciência escolheria passar por um processo doloroso, mas ele faz parte da vida e é necessário para o processo de amadurecimento psíquico.

Criamos um ideal de plenitude, de que é possível passar ileso por situações desagradáveis. De que a nossa "paz" deve prevalecer independente da situação. Ora, como é possível falarmos de felicidade sem nunca experimentar tristeza?

Como saber que algo não vai bem se nunca f**armos desconfortáveis?

Como diz o trecho acima, podemos já ter morrido em vida, sem saber.

05/04/2023

Quem nunca esperou um momento ideal para fazer alguma coisa, mas ele nunca chegou?

Quem nunca se viu paralisado porque ainda não se sentia "pronto"?

Quem nunca ouviu a frase: "eu não estou no peso ideal".

O que é um ideal?

Como o próprio nome sugere, é uma ideia construída sobre como as coisas idealmente deveriam ser.

A busca é de atingir esse ideal, mas ele é impossível. É impossível porque é sempre diferente daquilo que já estamos fazendo, é supervalorizado, é inflado.

É inclusive necessário que seja porque sua função é servir de horizonte, de guia pra que continuemos nossa jornada.

Não é pra que a gente acredite nele e fique se punindo por não conseguir "chegar lá", seja lá onde isso for.

Quem foi que disse que a vida precisa estar ganha aos 30 anos?

Quem foi que disse que é preciso ter um milhão na conta?

Quem foi que disse que pra ser feliz existe receita?

O possível é o que existe ENTRE você e seu ideal.

01/02/2023

Essa palavra e suas variantes vem circulando muito por aí e essa semana ela apareceu em uma caixinha de perguntas minha, então, resolvi falar sobre isso. A ideia aqui não é findar o assunto mas colocar como questão pra pensarmos sobre isso.

O que é produtividade?

Podemos pensar que produtividade é, segundo algumas definições, um potencial para produzir, render, que pode gerar um produto.

Vivemos em um mundo extremamente concetado, que supervalorisa as produções. Através das redes sociais, temos cada vez mais a sensação de que estamos perdendo algo, que as pessoas estão fazendo mil coisas e a gente não, que estamos f**ando pra trás.

E não basta mais ter um dia produtivo, é preciso parecer que está, é preciso mostrar.

Há uma culpa, uma sensação de incapacidade quando aquilo que havia sido planejado no dia não aconteceu, sempre achamos que deveríamos ter feito mais e assim vamos f**ando cada vez mais exaustos e insatisfeitos.

A pessoa que não está o tempo todo ocupada, decai um pouco no juízo moral, não é tão interessante. A vida vai virando uma grande empresa estruturada como uma grande cadeia de produção e não tem mais tempo pra fazer nada. Não podemos esquecer que vivemos em uma sociedade capitalista e neoliberalista que não se beneficia com nosso descanso.

Precisamos ter senso crítico e analisar o que é importante pra nós, pra além do que dizem por aí. Quando vemos as coisas em um formato só, com rigidez, isso vira sofirmento.

A vida não é um vlog de rotina, é muito mais do que isso. Estender a roupa no varal, assistir uma série, dormir a tarde e passar um tempo com as pessoas que você ama, também pode ser incrível, assim como sair pra trabalhar e produzir uma renda pra pagar seus boletos.

F**a uma questão: o que estamos produzindo quando somos excessivamente produtivos?

26/01/2023

Nesse percurso de análise que já dura vários anos, aprendi e desaprendi muitas coisas, listei algumas acima que fazem sentido pra mim nesse momento.

Esse processo de análise pessoal é muito importante pra mim, esses saberes construídos ao longo do tempo me custaram muito trabalho, tempo, dinheiro, dedicação, noites sem dormir, angústia e tantas coisas que são inenarráveis aqui.

E tudo isso pra consquistar uma vida muito mais feliz, mais verdadeira, mais responsável, com menos sofrimento, menos angústia e com muito, mas muito mais amor.

E é através do meu próprio trabalho em análise, que acredito ser possível ajudar outras pessoas. Citando um trecho de um livro muito valioso pra mim do Calligaris: "Nesses momentos [...], será bom lembrar que você sabe mesmo (e não só pelos livros) que sua prática adianta. Porque a prática que você propõe aos seus pacientes curou ao menos um: você.

E aí, gostou de saber um pouco do meu processo em análise? Me conta quais são os teus aprendizados valiosos da vida?

30/11/2022

O ano está chegando ao fim, iniciamos hoje o último mês de 2022. No meio da correria típica dessa data, fico pensando nos planos e anseios que são feitos no início ou no final do ano e as expectativas relacionadas a isso.

Como é comum fazermos uma lista numerosa de várias coisas que pensamos em realizar, traçarmos um plano bastante detalhado e específico para que esse ideal seja atingido e ao final não conseguirmos fazer.

Ano após ano f**amos presos as nossas expectativas e planos "perfeitos", como se alguém estivesse apontando uma arma na nossa cabeça e dizendo: você TEM que fazer isso! Se você NÃO fizer JAMAIS será feliz, amado, respeitado, reconhecido.

Mas de que isso serve?

O anseio de sermos perfeitos e adequados aos nossos ideais faz com que nos tornemos reféns de nós mesmos. Faz com que estejamos cada vez mais distantes da vida que queremos pra nós, ao passo que o desgaste e a frustração vão só aumentando.

A ideia obviamente não é eliminar todas as metas, porque elas tem sua função, mas torná-las mais flexíveis e realistas. Poderíamos optar por metas atingíveis, possíveis e que nos beneficiem mais. Que estejam mais alinhadas com o que desejamos fazer e não com o que achamos que temos obrigação de fazer.

Me conta, você costuma ser muito radical naquilo que propõe a você mesmo(a)?

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