27/10/2025
Quando o corpo grita o que a mente silencia.
O burnout não aparece de um dia para o outro constrói-se, em silêncio, entre responsabilidades, pressões e a crença de que “tenho de aguentar só mais um pouco”.
Como psicóloga, vejo todos os dias pessoas exaustas, a confundir produtividade com valor pessoal.
O corpo começa a avisar: dores, insónias, irritabilidade, falta de foco mas a mente insiste em continuar, porque acredita que parar é falhar.
Por detrás do burnout raramente está apenas o trabalho.
Está o medo de desiludir, a necessidade de provar que se é suficiente e a dificuldade em reconhecer limites.
O meu papel não é apenas dizer “descansa”.
É ajudar-te a perceber porque é que não consegues descansar, a compreender as emoções reprimidas e a devolver-te o direito de respirar sem culpa.
Se te revês nestas palavras, permite-te parar.
O burnout não é fraqueza é o resultado de anos a ignorar o corpo e as emoções.
E às vezes, o maior acto de coragem é simplesmente abrandar.