Joana Rolo - Psicóloga Clínica

Joana Rolo - Psicóloga Clínica O meu nome é Joana Rolo, sou Psicóloga Clínica, membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses (c

Ir, ou precisar de ir, a consultas de psicologia não deve ser usado como insulto, crítica ou comentário depreciativo. Há...
21/02/2024

Ir, ou precisar de ir, a consultas de psicologia não deve ser usado como insulto, crítica ou comentário depreciativo. Há mil e um motivos válidos para qualquer um de nós ter acompanhamento psicoterapêutico, e nenhum retira valor àquilo que somos. Antes pelo contrário, muitas vezes acrescenta: significa que estamos dispostos a entrar em contacto com partes de nós que nem sempre nos estão tão acessíveis.

Aconselhar alguém a procurar ajuda psicológica deve ser encarado com a mesma seriedade e respeito com que se encara uma sugestão de, por exemplo, um médico oftalmologista, e não como uma insinuação descredibilizante acerca do outro.

Continuação de uma ótima semana 🍀 cuidem-se muito!

“Varrer para debaixo do tapete”, ou fazer por não sentir, é uma das estratégias desadaptativas mais comuns de identifica...
19/01/2024

“Varrer para debaixo do tapete”, ou fazer por não sentir, é uma das estratégias desadaptativas mais comuns de identificar em terapia. Talvez todos nos possamos, até certo ponto, rever neste comportamento que consiste em tentar contornar determinados pensamentos, emoções ou memórias com o objetivo de evitar o desconforto. Este mecanismo traz um certo alívio imediato, pois permite-nos que, em dado momento, não nos confrontemos com o que quer que seja que nos dói.

Se é tão comum, mais do que identificarmos o mecanismo, talvez seja importante perceber porque nos tendemos a defender desta forma. Nesta publicação levanto algumas possibilidades. Certamente haverá mais.

Compreender o porquê não mudará, por si só, o comportamento ou a tendência para o evitamento… mas ajudará a que façamos ligações importantes à compreensão integrada daquilo que somos e fazemos. Com sorte, podemos entender que as estratégias desadaptativas que aprendemos no passado já não nos são úteis nem benéficas no presente e talvez isso nos possa levar a tentar outros movimentos.

No fundo, como com a terapia, o que é importante é que possamos refletir sobre estes comportamentos, estabelecer ligações e transformar isso numa força motriz que nos leve a sítios melhores e mais adaptativos.

Seja qual for o motivo que nos leve a varrer certas emoções para debaixo do tapete, a estratégia será contraproducente, pois quanto mais evitamos as nossas emoções, mais elas surgem de forma intensa, imprevisível e incontrolável. Daí que seja tão importante permitirmo-nos a sentir. 🍀

Tipos de emoçõesUma das frases que mais digo em terapia é «as emoções transportam mensagens importantes». De facto, de a...
26/12/2023

Tipos de emoções

Uma das frases que mais digo em terapia é «as emoções transportam mensagens importantes». De facto, de acordo com a Terapia Focada nas Emoções, as emoções transmitem-nos a informação necessária para que possamos agir em conformidade com a situação que vivemos. As emoções são, por isso, um recurso essencial na nossa relação com o mundo - e connosco.

“Quando as pessoas sabem o que estão a sentir, entram em contacto com as suas necessidades e sentem motivação para as satisfazer” (Greenberg, L., 2014). Por isso é tão importante compreendermos o que se passa com as nossas reações emocionais e de que forma elas estão a ser adaptativas e funcionais ou, pelo contrário, desapropriadas e prejudiciais.

É importante aceitarmos as nossas emoções primárias, mais do que tentar evitá-las ou mascará-las. Como diz Greenberg: “Quando aquilo que estava recusado é sentido, então, muda”. 🍀

É com extrema satisfação que vejo cada vez mais a psicoterapia ganhar relevância no espaço mediático e sobretudo na vida...
13/11/2023

É com extrema satisfação que vejo cada vez mais a psicoterapia ganhar relevância no espaço mediático e sobretudo na vida das pessoas. Hoje em dia, a vergonha que antes estrangulava muitas vezes a possibilidade de se recorrer ou de assumir que se recorria à psicoterapia está cada vez mais mitigada. Esta publicação não pretende promover, de todo, o afastamento das pessoas a este recurso maravilhoso que é a terapia. Antes, tenho o objetivo de informar qual o outro lado da moeda, um lado menos falado mas nem por isso menos relevante. Fico sempre apreensiva quando confrontada com retratos idílicos daquilo que se passa dentro (e fora) do consultório psicoterapêutico. Quem faz, ou já fez, terapia sabe que muitas vezes o que acontece dentro das sessões tem pouco de leve, bonito, ou fácil. Faz parte do processo navegar por mares bem tempestuosos, é também nisso que está a riqueza das sessões.

A mensagem de esperança é que, na maioria das vezes, vale a pena lutar e resistir pelo que nos faz sentido para chegarmos à outra margem, mais completos e seguros de nós.

As pressões (assoberbantes) que os novos adultos sentem nos dias de hoje é um dos temas mais frequentes nas minhas sessõ...
06/11/2023

As pressões (assoberbantes) que os novos adultos sentem nos dias de hoje é um dos temas mais frequentes nas minhas sessões. Não que seja algo novo - todas as gerações viveram os seus próprios (e duros) desafios -, mas este tema chega-me tantas vezes que seria impossível não parar para refletir sobre ele.

Existem certos marcos que são como que integrantes de um guião de vida. Esse “roteiro” é passado de geração em geração, com alguns cortes e outros acrescentos, e é também moldado pela sociedade, acontecimentos externos e expectativas que daí possam resultar.

Com o aparecimento e crescimento do mundo online, a libertação de alguns regimes ditatoriais, o avanço da ciência e o fortalecimento/nascimento de certos valores, as possibilidades desse guião sofreram uma enorme expansão e, com isso, foram explorados caminhos que, há umas décadas, seriam muito improváveis. O aumento das possibilidades de escolha e a melhoria de algumas condições de vida fez com que mais pessoas parassem para refletir naquilo que realmente queriam.

Então, porque é que os adultos de hoje estão tão ansiosos com o futuro e insatisfeitos com o presente? Porque é que o medo de perder algo, de ficar de fora ou para trás é uma constante nas suas vidas? Neste post exploramos alguns dos motivos.

Não é fácil lutar contra pressões, sejam externas, sejam internas. Mas é importante lembrar que não há ninguém que te conheça melhor do que tu mesmo e, no final do dia, és tu que tem de viver com as tuas escolhas.

Larguemos os guiões que não nos servem para que possamos viver uma vida que nos faça sentido.

O estigma diz respeito ao que marca um determinado grupo de indivíduos que vão contra determinadas convenções e que, por...
08/11/2021

O estigma diz respeito ao que marca um determinado grupo de indivíduos que vão contra determinadas convenções e que, por isso, são vistos com forte desaprovação perante a sociedade. O estigma leva à discriminação através de comportamentos de alienação, evitamento e comunicação ofensiva.
O estigma relativo aos problemas de saúde mental pode fazer com que indivíduos que precisem de ajuda profissional sejam rotulados como «incapazes», «incompetentes» ou a que sejam tratados de forma diferente e desfavorável.

É importante compreender que à semelhança dos problemas físicos, as questões do foro psicológico também variam em grande grau na severidade e no impacto que têm no funcionamento da pessoa e não são sinónimo de incapacidade. É necessário perceber que a ajuda psicológica é adequada para diferentes níveis de dificuldades: tanto é útil para quem vive um momento de difícil adaptação a um novo emprego, como a alguém que tem um distúrbio crónico como a esquizofrenia.

O estigma relativo à saúde mental pode dividir-se sobretudo em dois: o estigma social (i.e. dos outros para com a pessoa que procura ajuda) e o estigma pessoal (da pessoa que precisa de ajuda para consigo mesma). Logicamente, o estigma social acaba por ter uma grande influência no pessoal: somos, muitas vezes, influenciados pelo que a sociedade acha e espera de nós e tendemos a evitar caminhos que possam ameaçar a nossa integridade social.

O estigma vem da falta de conhecimento que há em relação à saúde mental e à psicoterapia no geral; tem que ver com o medo do desconhecido e com um conjunto de crenças erróneas amplamente difundidas ao longo de muitas gerações. Por isso, não se sinta culpad@ por reconhecer que estigmatiza, ou já estigmatizou. O importante é reconhecer essa lacuna e escolher aprender, refletir sobre os assuntos e quebrar preconceitos. Para tal, a Aliança Nacional para a Doença Mental (EUA) sugere que se pratiquem os seguintes pontos:
- Educar-se a si e aos outros sobre o assunto;
- Ter atenção ao vocabulário usado quando se discutem assuntos ligados à saúde mental;
- Ser-se honesto e aberto acerca da necessidade de ajuda (a desenvoltura de uns pode empoderar outros a procurar ajuda);
- Chamar a atenção, de forma respeitosa e informada, aos que incorrem em discriminações de forma respeitosa e informada;
- Encorajar a que se trate das questões de saúde mental das mesma forma que se trata dos problemas de saúde física.
Não deixe que o preconceito (pessoal ou social) o impeça de procurar ajuda. Cuide de si e seja empático com todos 🍀💕

Hoje é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Se todos os dias nós, psicólog@s, lutamos no sentido de sensibilizar e in...
10/09/2021

Hoje é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Se todos os dias nós, psicólog@s, lutamos no sentido de sensibilizar e informar a população acerca das mais variadas questões de saúde mental, hoje é um dia em que tipicamente unimos ainda mais esforços nesse sentido.

O suicídio é um problema de saúde pública e deve ser endereçado como tal. Ao contrário do que muitas vezes se ouve, falar sobre o suicídio não “planta” ideias na cabeça de ninguém; antes, pode salvar vidas, ao mostrar às pessoas que há quem esteja atento, há quem queira saber, há quem passe pelo mesmo… e há quem compreenda e possa ajudar, sem recriminações ou julgamentos.

Alguns dos sinais de alerta mais frequentemente encontrados em pessoas que atentam contra a sua vida são:

- Alteração marcada nas rotinas (nomeadamente no sono-vigília);
- Expressam-se sobre “o fim”, ou em como “em breve não serão um problema”;
- Têm comportamentos autodestrutivos (e.g., automutilam-se, conduzem a alta velocidade e sob efeito de dr**as, etc.);
- Marcado isolamento social;
- Distribuem os seus bens pessoais sem aparente justificação;
- Abuso de substâncias;
- Sentimentos de desesperança;
- Muita tristeza e ansiedade;
-… entre muitos outros

Se perceber que alguém está com ideação suicida, abra um canal de comunicação seguro, reconfortante e livre de julgamentos. Ofereça o seu ombro amigo. Depois, sempre com honestidade e de forma assertiva, encaminhe a pessoa para os serviços de saúde competentes. Seja um agente ativo na busca de ajuda profissional adequada e, não se esqueça, ninguém nasce ensinado – peça ajuda a outras pessoas também, para que a ajuda não se torne demasiado pesada para si. As redes de suporte são essenciais.

Todos podemos ajudar na prevenção do suicídio, através de:

- Adoção de uma comunicação aberta sobre emoções e questões de saúde mental;
- Desencorajar o isolamento;
- Incentivar e normalizar o acompanhamento psicológico;
- Normalizar a demonstração de emoções negativas (que têm a sua importante função!);
- Ouvir, respeitar e apoiar;
- Partilhas as nossas experiências;
-…

A promoção da saúde mental pode salvar vidas. Peçamos ajuda. Ajudemo-nos.

Dia Nacional d@ Psicólog@ 🍀Celebra-se hoje, dia 4 de setembro, o Dia Nacional d@ Psicólog@. Antes de mais, gostaria de f...
04/09/2021

Dia Nacional d@ Psicólog@ 🍀

Celebra-se hoje, dia 4 de setembro, o Dia Nacional d@ Psicólog@. Antes de mais, gostaria de felicitar tod@s meus colegas que honram esta profissão e com quem tenho tido o prazer de aprender e partilhar o meu percurso.

Escolhi esta profissão numa altura em que nenhum outro caminho me fazia sentido. Conhecia os riscos, mas os benefícios sempre soaram mais alto. É um caminho desafiante que conhece muitas angústias e que só faz sentido quando vivido com dedicação e verdade. Hoje estou feliz pela decisão que tomei.

A psicologia e as práticas psicoterapêuticas baseiam-se em evidência científica e regem-se por um código deontológico bem estruturado. Um psicólogo tem, no mínimo, uma formação académica de cinco anos, mais um ano de estágio profissional. É uma profissão que exige constante especialização e muita super e intervisão. Estamos investidos em prestar cuidados de saúde mental de excelência – sabemos que estamos a trabalhar com as questões mais vulneráveis do ser humano. Merecemos valorização, respeito e – pelo menos a maioria de nós – confiança.

Tenho ainda muito para aprender. Hoje, dou graças por todas as pessoas que já passaram pelas minhas consultas e com quem já aprendi tanto. Espero também ter-lhes dado o meu contributo para uma vida mais serena, com mais autoconhecimento e consciência de si.

Seguimos batalhando pela valorização da nossa profissão. A saúde mental é ainda um parente afastado das prioridades da sociedade, mas a pouco e pouco assistimos a uma ainda inicial revolução no panorama da saúde. Hoje escolho ver o copo meio cheio: estamos cada vez mais perto da sensibilização geral da população para o cuidado com a saúde mental.

Obrigada aos que estão desse lado, aos que chegarão e a tod@s que trabalham diariamente para contribuir para a saúde mental de alguém.

Obrigada! 🤗

A codependência é um tipo de relação em que um dos intervenientes precisa patologicamente do outro (dependente), enquant...
03/09/2021

A codependência é um tipo de relação em que um dos intervenientes precisa patologicamente do outro (dependente), enquanto o outro tem uma marcada necessidade de ser necessário (codependente). Este tipo de relação foi primeiro estudada em situações de dependência química, na qual o adito depende financeiramente de alguém para consumir (grande parte das vezes, da mãe ou pai), que acaba por satisfazer as suas vontades por ter, ele próprio, uma necessidade de que precisem dele. Entretanto estabeleceu-se que este padrão relacional se estende a vários tipos de relações duais, desde familiares a amorosas.

O codependente:

- Sente-se sem valor, a menos que esteja a suprir as necessidades d@ outr@;

- Não tem grandes interesses, vontade ou identidade própria fora da relação;

- Tem dificuldade em identificar as próprias necessidades, uma vez que as d@ outr@ são a sua prioridade;

- Sente responsabilidade por salvar @ outr@;

- Está dispost@ a quase tudo para não perder a relação;

- Tem dificuldade em tomar decisões acerca da sua própria vida.

Importa referir que uma relação de apoio mútuo é muito diferente de uma relação de codependência. Na primeira, intervenientes apoiam @ outr@ porque querem e não porque precisam, a relação é benéfica para amb@s e não há necessidade de autossacrifício (amb@s vêem as suas necessidades atendidas).

A codependência é um padrão de relacionamento aprendido, com origem em relacionamentos precoces emocionalmente difíceis. O tratamento em psicoterapia envolve a exploração da relação entre os problemas relacionais da infância e os atuais padrões relacionais destrutivos.

Nunca é tarde para investir em si. Se está numa relação codependência ou tem um estilo relacional tendencialmente codependente, procure ajuda!

Endereço

Rua Gustavo Ferreira Pinto Basto, Nº8, 2ºD
Aveiro
3810-119

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando Joana Rolo - Psicóloga Clínica publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Joana Rolo - Psicóloga Clínica:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria