24/11/2025
💫Na abordagem sistémica, ajudar não é simplesmente fazer pelo outro nem resolver por ele; é fortalecê-lo para que possa ocupar o seu lugar, assumir a sua história e seguir o seu próprio caminho. Assim, a ajuda autêntica nasce de uma postura humilde, centrada e consciente das próprias limitações.
1. Ajudar a partir do lugar certo 📌
Na visão sistémica, cada pessoa pertence a um sistema familiar onde ocupa um lugar específico. Uma ajuda torna-se destrutiva quando vem de alguém que abandona o seu próprio lugar para assumir responsabilidades que não lhe cabem.
A boa ajuda ocorre quando o ajudante não ultrapassa a sua posição, mantendo o respeito pelas hierarquias naturais: pais antes de filhos, os mais antigos antes dos mais novos, e assim sucessivamente.
2. Ajudar apenas quando há pedido ou abertura 💌
Para que a ajuda seja frutífera, precisa haver consentimento do lado de quem recebe. Ajudar quem não pediu ou não está preparado costuma gerar resistência, dependência ou ressentimento.
A visão sistémica enfatiza que só há verdadeira ajuda quando existe espaço para que ela seja acolhida.
3. Ajudar dentro da medida possível ✅
O ajudante reconhece que não pode salvar ninguém. Pode, sim, oferecer um passo, um impulso, um recurso, mas nunca substituir o caminho do outro.
A força da ajuda está em saber até onde posso ir e onde começa a responsabilidade do outro.
4. A ajuda precisa de fortalecer 🙏
A ajuda adequada é aquela que devolve ao outro a sua força, em vez de a retirar. Quando alguém ajuda em excesso, coloca-se numa posição superior, diminuindo, inadvertidamente, a autonomia e a dignidade da pessoa ajudada.
A visão sistémica procura sempre o movimento que devolve poder, escolha e capacidade.
5. Ajudar sem julgamento 👁️🗨️
Quando o ajudante se posiciona de forma moralista ou crítica, a ajuda perde profundidade e autenticidade.
Na perspetiva sistémica, a ajuda nasce de uma postura de respeito, em que cada destino é visto com dignidade, sem tentar corrigir, salvar ou dirigir o outro.
Tiago Ribeiro