Paula Chocalhinho

Paula Chocalhinho Informações para nos contactar, mapa e direções, formulário para nos contactar, horário de funcionamento, serviços, classificações, fotos, vídeos e anúncios de Paula Chocalhinho, Psicólogo/a, Largo do Campo da Feira nº 22, Faro.

🎓 Psicologia Clínica
⏳️Hipnoterapia
👨‍👩‍👧‍👦Constelações Familiares
🧠Psicossomática
❤️‍🩹 Regulação Emocional
👧Trabalho com a Criança Interior
🥰 Autoaceitação e Autocompaixão
📑 Cursos, aulas e workshops

Não se ganha autoestima, paz interior, segurança nem autoconfiança sem estas duas coisas: autocompaixão e autoaceitação....
03/11/2025

Não se ganha autoestima, paz interior, segurança nem autoconfiança sem estas duas coisas: autocompaixão e autoaceitação. Pelo contrário, se só nos cobramos, criticamos, julgamos, se vivemos nos "e se", "será que" e "porquê" ou "deveria ser diferente do que sou", vamos deprimir, viver ansiosos e com baixa autoestima, bem como altamente angustiados.

Não é do desconhecimento de ninguém de que os nossos pensamentos moldam por completo a nossa realidade e como nos sentimos, nomeadamente os nossos pensamentos automáticos negativos e crenças limitantes. A forma como falamos conosco condiciona totalmente a nossa vivência e frequência mental e emocional também.

O trabalho mais demorado e difícil que vão fazer será sempre com a vossa própria mente, que joga contra nós a todo o momento nas suas neuroses e vícios de estimação que são os nossos pilotos automáticos em termos da narrativa interna (onde a nossa atenção está, de facto).

Para sairmos dos lugares de dor temos de olhar onde a nossa mente está focada, esse é um dos principais pontos do trabalho psicoterapêutico: a reestruturação cognitiva. Daí a psicologia cognitivo-comportamental ser uma das abordagens mais eficientes para uma série de problemáticas.

Outro ponto fundamental é acolher as emoções e as nossas partes feridas através de um discurso interno compassivo e certas visualizações específicas (trabalho com a criança interior). Este trabalho pode ser feito através da hipnoterapia ou meditação. Os traumas podem ser trabalhados em terapia também, e ferramentas como a psicossomática e o trabalho corporal ou EMDR.

E nada disto é suficiente se não instalarmos rotinas nas nossas vidas que honrem as nossas necessidades bem como as decisões necessárias acerca do trabalho e das nossas relações, sejam de amizade, familiares ou íntimas: trabalhar o posicionamento correto para cada sistema que ocupamos e deixar de alimentar certos tipos de pessoas ou relacionamentos, retirando-nos de situações abusivas, exercitando a assertividade e levando a cabo todas as acções que nos libertem.

E é isto, no fundo a fórmula é esta e é simples. Não quer dizer que seja rápido ou fácil...

Já treinam todas estas competências?

Estes três fenómenos são expressões diferentes de uma crise contemporânea no trabalho que nasce da perda de vitalidade, ...
30/10/2025

Estes três fenómenos são expressões diferentes de uma crise contemporânea no trabalho que nasce da perda de vitalidade, de propósito e de sentido. O burnout é o rosto mais conhecido dessa exaustão, marcado pelo excesso de exigência, pela pressão constante e pelo investimento emocional que acaba por consumir a pessoa até ao limite. O boreout é o seu oposto silencioso, não nasce do demasiado, mas do demasiado pouco. É o tédio, o vazio, a sensação de ser subestimado e de não ter espaço para crescer ou usar as próprias capacidades.

Entre estes dois extremos surge o rustout, um estado de ferrugem emocional em que a pessoa cumpre rotinas, faz o que tem de ser feito, mas sem sem entusiasmo e sem ligação ao que faz. É uma espécie de anestesia lenta, um conformismo que se instala quando o medo de mudar se torna maior do que o desconforto de permanecer. O rustout é menos ruidoso do que o burnout, mas pode ser igualmente destrutivo.

O silent quitting, por sua vez, não é um diagnóstico clínico, mas um movimento social e psicológico. É uma resposta adaptativa a culturas de trabalho exaustivas, onde a dedicação total se confunde com valor pessoal. Quem adere ao silent quitting decide não sair do emprego, mas sair do excesso. Cumpre as suas funções, respeita o seu tempo, protege o seu equilíbrio. É uma tentativa de recuperar autonomia e limites depois de demasiado investimento. Contudo, se esta retirada se prolongar sem renovação de sentido, pode transformar-se num rustout, num estado de desmotivação e desconexão emocional permanente.

Segundo a teoria da autodeterminação, todos precisamos de três nutrientes psicológicos para nos sentirmos vivos e motivados: autonomia, competência e relação. Quando perdemos a liberdade de escolha, deixamos de sentir que temos controlo sobre o nosso trabalho e caímos em conformismo e apatia. Quando a nossa competência é ignorada, surge o tédio e o desinteresse. E quando o vínculo com os outros se rompe, instala-se o cinismo e a exaustão emocional. A ausência destes três pilares conduz inevitavelmente a formas de alienação em que o trabalho deixa de ser um espaço de expressão e torna-se um lugar de sobrevivência.

Se a cultura do red flag revela os nossos medos, a ideia dos green flags aponta para o que ainda é possível: relações se...
27/10/2025

Se a cultura do red flag revela os nossos medos, a ideia dos green flags aponta para o que ainda é possível: relações seguras, consistentes e humanas, mesmo num mundo cheio de informação sobre o que deve ou não ser, bem como de defesas em excesso.

Durante muito tempo, fomos ensinados a procurar sinais de perigo. A ler os gestos, as entrelinhas, o tempo de resposta e as incoerências, sempre prontos a detetar o que pode correr mal. Esse treino nasceu de feridas: da rejeição, do abandono, da manipulação, da ausência do outro. Mas o corpo, ao habituar-se à vigilância, esquece-se de reconhecer o seguro. E o seguro, quando aparece, pode parecer aborrecido.

Encontrar as green flags é um processo de reeducação do olhar e do sistema nervoso. É começar a notar o que antes passava despercebido: o tom de voz que acalma, o olhar que não julga, o corpo que não se fecha quando há desacordo, a mensagem que chega com clareza e sem jogo. São pequenos sinais de consistência que, com o tempo, ensinam o corpo a relaxar outra vez.

As green flags não são pessoas perfeitas, nem garantias de futuro. São pessoas que se autorregulam, que pedem desculpa, que não confundem espaço com desinteresse nem intensidade com amor. São vínculos que não precisam de se justificar o tempo todo. Mas para reconhecê-las é preciso curar o radar.

Um coração traumatizado tende a interpretar a calma como tédio e a previsibilidade como ameaça. Só quando o corpo se sente seguro dentro de si é que consegue reconhecer segurança fora. Por isso, reconhecer as green flags começa dentro: na forma como nos falamos, nos escutamos, e nos permitimos sentir sem censura.

O problema é que, na cultura atual, fala-se muito em red flags e muito pouco em green flags. Isso cria uma perceção distorcida — como se o foco estivesse sempre no perigo e quase nunca na possibilidade de confiança. O olhar coletivo ficou treinado para detetar ameaça, não para reconhecer segurança.

Mas há um momento em que devemos deixar de querer provar que somos difíceis de amar e passar a querer aprender a confiar. É aí que as green flags se podem encontrar: quando estamos dispostos a receber amor sem dor, sem cobrança e sem sofrimento.

Este sábado vou estar na Biblioteca Municipal de Aljustrel a fazer um workshop sobre gestão emocional, ensinando técnica...
20/10/2025

Este sábado vou estar na Biblioteca Municipal de Aljustrel a fazer um workshop sobre gestão emocional, ensinando técnicas e estratégias para regular a ansiedade e o stress. As vagas são limitadas! Para inscrições dirigir-se à recepção da biblioteca ✨️

Vemo-nos lá? 😊

Acerca destes dois fenómenos nas relações, importa saber identificá-los: um como red flag e o outro como green flag. Que...
17/10/2025

Acerca destes dois fenómenos nas relações, importa saber identificá-los: um como red flag e o outro como green flag. Queremos, sempre, relacionar-nos com alguém honesto, responsável, maduro, consistente e coerente, qualquer que seja o tipo e a duração da relação.

Psicologicamente, o reforço intermitente reforça o loop de ativação emocional: quanto mais irregular é o afeto, mais difícil é desapegar, porque o sistema nervoso associa o amor à montanha-russa. E, com o tempo, o corpo começa a confundir intensidade com amor, e previsibilidade com tédio.

A cura deste padrão passa por reconhecer o ciclo, regular o corpo e começar a escolher vínculos consistentes — aqueles que parecem calmos, talvez até demasiado simples, fáceis ou fluídos no início, mas que não deixam o sistema nervoso em alerta. São essas as relações que ensinam o corpo (e a mente) o que é realmente segurança.

Do ponto de vista psicológico, a responsabilidade afetiva é um sinal de maturidade relacional e de regulação emocional. Surge quando deixamos de reagir por impulso (ou medo) e passamos a responder com presença e consciência. Está muito ligada à maturidade emocional e empatia — isto é, perceber que o outro tem pensamentos, sentimentos e vulnerabilidades diferentes dos nossos, e que merecem consideração.

Em termos mais profundos, poderíamos dizer que a responsabilidade afetiva é o oposto do narcisismo relacional: em vez de colocar apenas as necessidades próprias no centro da equação, reconhece o espaço da relação como território de cuidado mútuo.

É importante sublinhar que ser responsável afetivamente não significa agradar sempre, evitar conflitos ou ser emocionalmente perfeito. Significa estar disponível para reparar, para conversar, para sustentar o desconforto que faz parte de qualquer relação.

Conhecias estes termos?

Tenho contado esta história a algumas pessoas que atendo, para exemplificar o tipo de trabalho interno que é necessário ...
14/10/2025

Tenho contado esta história a algumas pessoas que atendo, para exemplificar o tipo de trabalho interno que é necessário fazer com as nossas emoções difíceis, com as quais temos péssima relação: o medo, a culpa, a tristeza e a raiva.

Tenho pessoas que sofrem de ansiedade generalizada, que lhes traz uma profunda angústia, vivendo sempre em medo e a querer deixar de se sentir assim. Pessoas deprimidas que também não se querem mais sentir tristes e desesperadas. Pessoas sempre zangadas e irritadas, que deprimem e sentem uma profunda culpa por não se conseguirem controlar com companheiros e filhos de explosivas que se tornam por vezes.

O que é certo é que medo, ansiedade, tristeza e raiva vamos sentir sempre, ou melhor, todas as vezes que os nossos limites não estejam a ser respeitados, as nossas necessidades não estejam a ser atendidas, sempre que não nos sintamos validados/as, realizados/as ou satisfeitos/as nalgum aspecto ou vários da nossa vida, etc. Exatamente porque essas emoções servem para sinalizar algo. A questão é que elas sinalizam algo que ou não queremos ver, ou vemos e não tomamos decisões efetivas a respeito, e tentamos ignorar essas mesmas necessidades ou limites, por exemplo.

Na verdade, quanto mais resistirmos a essas emoções, quanto mais lutarmos contra elas com frustração, negação, crítica ou julgamento ("não devia de estar a sentir-me assim", "não quero sentir isto", "não tenho motivos para estar assim", etc.) - mais elas persistem e se ampliam, desembocando em maior ansiedade e em depressão, exatamente por nos sentirmos um fiasco ou um fracasso por não conseguirmos controlar essas mesmas emoções.

Não conseguimos evitar senti-las nem devemos controlar-nos ao ponto de não as sentirmos mais. O caminho é a gestão emocional, o acolhimento das nossas dores e a narrativa compassiva.

Voltando à minha história: sempre tive uma péssima relação com a tristeza. Simplesmente não a conseguia aceitar (ou a parte minha que sofria), até ao dia em que realmente me sentei com essa emoção e finalmente a acolhi como parte minha. Deixei de lutar. E foi um marco para mim esse momento: não há como fugir das nossas dores, só aceitá-las e acolhê-las como merecem.

A cultura do red flag é um fenómeno contemporâneo que vem do termo inglês que significa bandeira vermelha e é usado para...
10/10/2025

A cultura do red flag é um fenómeno contemporâneo que vem do termo inglês que significa bandeira vermelha e é usado para indicar sinais de alerta em relacionamentos, sejam eles quais forem. Originalmente, a expressão tinha uma função útil: ajudar as pessoas a reconhecer padrões tóxicos ou abusivos que antes eram normalizados.

Esta cultura tornou-se um tipo de jogo em que as pessoas listam comportamentos, gostos, opiniões ou até traços de personalidade que consideram “red flags” — como gostar de determinado artista, ter um tipo de humor específico, não responder logo às mensagens, ou não ser “emocionalmente disponível” o suficiente. O problema é que, nesse contexto, o conceito foi banalizado e passou a ser usado de forma superficial e punitiva, confundindo diferença com perigo, e imperfeição com toxicidade.

Do ponto de vista psicológico e cultural, pode dizer-se que a cultura do red flag está ligada a uma hipervigilância relacional típica de uma era de desconfiança e medo da intimidade. Em vez de promover autoconhecimento e comunicação, tende a reforçar o evitamento, o julgamento e a polarização — seguro vs. perigoso, certo vs. errado. É um reflexo de uma sociedade que procura controlo e segurança emocional em ambientes de excesso de informação e exposição.

Os mecanismos psicológicos mais comuns que sustentam esta cultura incluem:

1. Projeção – quando projetamos nos outros as nossas inseguranças e medos, vendo neles o perigo que, na verdade, habita em nós.

2. Racionalização – usamos o discurso das “red flags” para justificar o afastamento e manter a sensação de controlo (“afastei-me porque ele era uma red flag”, em vez de “fiquei com medo de me magoar”).

3. Idealização e desvalorização – mecanismos típicos do apego inseguro: primeiro idealiza-se o outro, e quando ele mostra traços humanos, rotula-se como “toxicidade”.

4. Evitamento – tendência a desconectar-se antes de haver risco real, confundindo segurança com solidão.

5. Hipervigilância – estado de alerta constante que é, muitas vezes, um eco do sistema nervoso traumatizado: o corpo procura sinais de perigo mesmo quando não há ameaça.

Estou há que tempos para escrever sobre este assunto. Atendo imensas pessoas com distúrbios do humor que são crónicos, p...
03/10/2025

Estou há que tempos para escrever sobre este assunto. Atendo imensas pessoas com distúrbios do humor que são crónicos, persistentes ou recorrentes. Nem tudo é depressão, apesar de conter humor deprimido, mas é aí que caem a maior parte dos diagnósticos mesmo em quem é acompanhado/a há anos por psiquiatras.

O mais grave que vi foram pessoas claramente bipolares ou com transtorno de personalidade borderline, por exemplo, que nunca foram informados de tal, mesmo que houvesse já esse diagnóstico ou suspeita. Pessoalmente, não trabalho com avaliação psicológica formal no sentido de aplicar te**es e questionários, ou elaborar relatórios psicológicos, mas através de questões específicas, estudo da história clínica, pessoal e familiar, análise e identificação de comportamentos e sintomas, podemos chegar a diagnósticos que são relevantes e devem de ser informados ao nosso paciente.

Quando diagnosticamos alguém, torna-se mais fácil a intervenção (sabendo onde nos devemos focar e o que ensinar ao cliente) e a própria pessoa identificar sintomas e comportamentos aos quais deve de estar atenta para poder atuar sobre eles com consciência e confiança. Sabemos também como adoptar, a partir daí, medidas preventivas, ensinar estratégias de coping necessárias e fazer o que chamamos de "prevenção de recaídas", bem como sugerir a toma de medicação (essa componente deve ser realizada preferencialmente por um psiquiatra).

Como tal, se te reviste nalguma destas perturbações ou sintomas aqui descritos, procura ajuda psicológica ou encaminha este post para alguém que precise de saber destes diferentes transtornos de humor.

Diagnosticar e atuar permite-te teres uma muito melhor qualidade de vida, ainda que possa significar tomares medicação. Mesmo que tenhas dúvidas acerca da medicação, informa-te e faz a ponderação do risco/benefício. Já atendi várias pessoas a quem a medicação melhorou drasticamente a sua vida no que toca à supressão ou diminuição de certos sintomas extremamente incómodos ou mesmo incapacitantes.

Não tens de levar a vida em profundo sofrimento se há tratamento para isso, certo?

Esta imagem foi-me enviada um dia destes por uma cliente, após a nossa sessão e um exercício de visualização que fizemos...
30/09/2025

Esta imagem foi-me enviada um dia destes por uma cliente, após a nossa sessão e um exercício de visualização que fizemos no que toca à integração das partes feridas e ao controlo que o nosso ego costuma exercer sob a nossa mente e pensamentos, causando a tal ruminação ou neurose dos "e se", "será que" e "porquê" constantes.

Esta imagem foi criada por IA a representar a visualização que surgiu na sessão.

Acho poderosíssimo o poder da visualização e dos símbolos que trazemos nestes momentos, neste caso a metáfora da viagem de comboio que é a vida e a velocidade em que navegamos na nossa mente, nas necessidades que temos de controlo, de ter as respostas e entender tudo que nos drena e deixa ansiosos, hiperpensantes e hipervigilantes, com o síndrome do pensamento acelerado.

Esta, para mim, é também a forma mais eficiente de chegarmos ao nosso corpo emocional, acalmando o nosso sistema nervoso pelo mudança de paradigma que fazemos nestas dinâmicas - abrandando o ritmo mental, trazendo um senso de segurança através da expansão da consciência e da coerência entre mente e coração. Todas estas técnicas já estão bem documentadas na ciência e é bom que as aprendamos e as utilizemos.

Nesta imagem está a adulta (self consciente) a vigiar o ego (ou superego - a função neurótica e moral que faz a supressão dos nossos instintos mais primários bem como assume a função defensiva e autocrítica da nossa personalidade), acompanhada da sua criança e adolescente interior, integradas e protegidas pela adulta.

Tenho usado muito esta dinâmica de colocar o ego em perspectiva e observado pelo consciente, de forma a ser o consciente tranquilo e desperto que comanda o barco, e não esse superego neurótico. Também uso muito esta visualização para mim própria com óptimos resultados, principalmente em retirar-me da neurose quando ela se instala - e de vez em quando tenho de ir colocar esse superego no lugar de forma preventiva.

E sim, trabalho com as nossas partes feridas sempre, considerando que elas continuam ativas dentro de nós e, de quando em vez, precisam do nosso cuidado. Este é o plano de tratamento por aqui :)

E vocês, costumam usar estas dinâmicas?

Nós somos sujeitos  a uma série de forças inconscientes que nos prendem e condicionam na forma como vivemos, sentimos e ...
26/09/2025

Nós somos sujeitos a uma série de forças inconscientes que nos prendem e condicionam na forma como vivemos, sentimos e pensamos. Somos reféns dessas forças, nomeadamente do medo e da culpa. O medo causa evitamento, ansiedade, hipervigilância e defesas em relação a uma série de situações. A culpa, por outro lado, é mais subtil e disfarçada.

Sendo o medo uma emoção primária, sentimo-lo nas vísceras e depressa o identificamos. É automático até. Mas e a culpa? A culpa é um sentimento complexo e envolve uma série de factores, para além de ser um sentimento aprendido. Somos condicionados a sentir culpa sempre que erramos - ou que alguém diz que erramos. E, muitas vezes, somos mesmo feitos prisioneiros desse erro, que alguém faz questão de nos recordar.

Essa sensação é extremamente desconfortável e nós enfiamos a carapuça, caso acreditemos que falhámos efetivamente, então julgamo-nos merecedores do castigo: de nos sentirmos mal conosco e de nos maltratarmos se for preciso - seja ficar numa situação que não é boa para nós (trabalho ingrato, ficar sozinho/a ou uma relação em que nos sintamos miseráveis, por exemplo), quer seja alimentarmo-nos ou tratarmo-nos mal fisicamente (compulsão alimentar pode vir de um sentimento de culpa ou outros maus hábitos), ou mesmo psicologicamente quando falamos mal conosco ("não vales nada", "és uma má pessoa", "não mereces nada de bom", "nunca ninguém vai gostar de ti", "és uma fraude", etc.).

Então sim, se sentes uma profunda culpa de teres falhado ou estares a falhar de alguma maneira, provavelmente vais procurar um castigo - uma forma de mau trato seja de ti para ti ou te permitires a ficar com alguém que não te respeita e te maltrata também ou numa situação difícil que vai agravar a tua sensação de seres um fracasso e de estares em falta de alguma maneira.

Vejo imensas pessoas a quererem mais para si mas com um profundo sentimento de não merecimento e de falha, sobrecarregando-se continuamente no trabalho, submetendo-se a situações de maus tratos constantes, seja com companheiro/a, chefia, mas principalmente para consigo. É um trabalho terapêutico importante este da culpa para que te possas libertar da necessidade do castigo.

Os cronotipos do sono referem-se aos três padrões naturais de sono e vigília de uma pessoa, influenciados pelo relógio b...
23/09/2025

Os cronotipos do sono referem-se aos três padrões naturais de sono e vigília de uma pessoa, influenciados pelo relógio biológico ou ritmo circadiano: matutino, vespertino e intermediário.

O cronotipo matutino é a pessoa "da manhã", que prefere acordar cedo e se sente mais produtiva pela manhã. Já o cronotipo vespertino, a "coruja", rende melhor à tarde e à noite. O cronotipo intermediário é mais adaptável, com pouca preferência por um horário específico.

Este será o modelo científico clássico, que usa uma escala para medir cada cronotipo. O modelo dos 4 animais, popularizado pelo psicólogo do sono Michael Breus, é uma versão mais prática e acessível da cronobiologia (a ciência que estuda os ritmos circadianos) ao traduzir os diferentes perfis de sono e energia em quatro animais: leão, urso, lobo e golfinho.

Este autor não inventa novos cronotipos, mas traduz os três anteriores em perfis mais diferenciados, simplificando os ritmos biológicos em perfis representados por animais, cada um com padrões diferentes de energia, sono e produtividade.

Ou seja, os 4 animais são uma adaptação que acrescenta uma certa nuance: o golfinho representa pessoas que não cabem bem no esquema clássico, porque o padrão de sono delas é fragmentado ou irregular.

Apesar de nesta abordagem não haver subtipos como na escala científica, podemos ter traços de outros animais ou estar na fronteira entre dois, como por exemplo: alguém pode ser urso com traços de lobo.

A ideia é que, conhecendo o teu cronotipo, possas ajustar horários de sono, trabalho, exercício e refeições ao teu ritmo natural, em vez de lutar contra ele, melhorando o desempenho e a saúde. Sabendo isto, alinhar atividades diárias com a tua preferência natural de energia e sono leva a um maior bem-estar e produtividade.

Conta-me, qual achas que é o teu? 🦁🐻🐺🐬

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