10/10/2025
Já atendi vários casais - ou apenas um dos parceiros, com a questão "dificuldade de ter filhos". Alguns já em processos de fertilização /inseminação, outros tentando ainda pela forma tradicional, mas com o mesmo propósito.
Costumo dizer que o casal precisa *ser* um lar para ter um filho e não ter um filho para construir o lar.
Vejo casais colocando no filho que ainda nem nasceu, a responsabilidade de salvar o casamento dos pais. Um peso enorme, que traz consequências para o casal e para o filho que virá.
Observamos com muita frequência problemas em processos de adoção, fertilização in vitro, inseminação etcetera, justamente por isto.
O propósito do processo não era ter o filho, era salvar a relação ou a um dos pais, ou ambos.
Um filho não pode ser o responsável pela formação do lar, o caminho tem que ser o inverso - um lar para acolher a criança. E ao usar a palavra lar, não estou querendo impor nenhum tipo de estrutura material; é o lar emocional que mais importa, ou seja, o casal pronto pra doar, em desequilíbrio, para a criança, assim como receberam dos próprios pais sem a necessidade, impossível, de equilibrarem esta troca.
Muitos processos de autossabotagem são detectados nos campos daqueles que não conseguem ter filhos, muitos emaranhamentos, muita dor. E, na maioria das vezes, o casal ou um dos parceiros, quer um filho para curar a dor, o vazio, a indiferença, a exclusão da qual se sentem vítimas.
O que você pensa sobre essa dinâmica? Venha acompanhar nosso conteúdo diário e entender mais sobre o olhar sistêmico na vida.
*🌻Patrícia NavesGarcia🌻*