Clínico onde não há Médico

Clínico onde não há Médico Formado em Medicina Geral
Formado em Psicologia clínica
Actualmente Estudo Mestrado em Saúde Pública

Porquê tanta maldade sabendo que um dia todos deixaremos este mundo e nada levaremos??
18/12/2025

Porquê tanta maldade sabendo que um dia todos deixaremos este mundo e nada levaremos??

Assiste, segue e descobre mais conteúdo popular.

16/12/2025

Aquele meu mano aíiiii do video anterior, está bem melhor veio me visitar e consentiu a filmaagem e partilha da emoção.

14/12/2025

Um Rescaldo do caso em breve partilho a visita especial que teve 2 semanas após essa intervenção

12/12/2025

QUANTO TEMPO APÓS UM PARTO A CESARIA UMA MULHER PODE ENGRAVIDAR?? E QUANDO PODE INICIAR ACTIVIDADES SEXUAL??

Muito obrigado a todos que acreditam Na página e em Mim 🙏🙏 isso não tem preço
08/12/2025

Muito obrigado a todos que acreditam Na página e em Mim 🙏🙏 isso não tem preço

Que emoção meu Deus.🙏😭😭😭
08/12/2025

Que emoção meu Deus.🙏😭😭😭

Minha satisfação
06/12/2025

Minha satisfação

O verdadeiro Salário de um Médico é este feedback positivo
06/12/2025

O verdadeiro Salário de um Médico é este feedback positivo

28/11/2025

HISTÓRIA CLÍNICA – PACIENTE COM DERRAME PLEURAL
1. Identificação

Nome: A.M.,

Idade: 45 anos

S**o: Masculino

Profissão: Motorista

Naturalidade/Residência: Maputo

Data da consulta: 28/11/2025
2. Queixa Principal (QP)

“Falta de ar e dor no peito há 2 semanas”.
3. História da Doença Atual (HDA)

Paciente previamente saudável, há duas semanas iniciou dispneia progressiva, inicialmente aos grandes esforços, evoluindo para dispneia aos pequenos esforços.

Refere dor torácica em hemitórax direito, tipo pontada, piora com respiração profunda (característica pleurítica). Refere tosse seca, sem hemoptise.

Relata febre baixa diária (37,8–38,2°C), mal-estar e suores noturnos. Sem perda de peso significativa.

Nos últimos 5 dias, a dispneia intensificou-se, com redução da tolerância ao esforço. Nega edema de membros inferiores ou ortopneia.

4. Antecedentes Pessoais

Sem hipertensão, diabetes ou doenças cardíacas conhecidas.
Contato prévio com paciente com tuberculose há 3 meses.
Nega etilismo pesado, tabagismo leve (5 cigarros/dia).
Sem cirurgias prévias.
Medicamentos: não usa regularmente.

5. História Familiar
Mãe com tuberculose tratada há 5 anos.
Sem história familiar de doenças cardíacas ou reumatológicas.

6. Hábitos e Condições Sociais
Mora em casa com ventilação ruim.
Alimentação irregular.
Bebidas alcoólicas socialmente.

7. Revisão de Sistemas
Respiratório: dispneia, tosse seca, dor pleurítica.
Constitucional: febre baixa, suores noturnos.
Cardíaco: sem palpitações, sem edema.
Gastrointestinal: sem vômitos ou dor abdominal.
Neurológico: sem alterações.

8. Exame Físico
Estado geral
Consciente, orientado, taquidispneico.
Padrão respiratório rápido e superficial.
Sinais vitais
PA: 110/70 mmHg
FC: 108 bpm
FR: 30 irpm
Temp: 38°C
SatO₂: 90% em ar ambiente

Inspeção torácica
Assimetria de movimentos: hemitórax direito com expansão diminuída.

Palpação
Frêmito tóraco-vocal diminuído em base direita.

Percussão
Macicez em base direita, até o nível do 4º espaço intercostal.

Auscultação
Murmúrio vesicular abolido na base direita.

Fim da zona de silêncio com sopro tubário ou sopro pleurítico (dependendo da causa).

9. Exames Complementares
Radiografia de tórax

Opacificação homogénea em base direita com linha meniscal, sugerindo derrame pleural moderado.

Ultrassom torácico
Confirmado líquido pleural livre, estimado 800–1000 mL.

Toracocentese diagnóstica

Aspecto do líquido: turvo, amarelo-citrino

pH: 7,2

Proteínas: 4,5 g/dL → exsudato
LDH: alto
Citologia: linfocitose
GeneXpert MTB/RIF: MTB detected (se fosse um caso de TB pleural)

Bactérias comuns: negativo

10. Impressão Diagnóstica

Derrame pleural direito de provável origem tuberculosa (exsudato linfocitário + sintomas sistémicos + contacto prévio + GeneXpert positivo).

Diagnósticos diferenciais:

1. Tuberculose pleural

2. Pneumonia parapneumónica

3. Neoplasia pulmonar

4. Derrame por insuficiência cardíaca (menos provável neste caso)

5. Derrame por embolia pulmonar

11. Conduta

Iniciar tratamento para TB (se confirmação laboratorial).

Se desconforto respiratório importante: toracocentese terapêutica.

Antitérmicos, hidratação.

Solicitar:

HIV test

Hemograma, função hepática e renal

Cultura de líquido pleural

Acompanhamento semanal no início.

06/11/2025

COMO PROCEDER PERANTE UMA PACIENTE COM ECLÂMPSIA??

Perante um paciente com eclâmpsia, o atendimento deve ser imediato e organizado, pois trata-se de uma emergência obstétrica grave.
A eclâmpsia é caracterizada por convulsões generalizadas em uma mulher com pré-eclâmpsia (hipertensão + proteinúria e/ou sinais de lesão orgânica).

⚠️ Passos para o atendimento de uma eclâmpsia

1️⃣ Garantir a segurança da mãe e do feto

Deite a paciente em decúbito lateral esquerdo (para melhorar o retorno venoso e evitar aspiração).

Afrouxe roupas apertadas e mantenha vias aéreas pérvias.

Não tente colocar nada na boca durante a convulsão.

Aspire secreções se necessário e administre oxigénio por máscara (8–10 L/min).

2️⃣ Controlar as convulsões

Sulfato de magnésio (MgSO₄) é o fármaco de escolha.

Dose de ataque:

4 g IV lento (em 5–10 min) + 10 g IM (5 g em cada nádega).

Dose de manutenção:

5 g IM a cada 4 horas em nádegas alternadas OU infusão contínua 1 g/h IV.

Monitorar: reflexos patelares, frequência respiratória (>12/min) e diurese (>25 mL/h).

Antídoto (em caso de intoxicação): Gluconato de cálcio 10% (10 mL IV lento).

3️⃣ Controlar a pressão arterial

Objetivo: manter PA sistólica < 160 mmHg e diastólica < 110 mmHg.

Opções seguras:

Hidralazina: 5–10 mg IV a cada 20–30 min (até controle).

Labetalol: 20 mg IV (pode repetir com doses crescentes até 80 mg).

Nifedipina oral: 10 mg VO, pode repetir após 30 min.

4️⃣ Monitorizar a paciente

Controle de sinais vitais, diurese e consciência.

Avaliar função renal, hepática e plaquetas (síndrome HELLP).

Avaliar o bem-estar fetal (se ainda grávida).

5️⃣ Decidir sobre o parto

O único tratamento definitivo da eclâmpsia é o parto.

Após estabilizar a mãe:

Se o colo estiver favorável → induzir o parto vaginal.

Se houver sofrimento fetal, sangramento ou demora esperada → cesariana.

6️⃣ Cuidados pós-parto

Continuar o sulfato de magnésio por 24 h após o parto ou a última convulsão.

Vigiar PA e sinais de complicações (edema pulmonar, insuficiência renal, hemorragia).

Resumo rápido (mnemônico)

> A, B, C, D, E:
A – Airway (via aérea e oxigénio)
B – Breathing (respiração)
C – Circulation (controle da PA)
D – Drugs (MgSO₄ e anti-hipertensivos)
E – Evacuation (parto)

06/11/2025

História Clínica – Síndrome Convulsiva

Identificação:
Nome: J.M.S.
Idade: 25 anos
S**o: Masculino
Profissão: Estudante

Queixa principal:

“Apresentou crise com perda de consciência e movimentos involuntários.”

História da doença atual (HDA):

Paciente previamente saudável, iniciou há cerca de 6 meses episódios de perda súbita de consciência, acompanhados de movimentos tônico-clônicos generalizados, duração aproximada de 2 a 3 minutos, seguidos de período de confusão mental e sonolência.
Relata 3 crises semelhantes no último mês, sem fatores desencadeantes evidentes. Nega uso de dr**as ou álcool em excesso. Não refere trauma craniano recente, febre ou infecção.

Antecedentes pessoais:

Nascimento e desenvolvimento normais.

Nega traumatismo cranioencefálico, meningite ou encefalite.

Nega doenças crônicas (diabetes, hipertensão).

Nega uso de medicamentos contínuos.

Nega alergias conhecidas.

Antecedentes familiares:

Mãe refere que um tio paterno apresentava “crises semelhantes”, sem diagnóstico definido.

Hábitos de vida:

Alimentação regular, sono irregular (dorme cerca de 5 horas por noite). Nega uso de dr**as ilícitas.

Exame físico geral:

Estado geral: lúcido, orientado, cooperante no momento.

Sinais vitais:

PA: 120/80 mmHg

FC: 78 bpm

FR: 18 irpm

Temp: 36,7°C

Pele e mucosas sem alterações.

Exame neurológico:

Consciência: normal no momento.

Pupilas isocóricas e fotorreagentes.

Força muscular preservada.

Sensibilidade e reflexos dentro do normal.

Sem déficits focais evidentes.

Hipótese diagnóstica:

Síndrome convulsiva possivelmente de origem epiléptica (Epilepsia idiopática).

Diagnósticos diferenciais:

Hipoglicemia

Crise febril (em crianças)

Tumor cerebral

AVC

Distúrbios metabólicos (uremia, hipocalcemia, etc.)

Abstinência alcoólica

Exames complementares solicitados:

Hemograma completo

Glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos (Na, K, Ca)

EEG (eletroencefalograma)

TC ou RM de crânio

Conduta:

Encaminhado para avaliação neurológica.

Iniciado anticonvulsivante (ex.: fenitoína ou valproato de sódio) conforme orientação médica.

Orientado sobre sono regular, evitar álcool, dirigir ou nadar sozinho.

Acompanhamento ambulatorial mensal.

06/11/2025

História Clínica – Diabetes Mellitus Tipo 2

Identificação:
M.M., 55 anos, masculino, natural e residente em Maputo, comerciante.

Queixa principal (QP):
“Aumento da sede e urina em excesso há 4 meses.”

História da doença atual (HDA):
Paciente refere que há cerca de 4 meses começou a apresentar poliúria, polidipsia e polifagia, acompanhadas de perda de peso não intencional (aproximadamente 6 kg no período). Relata ainda sensação de fadiga e visão turva ocasional.
Nega episódios prévios semelhantes. Não refere febre, dor abdominal ou infecções recentes.
Não faz uso regular de medicamentos e nunca fez controle da glicemia anteriormente. Procurou atendimento após notar que urinava com muita frequência, inclusive à noite.

Antecedentes pessoais:

Doenças prévias: nega hipertensão e dislipidemia conhecidas.

Cirurgias: apendicectomia há 15 anos.

Alergias: não conhecidas.

Medicações em uso: nenhuma regular.

Hábitos de vida: dieta rica em carboidratos simples; sedentarismo; nega tabagismo e etilismo.

Antecedentes familiares:
Mãe e dois irmãos com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2.

Revisão de sistemas:

Geral: perda de peso, fadiga.

Cardiovascular: sem dor torácica ou palpitações.

Respiratório: sem dispneia.

Gastrointestinal: apetite aumentado, sem dor abdominal.

Urinário: poliúria e noctúria.

Neurológico: formigamento leve nos pés.

Exame físico:

Estado geral: bom, hidratado, consciente e orientado.

Sinais vitais: PA 135/85 mmHg, FC 80 bpm, FR 18 irpm, Temp. 36,7°C.

IMC: 29 kg/m² (sobrepeso).

Pele: íntegra, sem lesões.

Pés: pulsos palpáveis, sensibilidade diminuída em artelhos.

Cardiopulmonar: sem alterações.

Abdome: sem visceromegalias.

Exames complementares:

Glicemia de jejum: 178 mg/dL

Hemoglobina glicada (HbA1c): 8,2%

Glicose pós-prandial: 240 mg/dL

Urina tipo I: glicosúria (+), cetonas (-)

Função renal: ureia e creatinina normais

Colesterol total: 225 mg/dL; LDL 145 mg/dL; HDL 38 mg/dL; triglicerídeos 200 mg/dL

Diagnóstico:
Diabetes Mellitus tipo 2 recém-diagnosticado.
(Sobrecarga de glicose confirmada por glicemia de jejum >126 mg/dL e HbA1c >6,5%)

Conduta:

1. Orientação sobre mudança de estilo de vida:

Dieta equilibrada com redução de carboidratos simples e gorduras saturadas.

Atividade física regular (mínimo 150 min/semana).

2. Início de metformina 500 mg 2x/dia, após as refeições.

3. Monitorização da glicemia capilar e controle de peso.

4. Avaliação oftalmológica e de sensibilidade nos pés.

5. Retorno em 1 mês para reavaliação e ajuste terapêutico.

Evolução esperada:
Melhora gradual dos sintomas com controle glicêmico e perda de peso moderada.

Endereço

Cidade De Maputo
Maputo
786

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando Clínico onde não há Médico publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram