27/10/2025
Há uma fase da vida em que “ter tempo” parece um luxo.
Antes, o tempo era nosso — sobrava para o nada, para o silêncio, para um café demorado ou uma tarde sem planos.
Depois, com a família, o tempo ganhou outro ritmo.
Ficou cheio de risos, birras, rotinas, corridas, e amor em forma de caos.
E é bonito, mas também é exaustivo.
Há dias em que sentimos falta de nós mesmos — daquela versão que tinha tempo para não fazer nada, só existir.
Mas talvez o segredo esteja em perceber que agora o “nada” vem em outras formas:
um abraço apertado, um sorriso antes de dormir, o som da casa cheia.
Mas o sentir saudades desse antes faz parte do processo.