10/08/2025
Compulsão alimentar: um comportamento irregular frente a alimentação. Será só isso?
A compulsão alimentar não se trata apenas, de um comportamento irregular frente à comida, mas um sintoma que aponta para conflitos psíquicos mais profundos. Muitas vezes, a relação com a alimentação se entrelaça com questões de autoimagem e autoestima (autoimagem, é a percepção que a pessoa tem de si mesma. Autoestima, é o julgamento que a pessoa faz da percepção que tem de si mesma), de modo que a pessoa passa a atribuir seu valor pessoal ao número que vê na balança ou ao tamanho de sua roupa. Nesse cenário, a pessoa pode transformar o corpo, em um objeto a ser controlado e moldado, quase sempre em busca de aceitação externa.
Pode então surgir o desejo de mudar o corpo, com uma pressa inadequada, que pode se traduzir em dietas muito restritivas, iniciando um ciclo que pode ser perigoso. A privação alimentar intensa é percebida pelo corpo como ameaça à sobrevivência, ativando mecanismos fisiológicos que aumentam a sensação de fome. Assim, ainda que a pessoa tente manter um rígido controle, seu organismo reage para restaurar o equilíbrio. Logo: o corpo sente fome e a mente passa a pensar de forma mais intensa em comida; consequentemente ocorre à quebra da dieta, o que costuma ser seguido por sentimento de culpa e desvalia. A pessoa se vê falhando não apenas na meta alimentar, mas também no ideal de autocontrole que construiu para si. Essa sensação de fracasso pode vir acompanhada pelo cansaço físico e emocional, por pensamentos negativos, tristeza, ansiedade e frustração.
Vale ressaltar, que essa quebra da dieta, que perder o controle sobre essa questão, ainda mais no momento, que o corpo está passando por uma dieta restritiva ou privação alimentar inadequada, demasiada, e “clama” por alimento, sente fome; não é sinal de fraqueza, é resultado da sobrecarga emocional, e das tais restrições excessivas.
Importante ressaltar também que o impulso de comer em excesso, então, não é simplesmente fome física: ele carrega um signif**ado inconsciente, funcionando como tentativa de preencher vazios emocionais, silenciar conflitos internos ou aliviar tensões que não encontram outro canal de expressão.
Desse modo, entender a compulsão alimentar exige olhar para além do prato e da balança; envolve também as dores, as faltas, os desejos da pessoa; que podem ser trabalhados em terapia, e se for necessário simultaneamente com o psiquiatra, para que a alimentação venha a ser novamente fonte de nutrição, de prazer adequado e não arena de uma luta interna constante.
Afinal, como diz a letra da música “comida”, do grupo Titãs: “Você tem fome de quê?”
Se precisar de auxílio para responder “de quê tem fome”, nós psicólogos, estamos aqui para ajudar você na busca da resposta, não hesite em procurar um de nós, principalmente se essa ou qualquer outra questão estiver trazendo prejuízo a sua vida.
Abraço.
Psicóloga Rosemery.
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