19/11/2025
Na psicanálise, viver não é seguir uma linha reta, mas atravessar caminhos que nos atravessam.
Cada escolha, cada tropeço, cada desejo sussurrado ou silenciado vai moldando aquilo que chamamos de trajeto subjetivo.
Não existe um “caminho certo”, mas existe o seu.
E ele é feito de marcas: algumas que doem, outras que despertam, outras que surpreendem.
Freud já dizia que o sujeito se constrói a partir de suas experiências e dos seus confrontos internos.
Lacan acrescenta: o desejo é o que nos movimenta, mesmo quando não sabemos exatamente para onde vamos.
Viver, então, é este exercício contínuo de escuta — do mundo, dos outros e de nós mesmos.
É permitir que o caminho não seja apenas percorrido, mas também interpretado.
E talvez o mais importante: não buscamos um destino final, mas um modo mais verdadeiro de caminhar.
Porque na psicanálise, viver não é chegar.
É se encontrar, se perder, se reinventar… e continuar.