Eva Nogueira - Psicologia

Eva Nogueira - Psicologia | Psicóloga Clínica
| Especializada em Terapia Familiar e de Casal
| Agendamento de teleconsulta e

14/11/2025
Não é sobre etiquetas, é sobre pessoas. 💬Na minha prática clínica, raramente falo de diagnósticos.Não é por desconsidera...
10/11/2025

Não é sobre etiquetas, é sobre pessoas. 💬

Na minha prática clínica, raramente falo de diagnósticos.
Não é por desconsiderar a ciência ou o valor que eles podem ter — sei que, para muitas pessoas, receber um diagnóstico foi profundamente importante, esclarecedor e até libertador. ✨

Não se trata de “ser contra o diagnóstico”. Trata-se de estar presente, ouvir e acompanhar alguém sem reduzir a pessoa a uma palavra ou a um rótulo.
Isto não significa ignorar o funcionamento, mas sim dar protagonismo à compreensão e à curiosidade. 🧠💭
Cada sofrimento é único, cada história é singular — e os diagnósticos, por mais úteis que sejam, nunca contam tudo.

O que realmente me move é compreender a experiência da pessoa: o que sente, o que vive e o que transforma dentro de si. 💛

Por isso, convido-te a refletir: porque será tão importante um diagnóstico para ti?
O que é que ele representa — segurança, explicação, pertença… ou algo mais?

O diagnóstico pode ser uma ferramenta, uma orientação, uma forma de nomear experiências difíceis.
Mas nunca define quem tu és. 🌱
A tua história é contada entre nós — na escuta, no cuidado e na atenção à tua singularidade.

O que partilhamos carrega peso. 💭As redes sociais são janelas poderosas 🌐 — e, como profissionais da saúde mental, cada ...
05/11/2025

O que partilhamos carrega peso. 💭

As redes sociais são janelas poderosas 🌐 — e, como profissionais da saúde mental, cada palavra que partilhamos tem (ou pode ter) um impacto real no outro.
Não se trata apenas de informar ou inspirar, mas de assumir a responsabilidade pelo que chega ao outro — pelo que pode acolher ou ferir, ser compreendido ou mal interpretado. ⚖️

Nem tudo o que é interessante merece ser publicado.
Nem toda opinião deve ser partilhada sem cuidado acrescido.
É preciso ponderar: quem irá ler esta mensagem? Que necessidades, vulnerabilidades ou expectativas podem estar presentes? 🤔💬

Para nós, psicólogos, é importante relembrar que a ética não termina na consulta. Ela continua nas palavras que escolhemos, nos conteúdos que criamos e na forma como nos apresentamos aqui, no digital. 💻🧠
Cada post, cada story, é um gesto que pode tocar, transformar ou confundir.
E é nossa responsabilidade garantir que esse toque seja, sempre que possível, um convite à reflexão — e não um risco desnecessário. 🌿

Um convite à reflexão:
O que estamos a oferecer ao mundo quando clicamos em “publicar”? 🕊️

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✨ O que nos dói ecoa nas nossas relações — família, amigos, amores… até nos silêncios que herdamos.Mara Selvini Palazzol...
03/11/2025

✨ O que nos dói ecoa nas nossas relações — família, amigos, amores… até nos silêncios que herdamos.

Mara Selvini Palazzoli, já em 1963, ousou propor algo profundamente transformador: que o sofrimento humano não habita apenas dentro de nós, mas entre nós.
Foi uma rutura com a ideia de que o problema está “na pessoa” — ela mostrou-nos que, muitas vezes, o sintoma é a forma mais visível de algo que o sistema tenta expressar, mas ainda não encontrou palavras para o fazer. 💭

Em vez de patologizar, Palazzoli ensinou-nos a escutar o sistema: a família, as amizades, os amores, os silêncios que nos atravessam e moldam.
Porque o que nos dói raramente nasce isolado — é eco de uma história maior, partilhada, tecida nas relações que nos sustentam e, às vezes, nos aprisionam. 🤍

“Cada problema humano é interpessoal.”
Não sofremos sozinhos, ainda que a solidão, por vezes, nos convença do contrário.

🌱 Um convite à reflexão:
E se o que chamamos de “meu problema” for, na verdade, um pedido de transformação que um sistema inteiro está a tentar fazer?

✨ O passado que sussurra nas nossas relações.🤝 A dificuldade em confiar pode nascer de vínculos precoces onde o apoio fa...
31/10/2025

✨ O passado que sussurra nas nossas relações.

🤝 A dificuldade em confiar pode nascer de vínculos precoces onde o apoio falhou.
💭 O medo de ser abandonado pode ecoar antigas experiências de ausência ou rejeição.
🌷 A tendência para agradar pode ter sido, um dia, a estratégia para garantir amor e pertença.
⚖️ O impulso de controlar pode esconder o pavor de voltar a sentir-se impotente.
🌙 O silêncio pode ser a forma mais segura que alguém encontrou para evitar o conflito.

As relações que vivemos hoje raramente nascem do zero.
Chegamos a elas cheios de memórias, feridas e aprendizagens antigas — histórias que, muitas vezes, se recontam sem que nos demos conta.

Carregamos nas relações atuais as marcas dos encontros que nos formaram — e é também nelas que podemos começar a curar o que ficou por cuidar.

🪞 Um convite à reflexão:
O que das tuas antigas relações ainda vive — silenciosamente — nas tuas de hoje?

“O reflexo onde florescemos — ou nos perdemos” 🪞As relações são espelhos vivos — devolvem-nos imagens de quem somos, e, ...
29/10/2025

“O reflexo onde florescemos — ou nos perdemos” 🪞

As relações são espelhos vivos — devolvem-nos imagens de quem somos, e, pouco a pouco, moldam a nossa identidade.
É nas trocas humanas que aprendemos a reconhecer-nos: no olhar que nos vê, na escuta que nos acolhe, no gesto que diz “estou contigo”.

Quando essas relações são marcadas por cuidado e presença, tornam-se fatores de proteção para a nossa saúde mental — lugares onde podemos florescer.
Mas quando o espelho reflete crítica, silêncio ou ausência, a imagem que nos devolve pode ferir, confundir, ou até fazer-nos duvidar do nosso próprio valor.

A forma como somos amados, escutados e reconhecidos constrói, de maneira invisível, a casa onde passamos a habitar dentro de nós. 🤍

Um convite à reflexão: 👌🏻
Como têm sido os espelhos à tua volta — devolvem-te quem és ou distorcem a imagem que tens de ti?

27/10/2025

Há obras que nos desmontam — Scenes from a Marriage é uma delas. 🎬
Mais do que uma série sobre um casal, é um retrato cru da complexidade de estar em relação: o amor e o desgaste, a ternura e o ressentimento, o desejo de conexão e o impulso de fuga. 💔💞

A série mostra o que tantas vezes vemos em terapia — dois mundos que se tocam e se ferem, que tentam compreender-se enquanto lutam para sobreviver à própria história. 🪞
Revela o quanto o amor, por si só, não basta quando não há espaço para a verdade, a escuta e a vulnerabilidade.
E como, por vezes, é no confronto que a intimidade se reinventa. 🔥

Scenes from a Marriage convida-nos a olhar de perto para a imperfeição das relações — sem romantismos nem julgamentos — apenas com a coragem de nos reconhecermos nelas. 🌿

Um convite à reflexão:
O que acontece quando o amor já não é simples — mas ainda é verdadeiro? 💜

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“Sinto, logo existo” (António Damásio)"Penso em ti, logo, existo” (Coimbra de Matos)Estas duas frases mostram como a nos...
24/10/2025

“Sinto, logo existo” (António Damásio)
"Penso em ti, logo, existo” (Coimbra de Matos)

Estas duas frases mostram como a nossa existência é profundamente relacional e emocional.

- Damásio destaca que o sentir é a base da experiência humana: antes do pensamento, existe o corpo, a emoção, a sensação.
- Coimbra de Matos lembra-nos que o vínculo, a presença do outro nas nossas vidas (mesmo que apenas no pensamento), é fundamental para nos sentirmos reais e inteiros.

Como nos tornamos quem somos? A resposta está na relação: sentir conecta-nos ao mundo interno, pensar em alguém conecta-nos ao mundo externo. A nossa identidade constrói-se sempre em movimento, entre o sentir e o relacionar.

- O “sinto” revela o nosso contacto connosco mesmos.
- O “penso em ti” revela o nosso contacto com e aos os outros.

Ambos nos fazem existir, lembrar que ser pessoa é um processo de ligação: com o nosso sentir e com o sentir dos outros.

No fundo, existimos nos encontros — com as nossas emoções, com as pessoas, com os laços que construímos.

O conflito é inevitável em qualquer relação íntima…e isso não é sinal de falha.A intimidade aproxima dois mundos diferen...
22/10/2025

O conflito é inevitável em qualquer relação íntima…
e isso não é sinal de falha.
A intimidade aproxima dois mundos diferentes e, quando isso acontece, inevitavelmente há atrito.
Então eu diria que o conflito, por is só, não é o problema.
O problema é quando deixamos de nos encontrar dentro dele. O problema é quando não reparamos o conflito.
O conflito passa a ser “problema” quando a dor deixa de ser comunicada
e começa a ser usada como arma. Quando deixamos de querer compreender e passamos apenas a defender-nos.
Quando o conflito é reparável, significa que mesmo com dor ou tensão,
existe o desejo de reencontro. Há espaço para o gesto, o olhar, o “eu peço desculpa”. Há vínculo que resiste à tempestade.
A diferença não está na ausência de conflito, mas na capacidade de reparar — de transformar o atrito em crescimento e fortalecimento.
🌱 O conflito pode ser um caminho de verdade. Não o fim da ligação — mas o lugar onde a relação pode florescer.
👉 Guarda para lembrar nos dias em que o amor parece difícil.
🩶 Partilha com alguém com quem já atravessaste um conflito que, quando reparado, vos aproximou.

Às vezes é preciso separar para continuar junto.Esta frase pode, à primeira vista, soar como um paradoxo. Mas talvez o a...
20/10/2025

Às vezes é preciso separar para continuar junto.

Esta frase pode, à primeira vista, soar como um paradoxo. Mas talvez o amor – e qualquer relação viva – só se mantenha quando permite intervalos, deslocamentos, pequenas retiradas. Quem faz análise sabe disso: separar-se não é necessariamente romper. Trata-se, antes, de se afastar de uma determinada forma de se relacionar. É uma separação de pactos invisíveis, de papéis automáticos, de expectativas herdadas. Um reposicionamento interno que permite reaproximar com mais consciência, e menos fusão.

Porque, no fundo, o amor nunca é um encaixe perfeito. Há sempre um certo desencontro – um ponto onde o outro escapa, onde não entendemos, onde não somos entendidos. É desse ponto que nasce uma certa solidão: não como abandono, mas como lembrança de que não podemos ser engolidos inteiramente por ninguém. Amar, sim. Fundir, não.

Talvez separar-se seja, então, reconhecer esse desencaixe inevitável. Um gesto de preservação do próprio corpo, da própria voz, do próprio ritmo – para que o laço não se transforme em captura. E, paradoxalmente, é este movimento de separação que permite permanecer junto sem desaparecer.

No fim, continuamos juntos não porque um dia encaixámos perfeitamente, mas porque fomos capazes de sustentar o desencontro sem decretar fim. Porque soubemos separar o que é do outro e o que é nosso. Porque entendemos que amor que perdura é o que sabe respirar.

Endereço

Rua Da Igreja 165, São João Da Madeira
Aveiro
3700-137

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