23/09/2019
Olá! Tudo bem?
Hoje vou falar sobre uma doença ocular muito séria, considerada a principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma. Sabem o que é?
Nossos olhos são preenchidos por um líquido chamado humor aquoso, que é constantemente produzido e filtrado. Quando há algum desequilíbrio nesse processo, ou por excesso de produção ou por dificuldade de escoamento/filtragem, a pressão dentro do olho começa a elevar, comprimindo as estruturas internas e a principal delas afetada é o nervo óptico.
A morte das fibras do nervo óptico é irreversível e leva a perda de campo visual. Inicialmente o paciente perde a visão de lateralidade, quase imperceptível, pois ele passa a virar mais a cabeça para os lados para enxergar o que antes conseguia sem esse subterfúgio.
A lesão do nervo óptico no glaucoma também pode ocorrer por uma alteração do fluxo sanguíneo na região, como no caso de pacientes hipertensos por exemplo, que apresentem uma queda importante da pressão arterial durante o sono.
A doença não apresenta sintomas em grande parte dos casos.
Segundo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma anualmente, o que totaliza 60 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença atinge 2% dos brasileiros acima dos 40 anos, resultando em cerca de 1 milhão de pessoas.
Tipos:
1- O glaucoma agudo ou de ângulo fechado, mais raro, ocorre quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada. Isso origina um aumento muito expressivo, rápido e doloroso da pressão intraocular. São casos dramáticos que exigem condutas de emergência pelo risco de cegueira imediata. Os principais sintomas são dor ocular súbita e intensa, acompanhada de embaçamento visual.
2- O glaucoma congênito, como o próprio nome diz, é quando a criança já nasce com a doença. Felizmente é uma condição muito rara. O que leva a suspeita é que esses bebês geralmente apresentam um olho grande, ou os dois, chamado de buftalmo, que pode ser associado a vermelhidão e lacrimejamento. Para que o diagnóstico seja feito é preciso medir a pressão, muitas vezes sob sedação, em centro cirúrgico.
3- O glaucoma de ângulo aberto (crônico) é o tipo mais comum de glaucoma e tende a ser hereditário. Nesses casos a pressão ocular com o passar do tempo começa a subir lentamente, na maioria das vezes sem nenhum sintoma.
4- Por último ainda temos o glaucoma secundário, que costuma ser causado pelo uso de medicamentos, como corticosteróides, traumas (pancadas diretamente no olho) e por outras doenças oculares e sistêmicas.
O glaucoma é mais comum na população negra ou descendentes de negros, a partir dos 35 anos, e bem mais frequente após os 60. Geralmente há histórico familiar da doença.
Outros fatores de risco para o surgimento de glaucoma são: diabetes, hipertensão arterial e hipertireoidismo. Estudos apontam que pacientes que são ao mesmo tempo diabéticos e hipertensos têm até 48% de chance de desenvolver glaucoma a mais do que a população em geral.
O tratamento visa reduzir a pressão ocular. Dependendo do tipo de glaucoma, isso pode ser feito por meio de medicamentos, o que é o mais habitual, ou até mesmo cirurgia.
O melhor forma de lidar com esta doença é a prevenção, portanto, é de extrema importância realizar acompanhamento com um(a) oftalmologista pelo menos uma vez por ano.
Cuidem de seus olhos!
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