Fernanda Tavares - Psicóloga/Psicanalista

Fernanda Tavares - Psicóloga/Psicanalista Sou psicóloga formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 2012 e atuo na área desde tal período. Sou membro da Associação Clínica Freudiana (ACF).

Psicóloga (UFU), Psicanalista, Mestra em Psicologia, Psicanálise e Cultura pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com formação complementar na França (Paris) e Bélgica (Courtil). Conclui meu mestrado na linha de pesquisa "Psicanálise e Cultura" em 2015, também na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Morei em Paris (França) por um ano a fim de complementar minha formação psicanalítica e estudar mais sobre a intervenção precoce em crianças e bebês, bem como sobre a psicanálise de um modo geral. Realizei um mês de estágio intensivo na instituição "Le Courtil" (Bélgica), conhecida internacionalmente no que diz respeito ao cuidado de crianças e adolescentes autistas, psicóticos e/ou com graves transtornos psíquicos. Atualmente atendo em Uberlândia realizando atendimentos clínicos de crianças, adolescentes, adultos e famílias.

Será que ainda somos o que já fomos?Será que seremos o que tanto imaginamos?Talvez em partes. Ou seja, na melhor das hip...
29/11/2025

Será que ainda somos o que já fomos?
Será que seremos o que tanto imaginamos?

Talvez em partes.
Ou seja, na melhor das hipóteses, somos um tanto daquilo que já fomos. E já não somos um tanto daquilo que fomos também.

E é justamente isso o que nos possibilita ser o que somos.
Não ser tudo o que se era.
Nem ser o que se imaginou que seria.
Para ser exatamente o que se é.

E veja bem: ser o que se é só pode ser uma invenção provisória.
Que se ancora em dois pontos: aquilo que se foi e aquilo que se deseja ser.
(mas nada disso é estático...)

Ser o que imaginamos que seríamos é uma caminhada sem fim que nos leva a um lugar impossível de se chegar.
Por isso seguimos. Já que o que queremos ou supomos querer está sempre mais adiante. E queremos sempre mais.

Seguimos inventando um caminho para não chegar em um lugar que nos encerre.
Afinal, enquanto há vida, nada nos encerra!
Ufa!
Somos seres intermináveis!

Fernanda Tavares

Re-tornar-se após a maternidade(Atenção: pode parecer catastrófico mas é real 》 não existe retorno ao que se era antes d...
26/11/2025

Re-tornar-se após a maternidade
(Atenção: pode parecer catastrófico mas é real 》 não existe retorno ao que se era antes de ser mãe!)
Leia com atenção, dispa-se da pressa.

Escutamos muito sobre o retorno (ou não) ao trabalho após ser mãe.
Escutamos muito sobre o retorno (ou não) do antigo corpo após ser mãe.
Palpites aqui, dicas infalíveis acolá, cursos infinitos por toda parte.

E, em meio a esse turbilhão barulhento, silenciamos muito sobre o que não se retorna simplesmente porque não há retorno!
O que há é outra coisa: é um re-tornar-se.

Torna-se outra: outra mulher e não a que se era (e vale lembrar: na melhor das hipóteses, a mulher não morre quando a mãe nasce... embora nem tudo sobreviva nela do mesmo modo!).

Torna-se outra: outra mãe, a mãe real e não a mãe imaginada, idealizada (e, também na melhor das hipóteses, a mãe ideal não morre tão de repente... mas dá-lhe trabalho de luto para se distanciar desse fantasma perturbador e insistente!).

Ou seja, o que existe, de fato é: não há retorno, pois quem se era já não existe mais do mesmo modo e quem se pensou que seria, também não existe e nunca se alcança.

Para onde retornar se estamos diante de um lugar absolutamente novo e desconhecido?

Só é possível re-tornar-se.
Isto é, tentar voltar para algumas partes de si e se deparar com o fato de que nem tudo ainda cabe ou faz sentido, embora seja um alívio o fato de que muita coisa ainda serve, funciona e insiste em existir ainda que com outro caimento.

Só é possível re-tornar-se.
Isto é, tentar caber em outros espaços, outras vestimentas, inventar novos destinos e deixar cair o que já se tornou obsoleto e demodê.

Ser mãe é re-tornar-se!

Fernanda Tavares

Atividades 2026Para psicólogos, psicanalistas e estudantes de psicologia que desejam cuidar de seus percursos de formaçã...
11/11/2025

Atividades 2026

Para psicólogos, psicanalistas e estudantes de psicologia que desejam cuidar de seus percursos de formação com ética, afeto e respeito ♡

Atenção: todas as propostas foram elaboradas com muito carinho e cuidado com você, com a sua prática e com o seu percurso!

Você se interessou por alguma proposta?
Comente: SIM que eu te passo todas as informações.

Será um privilégio caminhar ao seu lado!

Será que o seu “tratamento” pode te adoecer ainda mais?Vamos problematizar e refletir ponderadamente sobre isso. Em temp...
30/10/2025

Será que o seu “tratamento” pode te adoecer ainda mais?

Vamos problematizar e refletir ponderadamente sobre isso.

Em tempos onde a “cura” se tornou mercadoria, muitos ‘doutores’ têm comercializado a saúde mental.

Pacotes semestrais e anuais de sessões e consultas, promessas de resultados fantásticos, combos de serviços diversos, venda de sessões únicas com valores exorbitantes, promoções para pagamento anual antecipado, programas de fidelidade, planos de indicações...

A lógica é: transforme seu consultório em uma fábrica de produção onde o que importa é somente lucrar mais.

Elimine as variáveis, crie uma narrativa que capture, ofereça soluções impactantes, potencialize o medo de perder a oportunidade de um tratamento com você e intensifique o desejo de garantir o melhor pacote!

Nessa lógica, tudo importa menos o sujeito.

O seu sofrimento e a sua dor são os combustíveis para mais uma venda.

Portanto, a produção de diagnósticos e a manutenção de tratamentos precisam ser questionados!

Essa promessa de eficiência e de adaptação humana estariam ao lado da suposta cura ou ao lado da própria produção do sofrimento?
Pensar sobre como a relação entre poder/saber e o discurso neoliberal interferem nas produções de diagnósticos e na comercialização do sofrimento humano é urgente!

Colocar os consultórios dentro de uma lógica industrial é eliminar a imprevisibilidade humana, destruir a singularidade de cada tratamento e de cada vínculo de trabalho, impedir que cada ser humano seja um sujeito único ao invés de um mero produto.

Às vezes eu me sinto nadando contra a corrente ao insistir em fazer do meu consultório um lugar de encontros inéditos, vínculos transforma-dores, escutas e condutas únicas, diversidades singulares.
Mas insisto, persisto e r-existo.

Se você quer continuar esse debate tão importante, comente aqui embaixo que trarei mais pontos sobre essa reflexão.

O debate sobre a prevenção ao suicídio e saúde mental não deveriam ter data marcada para acontecer!Para abordar o tema s...
15/09/2025

O debate sobre a prevenção ao suicídio e saúde mental não deveriam ter data marcada para acontecer!

Para abordar o tema suicídio não basta abordar questões sobre sofrimento ou adoecimento individual.

Associar a depressão como única causa do suicídio, além de não ser suficiente, pode ser muito perigoso, pois retira do debate as questões políticas, econômicas, culturais e sociais que precisam ser consideradas. Além de culpabilizar o sujeito e até mesmo a família por algo que precisa ser pensado de forma mais ampla.
(Afinal, culpabilizar quem morreu é uma vantagem para quem?)

Tratar o suicídio como transtorno e adoecimento mental individual não nos ajuda a avançar em termos de políticas públicas, tampouco nos debates sociais necessários de diversas ordens em diversas instâncias que são urgentes.

Você já se interrogou sobre o que está por trás de cada morte?

Fome, insegurança alimentar, vulnerabilidade social, falta de acesso aos serviços de saúde também adoece e mata!

Falta de moradia, falta de lazer, falta de descanso, falta de dignidade para viver também adoece e mata!

Não ter acesso a educação, não ter acesso à saúde, não ter acesso a cultura, não ter acesso ao transporte, não ter acesso ao cuidado também adoece e mata!

Um debate sobre suicídio precisa ir muito além da articulação superficial com a depressão.
Um debate sobre depressão precisa ir muito além da articulação superficial com o adoecimento mental.
Estamos falando sobre um tema que só pode ser tratado se houver uma articulação constante entre fatores internos e externos que envolvem necessariamente questões políticas, econômicas, sociais e culturais!

O que adoece quem tira a própria vida? - esse é o ponto de partida.

Nem todo sofrimento é transtorno mental.Nem toda dificuldade de concentração é TDAH.Tristeza não é sinônimo de depressão...
06/09/2025

Nem todo sofrimento é transtorno mental.

Nem toda dificuldade de concentração é TDAH.

Tristeza não é sinônimo de depressão.

Viver um processo de luto não é o mesmo que estar num quadro melancólico.

Arrogância não é narcisismo.

Criança que se opõe, faz 'birra' e luta pelo que quer não tem necessariamente TOD (isso, inclusive, é o esperado para algumas fases do desenvolvimento).

Timidez e dificuldade de fazer amigos não é autismo.

Facilidade nos processos de aprendizagem não significa necessariamente ter altas habilidades.

Diagnosticar e patologizar a vida não nos leva longe. Enquadrar e tentar padronizar o sofrimento também não.
Isso, inclusive, nos adoece!

Diagnóstico é um processo que só faz sentido quando é pensado em interface entre questões internas e externas, de forma cautelosa e responsável.

Estar vivo é lidar com questões que nos atravessam e, portanto, geram sentimentos diversos e por vezes nos causam sofrimento.

O ser humano é um ser que lida a todo tempo com a imprevisibilidade e inconstância da vida. Portanto, somos feitos de nossas imprevisibilidades e inconstâncias... e isso nos torna quem somos!

Feliz dia do psicólogo para os psis que trabalham com ética, respeito e responsabilidade!Vivemos em um tempo de buscas p...
27/08/2025

Feliz dia do psicólogo para os psis que trabalham com ética, respeito e responsabilidade!

Vivemos em um tempo de buscas por respostas rápidas, por saberes prontos, por rotulações e formatações dos modos de existir, amar, sofrer e desejar.

Vivemos em um tempo em que brotam fórmulas mágicas que promovem a patologização da vida, dos sofrimentos e das diversidades.
Vivemos em um tempo em que não há tempo!

E no meio de toda essa pressa, alguns profissionais se colocam a trabalho ouvindo o sofrimento do outro e a dor de existir que há no outro. Isto é, ouvindo os restos, os escombros, as partes soterradas e fragmentadas que há em cada um de nós. Ouvindo a singularidade de cada pessoa.

Essa escuta carrega consigo uma aposta fundamental no processo de construção do discurso, do funcionamento e do tempo de cada sujeito. Com isso ela inaugura pausas, vírgulas, reticências e muitas interrogações no modo de se deparar com seu próprio sofrimento, com suas próprias questões e com seu modo de estar na vida.

Parabéns aos colegas psis que, de forma ética e implicada, estão significando e re-significando tempos, palavras, interrogações e reticências nos espaços por onde passam.

O psicanalista-arqueólogoComo os arqueólogos buscam pistas e investigam a história de cada detalhe das marcas, restos e ...
13/08/2025

O psicanalista-arqueólogo

Como os arqueólogos buscam pistas e investigam a história de cada detalhe das marcas, restos e fragmentos arqueológicos para reconstruir os aspectos mais soterrados da história de nossa civilização, os psicanalistas fazem esse mesmo trabalho minucioso e detalhista de investigação do psiquismo, de seus restos, marcas, fragmentos e partes quase soterradas que nos compõem.

Por isso, as hipóteses diagnósticas são consideradas a partir de uma investigação muito cuidadosa, única e ampla de toda a história do paciente.

É preciso contextualizar e articular os aspectos mais singulares do aparecimento e enodamento do sintoma.

É preciso se interrogar sobre o modo e o momento em que o adoecimento emergiu e porque houve essa montagem sintomatológica específica.

Isso é muito diferente de olhar apressadamente para as queixas listando e nomeando-as como um transtorno, antes de investigar os detalhes da história daquele sujeito.

É preciso ir além da superfície para investigar a montagem dos sintomas, do adoecimento e do sofrimento de alguém.

Não há atalho, nem fórmula mágica para investigar nossos fragmentos, restos e escombros.

Classificar todos de modo generalizado e rápido seria desconsiderar o que nos antecede, nos envolve, nos humaniza e nos torna único.

Haja trabalho. Haja investigação e reconstrução.

O que você precisa saber sobre os atendimentos comigo?Primeiro de tudo: eu não estou aqui para julgar as suas ações, nem...
31/07/2025

O que você precisa saber sobre os atendimentos comigo?

Primeiro de tudo: eu não estou aqui para julgar as suas ações, nem para adaptar os seus comportamentos, sentimentos ou emoções, muito menos para te enquadrar ou te reduzir à um diagnóstico!

O meu trabalho consiste em entender o seu funcionamento e o seu modo de lidar com a vida, com as relações que te cercam, consigo mesma (o), com o seu corpo e com a sua própria construção sobre o mundo.

Eu não me interesso por te fazer caber em algum formato pronto ou definir o que você tem ou não tem apressadamente.

Eu me interesso por entender como você se define, se constrói e se inventa diante da vida, do amor, do sofrimento, do espelho...
Me interesso por saber um pouco mais sobre o seu modo de cuidar (ou não) daquilo que te marcou.

O que você faz com as marcas que os outros fizeram em você?
Como você mesma (o) se marca?

Por aqui, eu vejo cada ser humano como um ser único, com um modo particular de funcionar, pois a sua história, suas marcas e dores foram construídas de um modo absolutamente único.

Eu não tenho receitas prontas para a sua vida. O que eu ofereço é a possibilidade de te ouvir, junto com você, para escutarmos e olharmos para o seu modo de existir e para os seus sofrimentos de um modo respeitoso, cuidadoso e ético.

Assim quem sabe você mesma (o) possa inaugurar novos modos de cuidar das suas marcas e dores.
E quem sabe você possa encontrar um lugar próprio para uma parte da bagunça interna que estava toda espalhada ou até mesmo deixar cair partes que já não precisa mais carregar consigo.

Cada atendimento é único. O que vamos construir juntos é sempre inédito!

Diagnóstico é PROCESSO.Diagnóstico leva tempo.E precisa ser construídocom cautela e responsabilidade. Enxergar para além...
10/07/2025

Diagnóstico é PROCESSO.
Diagnóstico leva tempo.
E precisa ser construído
com cautela e responsabilidade.

Enxergar para além do sintoma.
Enxergar o sujeito e o seu funcionamento.
Enxergar o que está por trás... o que causa o sintoma.

Se interrogar sobre o que fez o sintoma aparecer.
Onde? Como? Por quê?
Por que esse sintoma em específico?
Por que nesse momento singular?
Por que essa montagem e não outra?
Qual a função do sintoma?

Ao invés de dar check em listas genéricas e superficiais,
devemos olhar demoradamente para o que há, para o que foi construído e para os pilares dessa construção.
Mas também, questionar-se sobre o que não há e sobre o que pode ter dificultado algum processo.

Ao invés de encontrar um nome pronto, uma sigla para se definir,
o caminho está em nomear-se com sua própria voz, letra e texto
encontrando um NOME PRÓPRIO.
E um modo próprio de se olhar.

Endereço

Rua Rio De Janeiro, 353, Ed. Neo Office
Uberlândia, MG
38400658

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