02/11/2025
🌙 Por detrás da vitimização
A vitimização parece dor, injustiça, impotência.
Mas na psicanálise, o que parece nunca é o que é.O sofrimento, muitas vezes, é o disfarce de um desejo.
Por trás da vítima, há um pedido de amor
um “olha para mim”, um “vê a minha dor”.
O sofrimento torna-se a única forma de existir no olhar do outro.
É o preço pago por um pouco de reconhecimento.
Freud mostrou que o sofrimento pode ser uma defesa contra o desejo.uma forma de se desresponsabilizar ,e o impede de confrontar se com a pergunta fundamental:
“O que em mim contribuiu para que isso acontecesse?”
“O que eu estava a procurar, sem saber, nesse lugar de dor?”
💫Por trás do discurso da vítima, há um desejo inconsciente de ser visto, amado, reconhecido.
O sofrimento torna-se o meio de obter amor, atenção ou sentido.
É uma forma disfarçada de dizer: “Olha para mim, cuida de mim, prova que eu importo.”
Freud chamava isso de ganho secundário: o prazer inconsciente que o paciente extrai da própria dor.
Winnicott (psicanalista secúloXX) lembraria:
a vítima é o eco de uma criança que não foi vista.
Que aprendeu a esconder o seu verdadeiro EU para merecer amor.
Assim nasce o falso self:aquele que sofre para garantir o olhar do outro. ❤️🩹
Na análise, chega o momento em que o paciente se escuta e percebe:
“Não é que eu sofra porque o outro me magoa; eu sofro porque me coloco, sem perceber, nesse lugar onde preciso que o outro me magoe para confirmar a minha narrativa.”💥
“Não é o outro que me aprisiona,sou eu que temo ser livre".
A dor, então, deixa de ser identidade e torna-se caminho. ❤
Não se trata de negar o sofrimento, mas de integrá-lo, de o transformar em experiência, e não em identidade.
✨ Quando o papel de vítima cai, nasce à aceitação do desejo.
aquele que assume a própria história, a própria liberdade, a própria verdade.
👉 E tu, consegues reconhecer onde ainda te manténs preso à tua própria dor?
Escreve nos comentários⬇️⬇️,o primeiro passo é sempre dar nome ao que se repete.