09/11/2025
A higienização adequada de frutas e hortaliças é uma das etapas mais importantes para garantir a segurança alimentar. Esses alimentos podem ser contaminados durante o cultivo, transporte ou manipulação, abrigando microrganismos como Escherichia coli e Staphylococcus aureus, responsáveis por boa parte das doenças transmitidas por alimentos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o uso de produtos clorados, como hipoclorito de sódio ou hipoclorito de cálcio, para o tratamento da água destinada ao consumo e para a desinfecção de vegetais. Entretanto, estudos têm apontado que o uso prolongado ou em concentrações elevadas de compostos clorados pode levar à formação de subprodutos potencialmente tóxicos, com efeitos de desreguladores endócrinos. Por isso, cresce o interesse por alternativas seguras e não cloradas para higienização de alimentos.
Em um estudo experimental com folhas de alface artificialmente contaminadas com E. coli e S. aureus, foram comparados diferentes métodos de higienização. Os resultados mostraram que:
Água ozonizada foi o método mais eficaz, reduzindo 99,2% da contagem microbiana;
A combinação vinagre de álcool + peróxido de hidrogênio (água oxigenada) apresentou alta eficácia (94,8% de redução);
O sal refinado também demonstrou bom desempenho (93,6% de redução);
O suco de limão apresentou a menor eficiência (56,4% de redução).
Esses achados indicam que a água ozonizada e o uso combinado de vinagre e água oxigenada podem representar alternativas eficazes e seguras aos compostos clorados, com resultados comparáveis na redução microbiana.
O peróxido de hidrogênio (água oxigenada) atua como potente agente oxidante, destruindo membranas celulares de bactérias e fungos. Quando usado em baixas concentrações (cerca de 3%) e combinado a soluções ácidas, como o vinagre de álcool, potencializa a desinfecção sem deixar resíduos tóxicos.