14/10/2025
A termografia infravermelha dinâmica tem se consolidado como ferramenta robusta na avaliação de disfunções neurovasculares, permitindo a quantificação precisa de assimetrias térmicas e respostas autonômicas frente a estímulos controlados. No artigo em questão, observou-se que pacientes com neuropatia periférica apresentam padrões térmicos caracterizados por hipo ou hipertermia segmentar, refletindo alterações na microcirculação cutânea mediadas por disfunção simpática e processos neuroinflamatórios. A análise temporal das curvas térmicas pós-estímulo revelou atraso na recuperação homeotérmica, sugerindo comprometimento das vias de vasodilatação dependentes de óxido nítrico e disfunção das fibras C autonômicas.
Esses achados reforçam a importância da termografia dinâmica não apenas como método de detecção, mas como biomarcador funcional da integridade neurovascular, superando limitações dos exames convencionais ao fornecer dados objetivos sobre a cronotermologia tecidual. Clinicamente, a incorporação desse método redefine o diagnóstico diferencial entre dor neuropática e nociceptiva, além de orientar intervenções terapêuticas mais precisas.