Virgínia Braz- Psicologia

Virgínia Braz- Psicologia Terapia Cognitivo - Comportamental
Terapeuta EMDR

Leiria | Online

Terapia em Português, inglês e Alemão

04/10/2025

Uma das experiências mais universais e, ao mesmo tempo, das mais solitárias que o ser humano pode enfrentar, é o luto.

O luto acontece, quando enfrentamos a perda de algo ou alguém significativo. A tendência é associar o luto à perda de um ente querido, no entanto, também é possível enfrentar um processo de luto quando acontece uma mudança na vida, por exemplo, o fim de uma relação ou a perda de um emprego.

O processo de luto é um processo idiossincrático, vivido por cada um de forma única e que envolve um conjunto de emoções complexas como a tristeza, a raiva, a negação e a saudade. Este processo não é um processo linear, com início, meio e fim. Lidar com a perda, significa integrar essa perda na realidade e aprender a viver com ela.
Esta integração acontece numa oscilação constante entre a saudade e tristeza da perda e a necessidade de adaptação à nova realidade. Ao contrário daquilo que muitos acreditam, o processo de luto é dinâmico, o que significa que mesmo quando alguém parece já ter “ultrapassado” ou “aceite” melhor a perda, pode surgir um momento ou uma fase de dor imensa e de sofrimento. E é bom que esta seja expressa e partilhada.

A "resolução" do luto acontece quando a pessoa consegue encontrar um ponto de estabilidade no seu quotidiano, integrando a lembrança e o sofrimento e a aceitação da perda.
De uma forma generalizada, o luto é considerado patológico e pressupõe o acompanhamento por um profissional quando:

• O sofrimento intenso persiste por mais de 6 a 12 meses, sem sinais de melhoria significativa;

• A pessoa continua paralisada pela dor da perda, com dificuldade em retomar as tarefas básicas do seu dia-a-dia. Isto é, a perda interfere gravemente no funcionamento social, profissional ou pessoal e a pessoa não consegue manter relacionamentos, trabalhar, ou cuidar de si mesma adequadamente.

A oscilação entre a dor e a integração da perda é um sinal de luto saudável e demonstra que alguém está ativamente focado numa adaptação.

É importante relembrar, que transformar a dor da perda, não significa esquecer.

Virgínia Braz- Psicologia

03/09/2025
03/09/2025
04/07/2025

Escrita Terapêutica

A escrita terapêutica é uma ferramenta comumente utilizada em terapia. Pressupõe-se, que o processo terapêutico continue fora do contexto de consulta e, muitas vezes, é através do registo escrito de pensamentos, emoções ou vivências do passado e presente que isso se torna possível.

Estudos demonstram que escrever sobre aquilo que acontece dentro da nossa mente, no nosso pensamento, promove o autoconhecimento, a organização interna e consequentemente, aumenta a nossa capacidade de regulação emocional. A clareza sobre o que sentimos e pensamos, aumenta a noção de identidade e a capacidade de expressão e comunicação, promovendo relações interpessoais mais satisfatórias.

Através da escrita, torna-se mais fácil
perceber o que está a acontecer connosco, porque é que estamos a sentir ou a pensar determinada coisa e como podemos gerir ou enfrentar.

Funciona quase como um mapeamento, organiza e ajuda a direcionar.

Dedicar 10 a 15 minutos no nosso dia, para refletir e escrever livremente, sem julgamento, é um ato de autocuidado poderoso.

Virgínia Braz- Psicologia

10/06/2025

Já ouviu falar de Sintomas Psicossomáticos?

O termo psicossomático, refere-se à relação entre a mente e o corpo, nomeadamente, quando questões do foro psicológico têm um impacto negativo na saúde física.

Apesar, de os sintomas psicossomáticos acontecerem ao nível do corpo, sabe-se que a sua origem ou agravamento acontece por motivos emocionais.

As causas mais comumente associadas a sintomas psicossomáticos, estão relacionadas com:

· Stress;

· Ansiedade;

· Depressão;

· Burnout;

· Trauma psicológico.

A dor e o desequilíbrio emocional, que muitas vezes não é verbalizado, tratado ou mesmo resolvido, acaba por se expressar e manifestar muitas vezes através de, por exemplo:

· Enxaquecas;

· Problemas gastrointestinais;

· Problemas de pele;

· Taquicardia;

· Cansaço extremo.

Identificar que se trata de um sintoma psicossomático, acontece, principalmente, por exclusão e quando os exames clínicos não apontam nenhuma causa orgânica. Nestas situações, é sempre útil que haja uma abordagem multidisciplinar entre médicos, psicólogos e psiquiatras, para que os sintomas físicos possam ser aliviados, devolvendo qualidade de vida, mas principalmente para tratar a sua origem.

A prevenção de problemas e do deterioramento da saúde física, pode e deve muitas vezes começar com o cuidado da nossa saúde emocional.

Virgínia Braz- Psicologia

04/04/2025

O que é a Inteligência Emocional?

Há muito tempo que falar sobre inteligência não é apenas focar nas habilidades cognitivas, como, por exemplo, o raciocínio lógico ou a memória. Sabe-se que a inteligência não é uma habilidade única, mas sim um conjunto de várias competências que interagem e operam de maneira distinta.
Tendo em consideração o cenário do mundo atual, marcado por uma rápida evolução tecnológica e pelo aumento de pressões sociais e económicas, a necessidade em compreender e investir na inteligência emocional parece ganhar cada vez mais força.

A Inteligência Emocional (IE) é a capacidade de compreender e gerir as próprias emoções, saber comunicar sobre elas de forma clara e eficaz, bem como saber estar de uma forma empática na relação com o outro.

A IE acontece a um nível intra- e interpessoal, sendo uma habilidade fundamental no bem-estar individual e com um grande impacto ao nível da eficácia social, principalmente na criação de vínculos e da comunicação, incentivando à compreensão mútua.

A nível Intrapessoal, cultivar a IE, aumenta, por exemplo, a capacidade para manter o foco e a ponderação em situações que funcionam como gatilhos e que podem despoletar reações impulsivas, movidas pela raiva e agressividade. Ajuda na prevenção de comportamentos destrutivos perante o Eu e/ou outro e aumenta a resiliência e capacidade para resolver problemas e conflitos. Estar atento e ter consciência daquilo que se sente, é a base para a assertividade e estabelecimento de limites e para a uma maior capacidade de adaptação à mudança.

Todos podemos ser mais inteligentes a nível emocional, e é sempre momento para abraçar esse trabalho, através da autorreflexão, alimentando a consciência das emoções e do momento e adotando uma postura de menos julgamento e mais empatia.

Virgínia Braz- Psicologia

08/02/2025

Sendo fevereiro o mês em que celebramos e lembramos a importância do Amor, este parece ser o pretexto ideal para refletirmos sobre as nossas relações e como elas afetam o nosso bem-estar emocional. As relações amorosas, familiares e de amizade são, normalmente, fontes de alegria e conexão. Ainda assim, acontece que, por vezes, estas envolvem dinâmicas disfuncionais que acabam por causar dor e sofrimento emocional.
Um exemplo de dinâmica disfuncional nas nossas relações, que se instala de uma forma quase disfarçada, mas que leva a um grande desgaste psicológico, é a codependência.
A codependência caracteriza-se por um padrão psicológico em que alguém valida a sua identidade e a sua noção do Eu, através de uma necessidade extrema de cuidar e agradar o outro.
O foco deixa de ser o Eu e passa a ser o Outro. A pessoa codependente sente-se responsável pelos sentimentos e comportamentos do outro, no fundo pelo seu bem-estar, sacrificando as suas próprias necessidades e vontades, de forma a manter harmonia e obter validação. Esta validação e aprovação do outro, provoca na pessoa codependente uma sensação de segurança emocional, que por sua vez mantém este padrão.
As causas e consequências da codependência são várias e quase que se sobrepõe e entrelaçam. Deixo-vos apenas com alguns exemplos:
• Autoconceito distorcido
• Medo de rejeição ou abandono
• Falta de autonomia emocional
• Ansiedade e depressão
• Dificuldade em estabelecer limites
• Isolamento social
A codependência é apenas um exemplo de como podemos minar a nossa capacidade de sermos emocionalmente saudáveis. Este padrão psicológico é passível de ser explorado e trabalhado, por exemplo, em terapia.
Esta partilha, serve apenas para contribuir um bocadinho na reflexão acerca da forma como vivemos e alimentamos as nossas relações, mas, principalmente, a relação que mantemos com o nosso Eu. Por tudo o que testemunhamos atualmente, talvez importa repensar o que envolve o amor e que os pilares, seja de que relação for, se baseiam na comunicação, empatia e respeito mútuo, nutrindo assim um equilíbrio e a autenticidade.
No próximo dia 14 de fevereiro, desejo um feliz “dia dos namorados” a todos nós!

Virgínia Braz- Psicologia

14/01/2025

Inicia-se mais um ano e com ele também as publicações mensais no Notícias da Freguesia.
Nesta primeira publicação do ano, trago-vos uma sugestão mais concreta de objetivo: Focarmos a nossa atenção de uma forma mais plena no momento presente. Por outras palavras (mais “caras”), praticarmos uma atitude mais mindfull.

O mindfulness consiste num conjunto de estratégias que nos ajudam a lidar com o stress, nos permitem sair do modo piloto-automático e que potenciam uma consciência e atenção mais plena às vivências do nosso dia-a-dia.

Porque é que isto é tão importante?
Funcionar muito mais em piloto-automático, do que em atenção plena, leva a uma desconexão com os outros e com o nosso Eu. Pensamentos e sentimentos mais pesados, associados ao stress e pessimismo tendem a surgir mais facilmente. Treinar uma atitude mais consciente, ajuda-nos a estar em contacto com as nossas emoções, sensações e pensamentos. Mindfulness sugere que este contacto seja feito com menos auto-julgamento e mais aceitação. Tentar integrar e praticar mais estes princípios no nosso dia-a-dia, ajuda a enfrentar os desafios, com menos impulsividade e de uma forma mais eficaz.

O mindfulness está tipicamente associado a praticas de meditação específicas, mas é possível integrar a prática de atenção plena no nosso quotidiano de formas simples:

• Estar mais vezes em contacto com a natureza, por exemplo através das caminhadas;
• Estar mais atento à natureza que nos rodeia;
• Prestar mais atenção à nossa respiração ao longo do dia e praticar ciclos de respiração profunda;
• Enquanto estamos ocupados com uma tarefa específica, permitir que estejamos apenas focados nessa tarefa e evitar “pensar em mil coisas ao mesmo tempo”. Um bom começo, são os momentos de refeição, onde podemos tentar focar os nossos sentidos e saborear plenamente o sabor dos alimentos.

Estudos revelam que estas “pequenas alterações”, promovem a nossa capacidade de atenção e memória, reduzem os sintomas físicos do stress e melhoram as relações que mantemos com os outros.

Desejo-vos um bom 2025, com mais momentos de atenção plena e tranquilidade!

Virgínia Braz- Psicologia

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Polidiagnóstico/Largo Cap. Salgueiro Maia, Edifício Azul, 1º
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2400-221

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