DEVIR Psicologia e Educação

DEVIR Psicologia e Educação DEVIR - Psicologia e Educação
O espaço Devir se propõe a ser um núcleo de produção intelectual, clínica e educacional a partir da base teórica esquizoanalítica

Nascemos a partir de um vínculo amoroso muito forte que compartilhava o desejo de produzir coletivamente e reinventar possibilidades e potências. Essas conexões nos motivaram a realizar esse projeto que tem como objetivo primordial atuar na área clínica e educacional, promovendo a multiplicidade e a criação de linhas de fuga de modelos esterilizantes e reprodutivos. O espaço Devir se propõe a ser um núcleo de produção intelectual, clínica e educacional a partir da base teórica esquizoanalítica e oferece:

* Atendimento Psicológico (individual ou grupo);

* Supervisão Clínica;

* Cursos, palestras, treinamentos voltados a área de Psicologia e Educação;

* Grupos de estudos, discussões e debates voltados à esquizoanálise, psicopedagogia e educação;

* Análise Institucional para empresas e terceiro setor;

Há muitos coágulos no sangue. Intensidades/potências que são estranguladas, cerceadas, estancadas, espancadas. O corpo r...
15/02/2020

Há muitos coágulos no sangue. Intensidades/potências que são estranguladas, cerceadas, estancadas, espancadas. O corpo recuperado, encerrado nos feudos das axiomáticas que prometem reconhecimento aos corpos obedientes, subordinados, disciplinados, dóceis, derrotados nas gangrenas produzidas pela exploração, repressão e opressão das multiplicidades que percorrem os corpos e as pluralidades que o corpo pulsa. Porém o sangue pulsa vibrando as ressonâncias das palpitações do coração alisado pelo latejar das sonoridades originárias dos magmas incorporeos de novas sensibilidades. Os sangues irreverentes ecoam peles arrepiadas, eruptivas, lisas, estriadas, re- porificadas pelas carícias de insurgências que encarnam atualizações indomáveis. As peles susurram vísceras dançantes, aceleradas, lentas, humores borbulhantes, membranas perplexas, mucosas que emanam fluxos acolhendo as levezas e viscosidades dos encontros. Sangue domesticada e sangue rebelde, sangue que desestratifica e sangue encurralada nas repressas de capturas que avassalam os movimentos. Imanências entre os acasos, variações, improvisações, espontaneidades, tocata/fuga e os estampados de notas métricas nos pentagramas que programam os cursos daquilo que alguma vez foi novo. "Tudo é um caso de sangue" dizia Deleuze. Pinçamos, roubamos e colocamos esa afirmação em outros platôs. Que experimentações, quê invenções, quais criações, quê nomadismos, quê encontros fazem parir territórios onde bricolear novos corpos que encarnen e reencarnen intensidades sublevadas e novos extensos que rascunhem novas referências?. Um ditador berrou: "a letra com sangue entra". A letra do outro que incrusta a letalidade do dever, a obediência, a submissão, a carne humilhada. Solilóquio do outro que simula diálogos. Mas quê letras intempestivas fluem, saem, transbordam desse sangue que reponha o sentido primigenio das palavras-ações-sensibilidades que fazem mantilhas que povoam novos corpos-territórios?
Raspemos de modo urgente as crostas e intensifiquemos todos os agires que produzam corpos das dignidades insurgentes.
Imagem: Remedios Varo

Lançamento do Livro Esquizodrama: Teoria, método e técnica - klínicas.Gregório Baremblitt, Margarete Amorim e Domenico H...
25/01/2020

Lançamento do Livro Esquizodrama: Teoria, método e técnica - klínicas.
Gregório Baremblitt, Margarete Amorim e Domenico Hur.

Às 12:30, hoje, 25 de Janeiro no CentoeQuatro
(Praça Rui Barbosa, 104, Centro - Belo Horizonte)

Sobre o Nome Próprio "Anunciamos um fascismo generalizado, ainda não se viu nada". (D&G)O dispositivo GuattariDeleuze po...
31/12/2019

Sobre o Nome Próprio
"Anunciamos um fascismo generalizado, ainda não se viu nada". (D&G)
O dispositivo GuattariDeleuze possibilita ir "vendo e dizendo" os modos de efetivação do "fascismo generalizado". Rascunhos do rosto imbecil dos que praticam, "aprofundam" o individualismo burguês, usufruem dos seus privilégios, celebram o excedente de mercadoria consumindo o desnecessário e construindo justificações egoicas que mistificam, com capas de verniz de futilidades, supostas "novas sensibilidades". Maquinaria letal que extermina o esquizo, monumentos ao Narcisismo proposto como "território" revolucionário e máscaras frivolas do paranóico com sorrisos de baba densa. Recuperação hipócrita dos fluxos agenciados coletivamente sobre uma individualidade cheia de si, que supostamente "luta" contra as opressões porém colonizando o outro com as imagens sedutoras daquilo que era objeto de crítica e desprezo. Nas histórias das humanidades se reproduz uma figura sinistra: xs canalhas que chamam para a revolução impostando rebeldias que desaparecem na primeira confrontação com os assassinos da Vida como multiplicidade.

Na era do Narcisismo, a fagocitacão do outro, o parasitismo das Alteridades na realização hedonista de interesses individualistas, de "militâncias" que criticam os axiomas do capital reproduzindo suas práticas exóticas e mesquinhas, a reivindicação do "nome próprio " desvenda os assentamentos de ambiguidades, perversões, manipulações. No Império da Transparência há evidências tristes dos neofascismos líquidos: a exposição da intimidade no mercado de imagens rasas, o espetáculo grotesco de "insurgências" banais na teatrologia burda das imposturas, a exploração do outro para "fazer o nome próprio", da crítica "feroz" aos equipamentos de "antiproducão do capitalismo/edipiana" usufruindo das outreidades em fixações onanistas e atorais, a "luta antiburguesa" praticada por burgueses declarados e que, "comicamente" revelam seus assentamentos reacionários e miseráveis na mídia como se fosse o diário íntimo dx LuxemburgoGuevara. A rostreidade petrificada do ego é realmente fascinante para os empresários de si que se sustentam na exploração do outro efetuada com um sorriso/selfie "sensível ". "Não se trata de cada um fugir 'pessoalmente', mas de fazer fugir".
Por aqui amamos "ultrapassar o corte entre sujeito de enunciação e sujeito do enunciado". Entre/nos, Entrecorpos que produzem as paixões alegres dos ninguéns.

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Mergulhos em rasoA vulgaridade das palavras que saem da boca enunciam a mediocridade dos discursos não aplicados na práx...
02/12/2019

Mergulhos em raso

A vulgaridade das palavras que saem da boca enunciam a mediocridade dos discursos não aplicados na práxis nomádica..
Saltam frivolidades, palavras em palavras, sem o mergulho nos assoalhos oceânicos da dor da diferença e da estranheza.
Pateticamente, se estabelecem fantasias do "eu" que refletem a personalidade vampiresca de corpos estereotipados na "diferença". Subversão hipócrita e consumação torpe dos fluxos de potência e dos "entre" vinculares. A carne torna-se hostil à solidão e à miséria que emergem de desejos não efetivados e perfuma-se com o odor fétido da mediocridade e da hipocrisia. Cheiro podre de fantasias empoeiradas com restos familiaristas, subvertidos com a 'beleza' dos brilhos narcísicos que cintilam e cegam através do rodopio desvairado da perversão....
Pintar, escrever, dançar e amar sem subverter suas densidades em meras 'imagens-mortas' do que outrora foi Vida.
Como Artaud enuncia sobre Van Gogh que "passionaliza a natureza e os objetos" reinvindiquemos uma humanidade sagrada que transcende a apropriação individualista do Narciso afogado.
Que os entre-encontros potentes nos possibilitem construir um porvir consistente que não subverta e não se aproprie das subjetividades insurgente.

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De(vir)Dev(ir)Dev(iremos)Dev(ira)ViraVirá Por(vir)Porv(ir)Ad(vir ir) DevirirGira Sóis Gira LuasLu(n) áticosIn(surgidos)D...
19/11/2019

De(vir)
Dev(ir)
Dev(iremos)
Dev(ira)
Vira
Virá
Por(vir)
Porv(ir)
Ad(vir ir)
Devirir
Gira Sóis
Gira Luas
Lu(n) áticos
In(surgidos)
Das entre entranhas crepitantes
Emerg(idas)

Dos magmas húmidos
De entre mucosas amanhecidas
Nos arrepios indomáveis
De nossos olhares copulados

Das entrecontorções de gemidos sublevados
Que perfuram os estralos silenciosos das manadas cúmplices
que ruminam escravidões
festejando as babas da imbecilidade.

As luas uivam as mantilhas que correm desenfreadas os desertos de nossos poros enlouquecidos navegados pelas paixões incandescentes de nascer irreconhecível no outro, outros povos, outras terras, ceus, tempestades, mananciais.

Nascentes das erupções dos Nós que voam pulsações demolindo labirintos.

As gargalhadas das banalidades se pulverizam nos vortices incontroláveis das brisas delirantes que fluem intempestivas em cada caricia que trovoa as tribos liberadas nas meles de nossos corpos.

Novos abismos de belezas borbulhantes cuspem no rosto petrificado dos Emperadores coagulados na impotência de suas mortalhas incrustradas, nos seus gestos de nada grandiloquente.

E os entre nós dançam libertários
Irreverentes
Guerreiros
Amorosos
Indoceis
Nas liberdades contundentes
que não renunciam
As vidas rebeldes
Insubordinadas
Que sussurram gritos
Rabiscam alaridos
Murmuram utopias
Dizem universos
Deliram paixões
Sulcam orvalhos
Lamben oceanos
Esfregam pedras
Fazem
Em
Cada suspiro
De Revolução
Em
Cada
Relâmpago
De beleza
Descontrolada

Imagem: Kandinsky

"Todo o valor da esquizo depende do que se faz com ela" Gregorio Baremblitt As tarefas da esquizo são raspar o que imped...
12/11/2019

"Todo o valor da esquizo depende do que se faz com ela" Gregorio Baremblitt

As tarefas da esquizo são raspar o que impede a produção e intensificar aquilo que produz diferenças, variações, variegacões, desvios criadores do novo, heterogeneidades, multiplicidades: mundos novos/entre corpos de ternuras revolucionárias/ CSO que componham consistências singulares/ desterritorializões e reterritorializacões paridas pelas pulsações de utopias ativas/rabiscar dispositivos produtores de novas sensibilidades, subjetivações entre insurgentes, bricoleurs rizomáticos que raspem as Recuperações Narcísicas, Edipianas, da racionalidade Única, do Capitalismo. "Eu e outro" como lançou Rimbaud o poeta Vidente. Criador do dispositivo estético onde propõe que o poeta "busca a si mesmo" e "as quintessências" como hoje dizem por aí. Sim, fazer tudo isso "colocando a produção no desejo e o desejo na produção, de Vidas dignas e intensas, para Devir entre outros, sendo vários/multidões capazes de não parasitar as alteridades para venerar o Eueueu. Ultimamente não roubam do Rimbaud para produzir diferença. Roubam dele para que um Ego impotente o repita se disfarçando de singularidade intensiva: cortar e colar da transparência.
Sim, produzir diferença, não definir o que ela é cerceando-a, perceber e acolher como ela funciona e intensificar multiplicitariamente o que ela produz. Des/estratificar e estar dispostos a navegar com as bússolas das profundidades/superfícies das entre/peles os oceanos habitando os arquipélagos de novas humanidades(que não se "medem" pelo "meu dentro").
, escrevemos este texto conectando com seu belo poema

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O processo de captura de linhas produtivas pelos processos reprodutivos ocorrem diariamente, estamos a todo momento send...
04/11/2019

O processo de captura de linhas produtivas pelos processos reprodutivos ocorrem diariamente, estamos a todo momento sendo atravessados por estriamentos, segmentariedades e binarismos, pois as três instâncias que compõe a realidade são imanentes, sendo estas instâncias as três superfícies que falam Deleuze e Guattari, Superfície de Registro-Controle, de Produção-Desejante e de Consumo-Consumação e ainda uma mais que podemos acrescentar que é a Superfície de Anti-Produção. A primeira sendo responsável pela captura, extensividades, a segunda pelos fluxos e alisamentos e a terceira pela fagocitação e transformação do produzido em produtos consumíveis. A quarta, colocada por nós, responsável pela destruição e aniquilamento do belo e revolucionário. Mas no cotidiano não é visível esta separação, justamente pela imanência das quatro, em todos os platôs que compõem a realidades estas Superfícies se encontram, permeiam, conectam, desconectam e conjulgam. O Virtual ao atualizar-se na realidade é prontamente capturado por equipamentos encrustados na Superfície de Registro-Controle, que a normatiza e binariza, nomeia, serializa linhas duras, também se compõem dispositivos pensáveis como emaranhados de linhas de todo tipo. A criação de linhas de fuga se faz presente na Superfície de Produção-Desejante, que busca irromper nas Superfícies, esquivando os cortes da segmentariedade, realizando movimentos em zig-zag. Processos revolucionários se tornam consumíveis e quantificados pela Superfície de Consumo-Consumação, como ocorre com singularidades que se massificam e se perdem na normatização como Che Guevara, Fridah Kalo ou Banksy. A última vai além da captura e rasga a realidade por meio dos fascismos e inibe e destrói toda possibilidade de vida. Mas é esta mesma imanência entre estas instâncias que capturam e cerceiam, que nos possibilita criar fluxos produtivos dentro desse controle e extensividade. A Produção-Desejante produz os alisamentos necessários que perfuram o tecido estriado e cria linhas de fuga que atravessam o registro, controle, consumo, consumação e anti-produção. Nos inquieta e nos faz Indagar nas klínicas a capacidade de agenciar linhas semi-brandas na concepção das vidas. Embora não seja o propósito, as escritas esquizoanalíticas atuais não estão nos propondo uma nova binaridade: brando x duro? Nos afastando de compreender o emaranhado de linhas que rascunham as cartografias entre territórios, desterritorializações e reterritorializações.

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O virtual dentro de uma concepção bergsoniana ou esquizoanalitica não é real, possível ou impossível. A virtualidade é i...
24/10/2019

O virtual dentro de uma concepção bergsoniana ou esquizoanalitica não é real, possível ou impossível. A virtualidade é impredizível, não antecipavel, inomeável e indizível, pois compõe uma realidade outra que não nos é acessível pela racionalidade, pelo regime de signos já constituído, pela vontade de representar. O virtual se atualiza na realidade e rompe, disrompe, alisa, raspa, pulveriza molecularmente estratificações, segmentariedades, rigidezes e quietudes. Se faz presente, não sobre um fundo de falta, e sim com lampejos de conexão com o real, se atualizando no que chamamos de Devir. Os devires são atualizações, acontecimentos ou eventos, advindos da intersecção entre o virtual e a realidade. O virtual se atualiza como pura diferença e novidade, não é possível prever ou antecipar. Não nos é possível antecipar ou prever devires, não nos é possível propor devires, como ocorre em algumas "experimentações esquizoanalíticas" propostas de "devir algo", "devir animal" "devir mulher" "devir insurgências". O devir acontece, não pode ser comandado. Quando solicitamos que alguém devenha algo, já estamos nomeando e antecipando sua atualização, o que não é possível, freamos a possibilidade real de atualizarmos. A previsão de um devir o binariza, o captura e o cerceia. O que nos é possível realizar atuando na realidade binária, é criar possibilidades/experimentações/dispositivos para que essa novidade absoluta se atualize, na klínica individual ou esquizodramática. Incentivar processos produtivos, linhas de fuga, máquinas de guerra, novas sensibilidades, criações, fluxos intensivos, afetações, subjetivações, raspagens, são modos de se dispor para a atualização do virtual, de abrir fissuras para a emergência dos devires. Para sustentar nas nomado-praxis klínicas do "torna-te o que tu és" (Niestszche) é desejável intensificar a alegria do necessário compondo a vida como uma obra de arte. Agenciar as ferramentas estéticas, analíticas e desejantes que rasguem os cenários petrificados do sofrimento sucitando a atualização do da vontade de potência.

Imagem: Jackson Po***ck

"Não se alegrar por uma falsa aparência de liberdade" Espinosa. Ética V. Proposição 10Klinica dos bons encontros: Intens...
18/10/2019

"Não se alegrar por uma falsa aparência de liberdade" Espinosa. Ética V. Proposição 10

Klinica dos bons encontros: Intensificar o que um corpo pode. Esses corpos Podem entre. Os entre produzidos pelos bons encontros.
Klinica da liberdade: Agenciar territórios onde exprimir o máximo de Potência que surge nos Entre. Não parasitar potência "afirmativa" do eu, eu, euUno. Liberdade/singularidade significa não colon(izar) as alteridades nem celebrar as tiranias hedonistas do Narciso Isolado.
Klínica das potências: produzir entre a alegria do necessário elevando ao máximo as Multiplicidades das Vidas.
Klinica estéticas: a arte não imita a Vida. A Vida Imita a arte. Suscitar a produção das Belezas intensificando seus desvios do "padronizado".
Não acreditaria em um deus que não soubesse dançar susurrou Nietzsche. As Klinicas produzem novos movimentos, quebras, fraturas, raspagens das quietudes vestidas de pseudo movimentos. A cadência dos movimentos imprevisíveis produzem novos mundos nos tempos aionicos e territórios móveis onde cabem todos os mundos e todas as hunanidades mais que humanas.

Imagem: Antonin Artaud

“Prazer de se perder na imagem pressentida. Eu me levantei do meu cadáver, fui em busca de quem sou. Peregrina de mim, f...
17/10/2019

“Prazer de se perder na imagem pressentida. Eu me levantei do meu cadáver, fui em busca de quem sou. Peregrina de mim, fui até a que dorme em um país ao vento" Alejandra Pizarnik

A poetisa clama: o ser morto em quietudes se levanta, subleva-se, INsurge se lançando fora. O fora do fora que raspa os "mortí-feros" 'dentros' centralizados nos labirintos da interioridade totalizada. Interior da interioridade como oposto aos 'fora' constituindo assim os primeiros versos do Narcisismo que habita nos Teseus. Ariandne devém cuidados fora dos labirintos dentro, fora do fora das cavernas do Ser. Ariadne/devir, traida por Teseu, que é nas suas alianças secretas com o Minotauro e Dedalus, o arquiteto das binaridades banais do "ser ou não ser" que destroçam os foras das Ariadnes. Também o corpo morto da "interioridade sem fora" da Jo(casta) é alimento para os "dentro" familiaristas e machistas dos Tiranos Laio e Édipo fusionados nos bacanais do Ser-Eu-Uno.
As que dormem em um país de fluxos intensivos-vento acordam Devindo outras... Vibrando multiplicidades, susurrando 'outreidades', gemendo 'entres' suaves, nascendo suores que rascunham novas peles, gestando arrepios intempestivos, balbuciando mucosas magmáticas, criando horizontes que cospem luassois, povoando céus desertos, tremendo corais de dissonâncias maravilhosas.
Devir Pizarniks: "beleza é olhar uma rosa até pulverizar os olhos". Demolir os olhos que vem apenas a si mesmos e renascem como as entreretinas dos 'nós' que resurgimos outros.

Imagem: Gertrude Abercrombie

Deleuze e Guattari propõem compreender o desejo como uma usina, uma fábrica incessante de produção de vida multiplicitár...
24/09/2019

Deleuze e Guattari propõem compreender o desejo como uma usina, uma fábrica incessante de produção de vida multiplicitária. As Vidas como singularidades que se conectam rizomaticamente assim como também, a partir de sínteses não conectivas, de modos que seguem o modelo da árvore, das segmentariedades duras, das hierarquias, cisões, narrativas representacionais que justificam até a paixão pela abolição. Nesse sentido colocam, na dimensão Klínica, a necessidade de efetuar tarefas de intensificação das linhas produtivas e a raspagem dos estratos sedimentados incrustados nas reproduções e antiproduções. A raspagem não é "individual". Se produz nos agenciamentos dos "entres" a serem cuidados nas dimensões ético políticas que fluem no agir das insurgências perante a homogeneidade consumada, em épocas de transparência e mortes dos Eros, no narcisismo que esgota a potência. Domestica a potência para que se coagule no Ego petrificado e fascinado por si mesmo e suas exigências sobre o mundo despovoado de pluriversos e nomadismos tribais. Esses nomadismos tribais se substituem em sedentarismos triviais, líquidos, quietudes petrificadas com ilusão de movimento.
Os dispositivos de enunciação coletiva emergem das raspagens/intensificações dos devires desejantes onde as composições das Vidas como obras de arte entretem com a ética revolucionária a produção desejante com o que esta produz: amor, ternura, cuidados, acolhimentos do necessário e necessidades, sensibilidade singulares e paixões autênticas pelas vidas com as que vamos parindo as dignidades de estar transitando o mundo

Texto produzido pela equipe da Clínica Devir

Imagem: J. Miró

Endereço

Travessa Felipe Camarão, 32
Uberaba, MG
38065-140

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