13/04/2021
Há mais de um ano que tratamos pacientes sem máscara e de boca aberta, tal como todos os nossos colegas, tomando todos os cuidados e mais alguns, para evitar a nossa contaminação por Covid ou a contaminação de algum dos outros nossos pacientes – e, felizmente, até agora nunca nenhum paciente referiu que tivesse apanhado Covid na nossa Clínica.
Claro que acho que deveriam ter sido vacinados primeiro todos os outros cidadãos dos grupos de risco. Mas não sou eu que decido, e não posso ceder a minha vacina a outra pessoa, mesmo que quisesse. Pelo menos, quando já estiver imunizado não serei mais um veículo de transmissão do vírus.
E sim! Foi a vacina da AstraZeneca que me deram, e eu só posso estar muito agradecido por ter recebido uma vacina, qualquer que ela que fosse. Eu nunca me iria questionar sobre a vacina que me iriam dar: todas elas são excelentes e todos os seus benefícios ultrapassam, infinitamente, eventuais e mínimos efeitos secundários, que nem sequer estão provados que existam.
Acreditem nos Médicos (que mereçam começar por um “M” maiúsculo) e na estatística (sim! a estatística é fundamental para as decisões que tomamos na vida).
Não façam como alguns dos nossos pacientes que, quando chegou o momento de serem vacinados e souberam que iriam tomar uma vacina da AstraZeneca, recusaram tomá-la, ficando assim à mercê dum vírus mortal, sabe-se lá até quando.
NÃO FAÇAM ISSO! Aceitem qualquer vacina que vos derem! Pela vossa saúde e pela saúde dos que vos rodeiam!
Quando chegar a vossa vez de serem vacinados, aceitem e agradeçam! Agradeçam por estarem vivos e por a Ciência estar suficientemente evoluída para ter conseguido produzir vacinas em tempo record e antes da vossa vida ter sido ceifada por esta peste terrível!
[Já agora: a logística do processo de vacinação esteve excelente. Tudo a funcionar muito bem, com muita organização e método. Realmente não há nada como colocar um militar competente à frente deste tipo de operações para que as coisas funcionem como deve ser. Pena que poucas vezes sejam chamados a fazê-lo.]