30/08/2025
O texto de hoje foi dividido em 2 postagens no jornal *Pirituba News* (edições 905 e 906, a segunda sairá na próxima semana). Mas aqui você pode ler na íntegra. =)
Você já ouviu falar em distimia?
Muito se fala em depressão, mas pouco se discute em profundidade sobre suas causas, características, aceitação social e formas de tratamento (sim, é possível tratar). É importante lembrar que existem diferentes formas clínicas de depressão e, por falta de conhecimento, muitos sintomas acabam sendo automaticamente rotulados como depressão.
Uma dessas formas é o **transtorno distímico**. Trata-se de um transtorno afetivo de personalidade: a pessoa percebe a vida de forma negativa e melancólica, com pensamentos recorrentes como “nada dá certo, nada melhora”. Mesmo em boas circunstâncias, há sempre a sensação de falta ou insatisfação. Alegrias e conquistas dificilmente são reconhecidas e, quando são, acabam desvalorizadas.
Apesar disso, a pessoa consegue manter atividades do dia a dia, relações sociais e até compromissos profissionais. Por esse motivo, muitas vezes acredita-se que é apenas um “jeito de ser”. Porém, quando esses sintomas permanecem de forma contínua, indicam um transtorno mental. Em muitos casos, a busca por ajuda só ocorre quando o quadro evolui para uma depressão crônica, que impacta diretamente a rotina e torna até tarefas simples difíceis de realizar.
O papel do psicólogo é identif**ar o transtorno e encaminhar ao psiquiatra, que poderá confirmar o diagnóstico e, se necessário, indicar medicação adequada (lembrando: **psicólog\ não medicam**). O trabalho conjunto desses profissionais ajuda a equilibrar mente e corpo, favorecendo autoconhecimento e novas formas de lidar com a vida.
Um exemplo lúdico é a personagem **Hiena Hardy**, dos desenhos da Hanna-Barbera, com seu famoso bordão: “Ó, céus. Ó, vida! Ó, azar!”. Por mais favoráveis que fossem as situações, Hardy mantinha pensamentos pessimistas.
Na vida real, isso pode se traduzir em sentimentos de inadequação, tristeza persistente, baixa autoestima, falta de energia, alterações no sono, dificuldade de concentração, desesperança, ansiedade ou isolamento. Claro que tais sentimentos podem surgir em qualquer pessoa, mas costumam passar com o tempo. Quando permanecem, é hora de procurar ajuda profissional.
👉 Esses sintomas te lembram alguém? F**a aqui o convite à reflexão.
Psicóloga Michelle Perez
CRP 06/129104