15/07/2019
Para haver transmissão dos estímulos adrenérgicos ou serotoninérgicos é necessário que esses neurotransmissores sejam liberados na sinapse neuronal (contato entre um neurônio e outro neurônio). Uma vez liberado o neurotransmissor na sinapse, ele exerce sua ação e é então recaptado pelo neurônio efetor (que está enviando o sinal através do neurotransmissor) e o excesso é desativado pelas enzimas responsáveis. Como nos estados depressivos está faltando esses neurotransmissores, os antidepressivos têm como principal mecanismo de ação a inibição de recaptação desses neurotransmissores, mantendo-os na sinapse. No entanto como não ocorre a recaptação, o estado de depleção é agravado, esgotando as reservas do neurotransmissor no neurônio efetor. Esse quadro mantido de forma crônica interrompe os mecanismos naturais, desencadeando situações perigosas.
Diversos estudos associam remédios para depressão com eventos colaterais, como: ansiedade, agitação, ataques de pânico, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade e mania, e esses estão descritos em todas as bulas atualmente.
Como já mencionado em um post anterior, o estresse é uma causa do desequilíbrio dos neurotransmissores, porém diversas outras estão relacionadas, tais como: inflamação crônica, reações alérgicas, alterações hormonais, candidíase sistêmica, níveis de açúcar sanguíneo instáveis e desidratação. Tratar todos esses fatores exige uma abordagem ampla e é necessário para ajudar o cérebro a produzir e manter a serotonina e noradrenalina em níveis adequados.
Uma molécula extremamente importante na abordagem desse processo é o 5-hidroxitriptofano (5-HTP), uma substância extraída da árvore africana Griffonia simplicia, sendo esse um composto químico precursor da serotonina. Pesquisas têm demonstrado seu valor no tratamento de forma natural e harmônica, quando indicado corretamente.
Outras substâncias que contribuem para manutenção de níveis adequados desses neurotransmissores são:
• Vitaminas do complexo B (incluindo a niacina e o ácido fólico)
• Vitamina C e cobre facilitam a produção de noradrenalina.
• Magnésio e cálcio estimulam a transmissão do impulso nervoso e do controle vasomotor.
• Zinco acalma (deficiência de zinco está relacionada à ansiedade)
• Colina aumenta absorção de magnésio.
• Quecetina estabiliza as paredes celulares, reduzindo reações alérgicas e inflamação.
• Trimetilglicina ajuda a transformar a noradrenalina em adrenalina.
• Ácido alfalipóico é um potente antioxidante.
• Vanádio e cromo aumentam a receptividade à insulina e controlam a flutuação da glicose.
Como observado, repor a serotonina não é tão simples, quanto tomar um suplemento diário. A adoção de um estilo de vida harmônico é fundamental para a manutenção da saúde, e para se obter uma longevidade desejada. O indivíduo, quando corretamente orientado por médico com formação integrativa, obterá uma abordagem individualizada (medicina centrada na pessoa) com as orientações e quantidades específicas de nutrientes necessários para o restabelecimento do equilíbrio do organismo.