07/11/2025
Ressonar é relativamente comum e, em muitos casos, não representa motivo imediato de preocupação. No entanto, nem sempre é apenas um “respirar mais alto”. Existem sinais que justificam vigilância, já que o ressonar pode estar associado a alterações clínicas relevantes.
Roncos leves e ocasionais são geralmente inofensivos; porém, quando o ressonar é frequente pode indicar apneia obstrutiva do sono, uma condição em que as vias aéreas ficam parcialmente bloqueadas durante o sono. Esta situação reduz os níveis de oxigénio, prejudica a qualidade do descanso e pode originar cansaço diurno, dificuldades de concentração e alterações de humor.
O ressonar persistente está associado a um maior risco de hipertensão, doença cardiovascular, AVC e diabetes. Aqui, a Endocrinologia assume particular importância, dado que condições como obesidade, resistência à insulina, hipotiroidismo e alterações metabólicas podem contribuir para o agravamento do ronco e da apneia do sono.
Medidas como, manter as vias nasais desobstruídas, adotar bons hábitos de sono e deixar de fumar, podem ajudar a reduzir o ressonar. Em alguns casos, podem ser necessários dispositivos orais, almofadas específicas ou tratamentos orientados por especialistas em sono.
Partilhar a cama com alguém que ressona pode ser bastante perturbador. Por vezes, uma simples mudança de posição alivia temporariamente o problema. Os especialistas recomendam dormir de lado ou com a cabeça elevada, evitando a posição supina, que facilita o colapso parcial das vias aéreas.
Ainda assim, quando o problema é recorrente, é essencial procurar avaliação médica para excluir apneia do sono, um distúrbio associado não só a problemas respiratórios, mas também a condições metabólicas acompanhadas pela Endocrinologia, como obesidade, diabetes e disfunções hormonais.
Conte com a Dr.ª Diana Catarino, especialista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
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