05/11/2025
Há um corpo cansado que não suporta mais calar.
Ele aprendeu a ser forte, a cuidar de todos,
a conter lágrimas que não podiam cair.
Mas um dia, a pele, o sangue, as células disseram:
“Agora é a nossa vez de falar.”
A dor psicossomática nasce desse grito silencioso.
É o corpo chamando por escuta,
dizendo que há algo dentro que se volta contra si —
não por maldade, mas por excesso de amor mal compreendido,
por tentar ser mais perfeita do que a vida permite.
Cada dor, cada inflamação, é também um pedido:
“Olha pra mim, com carinho.
Não como um corpo doente, mas como uma alma cansada de lutar sozinha.”
Há uma parte que se sente ferida,
e outra que quer renascer.
O fogo interno que queima é o mesmo que pode aquecer
se for acolhido com doçura.
Esta complexidade autoimune, pode ser o espelho de um processo:
de aprender a não se punir por sentir,
de aceitar o limite como sabedoria,
de transformar a autodefesa em autocuidado,
e a autoagressão em autoamor.
✨ Talvez o corpo esteja pedindo apenas isso:
que a alma volte a ser tocada com gentileza,
que as palavras tomem o lugar da dor,
e que o amor — agora inteiro e humano —
seja o remédio que faltava