Alma Junguiana- Doriane Demuth

Alma Junguiana- Doriane Demuth Uma Psicóloga apaixonada pela abordagem junguiana, residente e registrada na Alemanha desde 2011.

Aqui divulgo tudo relacionado à Psicologia Analitíca de Carl Gustav Jung.

Citação no livro de MLvon Franz: "CGJung, seu mito em noss época"Esta fala de Jung me chamou a atenção, pois já observei...
05/12/2025

Citação no livro de MLvon Franz: "CGJung, seu mito em noss época"

Esta fala de Jung me chamou a atenção, pois já observei muitas vezes esse movimento em alguns pacientes quando chegamos muito perto de suas dores. Mesmo respeitando o tempo do paciente para abordar certos temas e vivências, às vezes, quando esse momento chega, alguns pacientes têm essa reação: tornam-se hostis ou oscilam entre tristeza, culpa e hostilidade.

Quando nos deparamos com tal situação, é importante entender que não se trata necessariamente de algo pessoal com o analista, mas de uma reação que pode indicar uma dor, um complexo, uma resistência ou uma tentativa de escapar do desconforto.

A análise não tem a intenção de ser um jardim florido, tampouco um alisamento do ego do paciente ou do analista, em que ambos desejam ser validados e amados no espaço analítico. É algo que o analista precisa sempre levar em conta.

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

CGJung, Civilização em Transição §859Segundo Jung sobre o bem e o mal:  "Falam comigo sobre o bem e o mal pressupondo qu...
16/10/2025

CGJung, Civilização em Transição §859

Segundo Jung sobre o bem e o mal: "Falam comigo sobre o bem e o mal pressupondo que eu saiba o que isto seja. Mas, eu não sei. Quando falamos de bom e mau então falamos daquilo que uma pessoa chama de bom ou mau, que ela experimenta como bom ou mau.

Fala com grande segurança sobre o assunto, sem saber se isto realmente é assim ou se aquilo que chama de bom ou mau realmente corresponde aos fatos. Talvez a imagem que o falante tenha do mundo não corresponda aos fatos reais e o objetivo seja substituído por uma imagem subjetiva e interna.

Se quisermos entender uma questão tão complexa quanto o bem e o mal, é preciso partir do seguinte: Bem e mal são em si princípios; e princípios existem bem antes de nós e perdurarão depois de nós.

Falando de bem e mal, estamos falando concretamente de algo cuja qualidade mais profunda não conhecemos realmente. Depende do critério subjetivo algo ser vivenciado como mau ou culposo, bem como a magnitude e gravidade da culpa."

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

Jung, C.G., 1875-1961. Seminários sobre análise de sonhos : notas do semináriodado em 1928-1930. Palestra II"A maior par...
01/10/2025

Jung, C.G., 1875-1961. Seminários sobre análise de sonhos : notas do seminário
dado em 1928-1930. Palestra II

"A maior parte das pessoas, após uma certa quantidade de análise
dos sonhos, sabe quando a interpretação faz um “clique”; quando há o
sentimento de que ela atinge totalmente o alvo, quando se está na via correta.

Explicam-se os sonhos segundo uma determinada teoria, e se a interpretação
está absolutamente errada, o efeito sobre o paciente irá mostrar isto, o
inconsciente reagirá no sonho seguinte, e assim a interpretação pode ser
corrigida.

Se se dá a um paciente arsênio em vez de cloreto de sódio, o
organismo reagirá e expelirá o veneno, e acontece o mesmo na psicologia,
não se pode inocular numa pessoa veneno psíquico mais do que o veneno
físico e esperar que seja assimilado."

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

Hoje, no dia do psicólogo, não consigo deixar de olhar para trás e sentir uma enorme gratidão pelo caminho que venho tri...
27/08/2025

Hoje, no dia do psicólogo, não consigo deixar de olhar para trás e sentir uma enorme gratidão pelo caminho que venho trilhando há mais de 20 anos. Cada paciente que passou pela minha vida profissional deixou marcas profundas, aprendizados e uma troca que sempre me lembrou o quanto esta profissão é, acima de tudo, humana. Também guardo com carinho meu lugar muitas vezes como "psicóloga dos psicólogos", acolhendo colegas nas supervisões e compartilhando com eles as alegrias e os desafios do nosso ofício.

Ser psicóloga deu sentido à minha vida. Tenho com essa profissão um vínculo de respeito e amor, porque sei que ela me transformou tanto quanto eu pude ajudar a transformar outras vidas. E carrego comigo o olhar de Carl Jung, que é fundamental na forma como enxergo e vivo a psicologia.

Hoje celebro, junto com tantos colegas, a beleza desse trabalho que nos conecta ao que há de mais essencial no ser humano: a possibilidade de se reconhecer, se transformar e viver com mais sentido.

Feliz Dia do Psicólogo!

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Em formação pela Academia Internacional de Psicologia Analítica de Portugal
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

C.G.Jung,Psicologia e Religião", §12Uma neurose constitui uma derrota humilhante e desse modo é sentido por todos aquele...
24/08/2025

C.G.Jung,Psicologia e Religião", §12

Uma neurose constitui uma derrota humilhante e desse modo é sentido por todos aqueles que não são de todo inconscientes de sua própria psicologia. O indivíduo sente-se derrotado por algo de "irreal".

Seus sintomas são puramente imaginários. Mas, quanto mais acredita ser um "malade imaginaire", tanto mais um sentimento de inferioridade se apodera de sua personalidade. "Se meus sintomas são imaginários" - dirá - "de onde me vem esta maldita imaginação e por que me ocupo com semelhante loucura?"

Jung está apontando aqui para o caráter paradoxal da neurose: embora os sintomas possam não ter uma causa física objetiva, sua força e impacto subjetivo são reais e avassaladores.

A pessoa se sente humilhada porque percebe que está sendo dominada por algo “irreal”, fruto de sua própria psique, o que intensif**a o sentimento de inferioridade. Esse julgamento interno (“se é imaginário, então sou fraco ou louco por sofrer com isso”) aprofunda ainda mais o sofrimento.

Em outras palavras, Jung mostra como a neurose não é mera invenção ou fantasia sem consequências, mas expressão de conflitos psíquicos profundos que precisam ser compreendidos, não desprezados. A “irrealidade” dos sintomas não os torna menos reais no efeito que produzem sobre a vida do indivíduo.

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

“Encontramos, na psicoterapia, muitas pessoas cujo o desenvolvimento foi aprisionado justamente em que o crime necessari...
11/08/2025

“Encontramos, na psicoterapia, muitas pessoas cujo o desenvolvimento foi aprisionado justamente em que o crime necessario precisa ser cometido. Alguns dizem: ‘ Não posso desapontar meus pais ou minha familia.’ “

Edward F.Edinger “ Ego e o Arquétipo”, p.43

Esse trecho do Edinger me faz pensar no quanto, na vida real, seguir o próprio caminho pode parecer, e muitas vezes ser sentido, como uma traição. Ele chama isso de “crime contra o coletivo”, e acho essa expressão muito potente, porque não está falando de algo moralmente "errado", mas de um rompimento necessário.

Na psicoterapia, vejo (e também já vivi) como esse momento pode ser paralisante. Quando a pessoa percebe que, para crescer, vai precisar contrariar expectativas profundas da família, da religião, do grupo político ou cultural ao qual pertence… a culpa pode ser imensa. É aquela sensação de: “Se eu fizer isso, vou decepcionar quem amo”.

Mas o que Edinger chama de “crime necessário” é, no fundo, um ato de lealdade consigo mesmo. E, por mais difícil que seja, é justamente aí que a individuação começa a ganhar força, quando conseguimos lidar com essa culpa sem deixar que ela nos impeça de viver a vida que realmente nos pertence.

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

Essa fala de Jung em Memórias, Sonhos, Reflexões me atravessa de uma forma confrontativa:Eu vivo isso na pele. Não como ...
04/08/2025

Essa fala de Jung em Memórias, Sonhos, Reflexões me atravessa de uma forma confrontativa:

Eu vivo isso na pele. Não como analista, mas como pessoa, como mulher. Sinto, no fundo do meu ser, que existe uma pergunta que me habita. Uma inquietação que não tem nome exato, mas que pulsa em mim, me movimenta, me desafia e, às vezes, me confunde.

E sei que não estou sozinha. Tem muitas pessoas, assim como eu, que sentem no coração essa fala do Jung, como se ela descrevesse exatamente o que vivemos internamente. Só que nós muitas vezes f**amos nessa dúvida: que pergunta é essa? O que é que eu preciso compreender nela? Será algo a “solucionar”? Ou o caminho é justamente aprender a lidar com essa pergunta sem resposta… a aceitá-la como parte de quem somos?

F**a a reflexão. Talvez, só o fato de se fazer essa pergunta já seja, de algum modo, uma resposta?

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

Fragmento do " O livro vermelho".Em 2025 a gente comemora os 150 anos do nascimento de Carl Gustav Jung. Jung foi um des...
26/07/2025

Fragmento do " O livro vermelho".

Em 2025 a gente comemora os 150 anos do nascimento de Carl Gustav Jung.

Jung foi um desses pensadores que não teve medo de mergulhar fundo na psique humana. O que mais me toca é que ele não buscava respostas absolutas, mas sim questionamentos que profundamente nos transformam. Ele entendia o ser humano em sua totalidade com luzes e sombras e apostava que o autoconhecimento era o caminho para uma vida mais verdadeira.

Hoje, a obra dele continua viva em cada processo terapêutico, em cada pessoa que decide olhar pra dentro com coragem. Que honra fazer parte desse legado, de forma profissional e na minha própria vida.

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
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"Estudos Alquímicos", §482Na prática, o que realmente transforma é viver. É sentir na pele, atravessar as dores, os enco...
07/07/2025

"Estudos Alquímicos", §482

Na prática, o que realmente transforma é viver. É sentir na pele, atravessar as dores, os encontros, as perdas, os conflitos internos. É quando a experiência nos toca de verdade que algo se move no fundo da alma. E isso vale também no processo terapêutico, não basta entender intelectualmente, é preciso viver o que se sente, dar corpo àquilo que antes era só palavra.

Como alguém que trabalha com a escuta e também mergulha no próprio processo, eu percebo o quanto a gente pode, muitas vezes, se esconder atrás de conceitos, de explicações bonitas, até mesmo de uma sensibilidade refinada… mas Jung nos chama de volta pro essencial: nada disso substitui a vivência real.

Constantemente lembro me disso. É a experiência vivida que realmente gera mudança. O resto, por mais bonito que soe, permanece na superfície. Transformação tem ligação com a profundidade.

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

C.G.Jung " A Natureza da Psique"; §198Complementando, a afirmação que "não somos senhores da nossa própria casa" no §200...
23/06/2025

C.G.Jung " A Natureza da Psique"; §198

Complementando, a afirmação que "não somos senhores da nossa própria casa" no §200:

" A existência dos complexos põe seriamente em dúvida o postulado ingênuo da unidade da consciência que é identif**ada com a “psique”, e o da supremacia da
vontade. Toda constelação de complexos implica um estado perturbado de consciência. Rompe-se a unidade da consciência e se dificultam mais ou menos as intenções da vontade, quando não se tornam de todo impossíveis.

A própria memória, como vimos, é muitas vezes profundamente afetada. Daí se deduz que o complexo é um fator psíquico que, em termos de energia, possui um valor que supera, às vezes, o de nossas intenções conscientes; do contrário, tais rupturas da ordem consciente não seriam de todo possíveis.

De fato, um complexo ativo nos coloca por algum tempo num estado de não liberdade, de pensamentos obsessivos e ações compulsivas para os quais, sob certas circunstâncias, o conceito jurídico de imputabilidade limitada seria o único válido."

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Em formação pela Academia Internacional de Psicologia Analítica de Portugal
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Idividuação é um Processo Simples?"O conceito junguiano de individuação tem sido muitas vezes deturpado.Entretanto é cla...
16/06/2025

Idividuação é um Processo Simples?

"O conceito junguiano de individuação tem sido muitas vezes deturpado.
Entretanto é claro e simples na sua essência: tendência instintiva a realizar plenamente potencialidades inatas. Mas, de fato, a psique humana é tão complexa, são de tal modo intrincados os componentes em jogo, tão variáveis as intervenções do ego consciente, tantas as vicissitudes que podem ocorrer, que o processo de totalização da personalidade não poderia jamais ser um caminho reto e curto de chão bem batido. Ao contrário, será um percurso longo e difícil."

Nise da Silveira, Jung: vida e obra. Cap.06 "Processo de Individuação"

Doriane Trevas Demuth
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C.G.Jung "Os arquétipos e o inconsciente coletivo, §31Vivemos numa era de tantos avanços, tanta tecnologia, tanta inform...
03/06/2025

C.G.Jung "Os arquétipos e o inconsciente coletivo, §31

Vivemos numa era de tantos avanços, tanta tecnologia, tanta informação e ao mesmo tempo, parece que estamos cada vez mais desconectados de nós mesmos, da nossa essência, do que realmente importa. A mente corre, mas o coração muitas vezes f**a pra trás.

O ser humano fez tanta coisa incrível com a cabeça... inventou, descobriu, criou mundos. Mas nesse corre, foi como se a alma tivesse f**ado pra trás, meio esquecida num canto. É irônico pensar que quanto mais brilhamos por fora, mais parece que escurecemos por dentro. Talvez seja hora de voltar para casa, aquela morada que é só nossa, silenciosa e profunda.

Doriane Trevas Demuth
Professora, Supervisora e Psicoterapeuta Junguiana
Criadora do Canal e Podcast Alma Junguiana
Em formação pela Academia Internacional de Psicologia Analítica de Portugal
Graduação reconhecida Associação dos Psicólogos na Alemanha

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