16/05/2021
Sonho ou utopia? Delírio, desvario, desatino ou realidade? Certamente, celebrar os 141 de fundação da Santa Casa de Misericórdia de Manaus tem um sabor especial: o da superação.
O famigerado e nefasto vírus decretou à humanidade que se reinventasse. Ninguém escapa a uma pandemia ileso. A todos os que sobreviveram se impôs a metamorfose. A todos os que chegaram até aqui foi determinado que, como borboletas, deixassem seus casulos e reaprendessem a voar.
Durante a pandemia, a S C M M também bateu suas asas: pagou a mais de 120 famílias de ex-trabalhadores, com juros e correção monetária, tudo que lhes era devido.Nesse mês de maio, a entidade atingirá uma marca histórica: quitará os débitos resultantes de condenações sofridas na Justiça do Trabalho. No total, serão aproximadamente R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e meio de reais) destinados a famílias de ex-colaboradores que, no decorrer de um dos piores cenários econômico-financeiros ultimamente vivenciados, receberam as indenizações por que aguardavam há 16 anos.
Não bastasse isso, em abril passado, a instituição aderiu a excepcional parcelamento junto à União Federal, por meio do qual conseguiu a redução de quase 70% de seu passivo tributário e previdenciário. A dívida tributária federal consolidada correspondia, até a adesão, à vultosa quantia de R$ 3.484.765,86. Graças à transação celebrada, a dívida atual é de R$ 1.183.787,40, o que significa uma economia de R$ 2.300.978,46 aos cofres da entidade.
Tais feitos são dignos de comemoração, sobretudo nesta simbólica data. De qualquer forma, como já afirmava o general romano Pompeu: navigare necesse, vivere non est necesse, ou seja, “navegar é preciso, viver não é preciso”.
Embora o futuro a Deus pertença, os bons ventos da esperança sopram e empurram esse antigo e impávido navio no rumo de seu ressurgimento, apesar do mar revolto, das tempestades, da turbulência e de toda adversidade. A resoluta urgência do presente nos conclama a planejar o destino desta entidade de estatura colossal para a sociedade amazonense. Mais do que nunca nos permitimos sonhar: porém, de olhos bem abertos.
Voa, canarinho, voa! Voa, Santa Casa! Voa Santinha!
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