16/11/2025
No dia da atenção à Dislexia, criamos um experimento social, que vai além de simular dificuldade na leitura, traz a fundo um pouco desse universo .
A dislexia não envolve só trocas de letras.
Ela também afeta como o cérebro organiza sons, sequências, ritmo, memória de trabalho e percepção auditiva e visual. Por isso, a compreensão, a fluência e até a velocidade de resposta podem ser diferentes.
Para ficar ainda mais claro, pense assim:
Ler com dislexia é como tentar decodificar uma música fora do ritmo. Você reconhece a melodia, mas algo não encaixa, e o cérebro precisa de esforço extra para organizar o que está ouvindo.
Também é como seguir uma receita enquanto alguém troca a ordem dos passos. Os ingredientes estão corretos, mas a sequência não flui e exige mais atenção para não se perder.
Ou como montar um quebra-cabeça com peças que parecem iguais, mas não se encaixam rápido.
A criança sabe o que quer compreender, mas o caminho até lá é mais demorado.
E ainda como assistir a um filme com legendas atrasadas. A imagem chega em um tempo, o texto em outro, e o cérebro precisa sincronizar tudo sozinho.
A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, que envolve habilidades de processamento fonológico, velocidade de nomeação, memória de trabalho e integração auditivo-visual.
E isso não tem relação com inteligência. Tem relação com como o cérebro organiza a informação.
Quando entendemos isso, deixamos de olhar para a dificuldade e começamos a enxergar o potencial.
Com intervenção adequada, o paciente desenvolve estratégias cerebrais alternativas que melhoram a leitura, a compreensão e a autonomia.
Hoje, o mais importante é ampliar consciência:
Dislexia não é preguiça, não é falta de atenção, não é desinteresse. É um cérebro que funciona de um jeito diferente e que também pode aprender. 💛🧠