Domingos Gomes & Associado, lda

Domingos Gomes & Associado, lda Gabinete de Psicologia com serviços de Consulta Psicológica de Crianças, Jovens e Adultos

A sociedade actual movimenta-se a um ritmo alucinante e sabendo que a maturidade psicológica dos indivíduos é um factor importante no sucesso e realização pessoal e profissional, esse investimento deve passar inevitavelmente pela promoção no desenvolvimento dos indivíduos e grupos, no sentido de promover competências para lidar com a constante mudança. A sua missão é a promoção do desenvolvimento pessoal dos indivíduos e dos grupos. A estratégia para o conseguir passa pela prestação de serviços no âmbito da intervenção psicológica, que se traduz no desenvolvimento, implementação e avaliação de programas de intervenção psicológica, individual ou em grupo, sob a forma de trabalho directo ou indirecto (consultadoria), com finalidades de tipo remediativo, preventivo ou desenvolvimental. A procura da inovação na concepção dos serviços, na qualidade na sua prestação e na proximidade às pessoas são as directrizes deste projecto.

Pais que invalidam as emoções dos filhos. Na educação, como noutras áreas da vida, muitas das coisas boas e fundamentais...
08/11/2025

Pais que invalidam as emoções dos filhos.
Na educação, como noutras áreas da vida, muitas das coisas boas e fundamentais nada têm a ver com a questão material. Crescer num seio familiar onde os pais transmitem segurança, afecto e validação aos seus filhos é do melhor que pode acontecer aos mais pequenos, pela felicidade que lhes proporcionam e pela promoção da sua saúde mental. Crianças com uma vinculação segura sentem-se livres para explorar, brincar e expressar os seus sentimentos, justamente porque confiam no apoio e acolhimento dos pais. Damos por adquirido que este vínculo emocional é naturalmente alimentado pelos pais e, no entanto, muito pais não têm a sensibilidade para atender às necessidades da criança estabelecendo uma relação de vinculação com a criança que poderá ser disfuncional e vir a trazer problemas futuros nas suas relações com os outros, consigo mesma e na regulação das suas emoções.

Fazer crer a uma criança que uma boa parte das suas necessidades são erradas ou defeituosas é gerar uma fonte de ansiedade e angústia, que irá debilitar a sua auto-estima e deformar o sentido de identidade. A invalidação emocional acontece sempre que alguém rejeita, minimiza ou manipula os sentimentos. Reconhecer as necessidades, as emoções e os sentimentos das crianças sem as julgar ou criticar favorece o seu crescimento psico-emocional e a sua identidade, pois é assim que eles se sentem compreendidas e valorizadas, da mesma forma que quando os pais invalidam as emoções e sentimentos, contribuem para um crescimento psico-emocional dado a múltiplas perturbações mentais. Como se produz este tipo de mecanismo de invalidação parental?

Pela punição: incutindo o medo.
As crianças são crianças e não adultos, exprimem as suas necessidades através de comportamentos, como mostrar-se assustada ou ansiosa, mostrar-se inquieta, com “dores de barriga” ou chamar a atenção, que, se não forem compreendidos e atendidos, podem levar facilmente ao esgotamento dos pais. Se não se compreende o que está por detrás desses comportamentos, tende-se a invalidá-los, a negligenciá-los e a recusar dar a resposta mais adequada a cada situação. Muitos pais por falta de tempo ou por falta de sensibilidade, rapidamente passam de um registo de incompreensão para a punição, seja gritando, o mais das vezes, ou mesmo chegando à palmada. A educação baseada no medo e na dor física, no lugar de acalmar e tranquilizar, apenas gera incompreensão, ansiedade e culpabilidade.

Pela minimização: o que a criança sente não é importante.
Minimizar é o recurso mais utilizado pelos pais para invalidar as emoções dos filhos. Acontece sempre que o adulto rejeita ou subestima a emoção sentida pela criança, sem explorar aquilo que a motiva. Uma frase ou comentário do género “isso não é nada”, “não te preocupes porque é só um brinquedo”, “não estejas triste, há coisas mais sérias na vida”, são formas de esvaziar as experiências psico-emocionais da criança, retirando a importância que a criança lhes atribui, fazendo-lhe crer que as suas emoções e problemas não são importantes.

O “gaslighting” emocional da criança
Esta prática parental consiste a modificar conscientemente o que a criança sente como forma de adquirir poder sobre ela. Assim, as emoções não são apenas invalidadas, mas também deformadas fazendo crer à criança que alguma coisa não está bem com ela, ou que aquilo que lhe acontece ou de que tem necessidade, não é bem aquilo, mas outra coisa qualquer. Frases do género “O que se passa é que és muito sensível e frágil”, “Tu não tens fome, simplesmente tens sono”, “tu não te encolerizas, estás só aborrecido”, “Cala-te, não sabes o que é estar mal, és só uma criança mimada”, ilustram bem esta estratégia do gasligthing.

O exposto acima apenas nos lembra a que ponto é decisivo para o harmonioso desenvolvimento das crianças, a adequada orientação dos pais sempre que os seus filhos se expressam emocionalmente, o que, se estiverem bem atentos vão reparar que acontece muitas vezes, fruto das muitas experiências porque passam no dia-a-dia. Educar uma criança não é tarefa fácil, mas com consciência, esperança e amor é possível construir uma infância assente numa relação transmita segurança essencial para desenvolver uma personalidade saudável, com a confiança necessária para enfrentar os desafios da vida.

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Como se livrar de um narcisista perversoAs relações não são fáceis e algumas são mesmo muito complicadas. A relação com ...
25/10/2025

Como se livrar de um narcisista perverso
As relações não são fáceis e algumas são mesmo muito complicadas. A relação com uma pessoa narcísica faz parte destas últimas. E se a relação é difícil a separação revela-se um processo ainda mais custoso. Contudo, com a ajuda de uma boa rede de apoio, família e amigos, e apoio profissional, é possível romper com esta relação e libertar-se do abuso psicológico.

O narcisista perverso, além de excelente manipular, acaba por manifestar comportamentos egoístas, sádicos e destrutivos com o objectivo de exercer controle total com os seus próximos. Com o tempo estes tornam-se vítimas e reféns duma teia que tende a normalizar a violência emocional, psicológica e mesmo a física. Não é justo, não é saudável, nem razoável, permanecer numa relação tóxica que apenas desgasta e causa sofrimento. Contudo, separar-se dum narcisista perverso enquanto ainda se gosta dele, enquanto os sentimentos ainda são muito ambivalentes, é um processo complexo, delicado e doloroso. No entanto, com ajuda da rede de apoio e conselhos apropriados, pode-se sempre quebrar esquemas abusivos e canalizar a energia necessária para dizer: “BASTA!”

Deixamos aqui algumas sugestões para um roteiro de libertação pessoal.

1º Reconhecer que está a ser manipulado(a)
No início da relação o narcisista perverso parece perfeito: é atencioso, sedutor, carinhoso. Com o tempo a máscara vai caindo e vai mostrando o ser por detrás da máscara: alguém com uma enorme necessidade de afirmar o seu ego em detrimento dos sentimentos ou bem-estar do outro; alguém cujo intuito é tecer uma teia de manipulação, recorrendo à violência emocional (e outras) se necessário; alguém que aprisiona o outro e o torna sua vítima. Identificar se o seu companheiro(a) é um narcisista perverso é a primeira etapa para sair desta dinâmica destrutiva.

2º Não espere que ele, ou ela, mude
Quando se ama um(a) narcisista perverso é fácil cair na armadilha que se o amar-mos o suficientemente ele(a) acabará por mudar, acabará por reconhecer o nosso valor e acabará com os comportamentos abusivos e violentos. Infelizmente isso não é assim. As pessoas não mudam só porque gostamos muito delas. E quanto mais se espera desta relação mais difícil se torna quebrar as correntes do apego, pelo que é essencial tomar a decisão de parar com a relação o mais rapidamente possível.

3º Procurar ajuda profissional
Não é nada fácil colocar um ponto final numa relação amorosa e mais ainda com um narcisista perverso. Mesmo quando a vítima reconhece o mal e o sofrimento que tal relação lhe trás, o apego, a esperança duma mudança e a manipulação constante lançam dúvidas e incitam a dar passos atrás. O acompanhamento psicológico e uma eficaz rede de apoio podem aportar um pouco mais de clareza, de confiança e de segurança na decisão.

4º Sinalizar o abuso
Os estudos mostram que uma pessoa que mantém uma relação abusiva com um narcisista perverso nunca se recompõe totalmente, mesmo após muitos anos de separação. Assim sendo, se os abusos e as agressões fazem parte do quotidiano da relação não se deve hesitar em sinalizar a situação às autoridades para sua própria protecção. É uma forma de mostrar ao abusador que há limites, que estes já foram atingidos e que não se quer mais viver no medo e na ameaça.

5º Planear a saída e reconstruir a vida
Quando existem crianças, obrigações profissionais partilhadas ou uma dependência económica, separar-se duma pessoa com este tipo de comportamento não se faz nem rápida, nem facilmente. Nestas situações o importante é tomar consciência da realidade onde se está, parar para pensar e encontrar a sua autonomia. Uma vez tomada a decisão de acabar com a relação é de todo aconselhável cortar o contacto, todo e qualquer tipo de contacto. Não responder aos telefonemas, às mensagens e não aceitar explicações. O importante é concentrar esforços no controlo da sua vida e focar-se nas coisas que lhe dão alegria. Sentir-se triste ou despedaçada é normal. A pessoa precisa de tempo para curar as feridas, voltar a definir objectivos mais harmoniosos com a sua natureza para voltar a assumir o controlo da sua vida.

Ser vítima dum narcisista perverso é uma experiência que deixa muitas vezes feridas emocionais, afecta a auto-estima e a confiança em si próprio. Mas com consciência, esperança e amor, é sempre possível mudar: livrar-se do laço tóxico, tomar consciência do seu valor pessoal e aprender, de facto, que no amor não cabe o fazer mal.

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Perder-se a querer salvar o outro.Uma pergunta: Quantos de nós se reconhecem neste título? Quantas vezes nos sentimos pe...
21/08/2025

Perder-se a querer salvar o outro.

Uma pergunta: Quantos de nós se reconhecem neste título? Quantas vezes nos sentimos perdidos a querer salvar o outro? Quantas vezes colocamos em risco as nossas relações, a nossa integridade, o nosso bem-estar, a tentar mostrar ao outro como deveria ser agir diferente, a tentar demovê-lo das suas escolhas, acreditando pretensiosamente saber melhor aquilo de que ele precisa?
Movidos pela vontade de ajudar, queremos evitar que o outro sofra, queremos que ele não se engane, acreditando, no fundo, que a nossa verdade é melhor que a sua, que a nossa análise é mais inteligente, que a nossa intuição é mais forte.
Vivemos tempos propícios a clivagens em várias dimensões da sociedade, na família, nos grupos, às vezes só porque cada uma das partes está convencida que tem de salvar a outra. Acontece que muitas vezes, tentar teimosamente salvar o outro significa afirmar que a Vida não sabe o que faz, e que muito menos o sabe o outro. Significa não ter confiança na Vida e não ter confiança no outro. Significa acreditar-se superior ao outro.
Insistir em tentar salvar o outro, mudar o mundo, evitar o sofrimento do outro, é viver no engano, pois não há ninguém para salvar, não há mundo para mudar nem sofrimento a evitar. Talvez que esta postura apenas sirva para lidar com uma qualquer ferida narcísica, fugindo do que em nós nos dói. Evitamos olhar para nós próprios e projectamos nos outros aquilo de que temos necessidade. No lugar de cuidar do que em nós precisa de cuidado focamos toda a nossa atenção e investimos toda a nossa energia nos males do mundo. Por estranho que pareça, ajudar os outros é mais fácil do que cuidar de si mesmo, pois evita olhar de frente com aquilo que não gostamos em nós, daquilo que nos dói, do que precisa ser trabalhado. Fugimos do nosso próprio sofrimento, fugimos do que precisamos, acreditando inconscientemente que salvando os outros nos permite acumular pontos que evitarão a nossa própria introspecção e salvamento. Nesse sentido, antes de tentar ajudar vale a pena perguntar a si mesmo: quero mesmo ajudar, ou estou apenas a tentar uma forma de me sentir bem? Sou capaz de me colocar, verdadeiramente, no lugar do outro? Ajudar o outro é bom e nobre desde que haja a consciência que ninguém pode salvar ninguém e ninguém pode mudar o mundo. Apesar da responsabilidade do que vivemos não depender só de nós, cada um tem um papel activo. O mesmo acontece com todos e inclusivamente com aquele que se pretende salvar. O sofrimento de um pode ser útil para aprender uma lição importante, para se livrar duma falsa crença, para passar a uma outra fase. Por muito que nos custe o mundo precisa duma certa dose de caos para encontrar a ordem e a luz. Nessas alturas é preciso lembrar que a Vida tem uma Sabedoria que escapa ao nosso entendimento e que não se deixa capturar nos nossos esquemas de pensamento.
É preciso confiar na Vida, com a consciência que ninguém pode obrigar o outro a mudar o que quer que seja, mesmo que o nosso ego se sinta frustrado por saber que os outros estão a fazer uma má escolha ou que precisam que se faça algo por eles. Querer agir em seu lugar é fútil e infinitamente pretensioso, mas trabalhar o nosso interior e colocar-nos ao serviço da Vida com humildade e Amor é o melhor que podemos fazer para nos ajudarmos uns aos outros e contribuir para, de alguma forma, construirmos um mundo melhor.
E com consciência, esperança e amor é sempre possível ajudar e construir um futuro melhor.

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Parentalidade fragilizada.O conceito de parentalidade é novo no campo das ciências humanas. O seu aparecimento traduz um...
29/07/2025

Parentalidade fragilizada.
O conceito de parentalidade é novo no campo das ciências humanas. O seu aparecimento traduz uma preocupação centrada sobre algo que antes não suscitava debate. É certo que os pais e mães sempre se defrontaram com dificuldades no seu papel, mas o olhar sobre estas dificuldades não era muito problemático, sendo que tudo pareceria fluir com naturalidade. Hoje não é assim. De facto, perante as dificuldades de se ser pai ou mãe a tendência é surgirem logo um conjunto de interrogações, de dúvidas, de sentimentos de culpabilidade, de vergonha e, às vezes, de exaustão. Neste texto exploraremos o que, na nossa sociedade, mais desorganiza a parentalidade, fragilizando-a.
A parentalidade é uma tarefa para a vida e, seguramente, uma das mais importantes da vida adulta. Se bem preparada, ela resulta do desejo consciente de duas pessoas em fazer crescer e desenvolver um pequeno ser humano, tendo em conta os seus valores, características e necessidades. No fundo, é fazer crescer um ser com intencionalidade. Contudo, por desvio ou desvarios vários resultantes do ritmo alucinante a que vivemos, é cada vez mais raro pararmos para refletir sobre como desejamos ser enquanto pais e mães e, isso, pode ter um impacto mais negativo do que positivo na educação e desenvolvimento das nossas crianças.
Muito para além de assegurar os cuidados de saúde e segurança, a parentalidade (desempenhada pelos pais ou outros cuidadores) deverá proporcionar uma vinculação segura para que seja possível um desenvolvimento físico e psicológico harmonioso. Mas nesta esfera temos de contar com o que é consciente e intencionalmente trazido para o processo e com o que entra em ação de forma inconsciente, variáveis de ordem pessoal, familiar e social, imaginárias, simbólicas e concretas.
Desta forma, a parentalidade assenta em três registos:
(o resto do texto pode ser lido no blogue webcuco)

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