Associação Portuguesa de Geógrafos

Associação Portuguesa de Geógrafos Muito do que pode interessar a geógrafos

Exposição: «A Professora» No passado dia 23 de outubro teve lugar a inauguração da exposição que celebra a Professora Ra...
05/11/2025

Exposição: «A Professora»

No passado dia 23 de outubro teve lugar a inauguração da exposição que celebra a Professora Raquel Soeiro de Brito, no seu quase centenário de vida. A mostra na «Casa de Vidro» reúne fotografias dos diversos lugares em que a «A Professora» trabalhou, investigou e contribuiu para a investigação científica. O auditório do bloco B encheu-se para agradecer o empenho e a defesa da Geografia enquanto ciência, recordando que a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas recebeu o primeiro curso de Geografia e Planeamento Regional do país ainda nos anos 80. Foi um momento marcante que reuniu a direção da FCSH, o Departamento de Geografia e Planeamento Regional, bem como alumni a trabalhar em vários quadrantes e que vieram com o propósito de assistir à inauguração. A iniciativa do DGPR teve como parceiro o Centro de Estudos Geográficos - IGOT, da Universidade de Lisboa.

https://apgeo.pt/exposicao-professora

🔔 Inscrições Abertas – 8.ª Edição das Olimpíadas Portuguesas da Geografia 🌍Estudantes do 10.º, 11.º e 12.º anos — chegou...
03/11/2025

🔔 Inscrições Abertas – 8.ª Edição das Olimpíadas Portuguesas da Geografia 🌍
Estudantes do 10.º, 11.º e 12.º anos — chegou o vosso momento! As Olimpíadas Portuguesas da Geografia 2026 regressam para a 8.ª edição, desafiando-vos a testar os vossos conhecimentos geográficos. 📚✨

✅ Quem pode participar?
Alunos do ensino secundário, interessados em Geografia e em representar a sua escola.

🗓 Principais datas:
Inscrições abertas até: 22 de dezembro 2025
1ª Eliminatória: 21 de janeiro 2026
2ª Eliminatória: 29 de abril 2026

🏆 Porquê participar?
Testas os conhecimentos geográficos e desenvolves competências em análise espacial, geopolítica, ambiente e ordenamento do território;

Representa a tua escola a nível nacional;
Ganha prémios e a oportunidade de representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Geografia.

📌 Como participar:
1️⃣ Preenche o formulário de inscrição em [https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeYwjg41nwvNDPU6XFjmRtCLB3pKXI2SUgBw56pO0AQJdnORQ/viewform]
2️⃣ Consulta o regulamento completo no site da Associação Portuguesa de Geógrafos - https://apgeo.pt/httpsapgolimpiadaswixsitecomgeografia - ou no site das Olimpíadas da Geografia - https://apgolimpiadas.wixsite.com/geografia/

GeoculturasDo deserto à Europa: Difusão do monaquismo cristão e desenvolvimento sócio-cultural | Rogério BarretoOs moste...
02/11/2025

Geoculturas
Do deserto à Europa: Difusão do monaquismo cristão e desenvolvimento sócio-cultural | Rogério Barreto

Os mosteiros desempenharam na Europa um papel decisivo no desenvolvimento histórico, cultural, social, económico e agrícola dos territórios, constituindo-se como centros de saber, de preservação do conhecimento e de inovação. Ao longo da história, o monaquismo cristão afirmou-se como um dos motores do progresso humano, processo complementado com a fundação das primeiras universidades a partir do séc. XI, acompanhando o movimento cultural inerente à criação das duas mais antigas universidades do mundo, ambas muçulmanas – Universidade Al- Quarawiyyia, na cidade de Fez, Marrocos, e Universidade de Al-Azhar, no Cairo, Egipto, fundadas respectivamente nos séc. IX e X.
A implantação dos mosteiros foi uma mais valia para a regiões onde floresceram, ao construir consideráveis áreas agrárias, desenvolvendo técnicas agrícolas e criando riqueza, especialmente através do cultivo da vinha e do comércio de produtos manufacturados, além de se tornarem focos intelectuais e educativos, a par da dimensão espiritual que lhe está subjacente.
A implantação de mosteiros é um processo que tem início numa época remota da história europeia, numa fase de transição entre os períodos clássico e alto-medieval. O monaquismo cristão é uma realidade estabelecida no séc. IV, originalmente na região do Médio Oriente, onde se concretizam experiências de aproximação às raízes de uma religião que se vai difundindo paulatinamente nos territórios do arco romano. A construção de mosteiros é uma forma nova de congregar seguidores e divulgadores dos preceitos dessa religião fundada na vida de um homem singular que viveu naquela região.
Entre um afastamento da vida mundana e o isolamento em terras inóspitas, experienciados por eremitas, anacoretas e solitários nos desertos da região de Alexandria, no Egipto – Sinai e Nítria, os míticos “padres do deserto”, que se tornaram mais tarde lugares centrais do monaquismo, S. Macário, o Grande, iniciou sua vida ascética nesta região e fundou uma das primeiras comunidades monásticas da cristandade. A partir desta comunidade monástica original são fundados os quatro primeiros mosteiros do cristianismo – Mosteiro de Baramous, Mosteiro de São Macário de Scété, Mosteiro de S. João Menor e Mosteiro de São Bishoy.
Bento de Núrsia foi um monge e abade que viveu entre os séculos V e VI d.C., natural da cidade de Núrsia, no Centro de Itália, considerado o impulsionador da vida monástica na Europa. Tendo fundado o Mosteiro de Monte Cassino, escreveu uma regra para os mosteiros que se tornou fundamental para o monaquismo ocidental. Durante séculos a Regra de S. Bento foi-se difundindo à medida que foram sendo construídos novos mosteiros pela Europa fora, e no séc. VIII estava já presente em Inglaterra, Alemanha, França e Espanha. Em Portugal, a observância da vida monástica tem início com S. Martinho de Dume, o apóstolo dos Suevos, oriundo da Panónia, actual Hungria, bispo que foi de Braga e Dume, e onde faleceu no ano de 579. Contudo, a Regra de S. Bento foi conhecida no território que veio dar origem ao reino de Portugal pelo menos no século X. Oficialmente só em 1567, na sequência do Concílio de Trento (1545-1563), que impôs a união das ordens religiosas em congregações, é fundada a Congregação dos Monges Negros de S. Bento dos Reinos de Portugal, tendo como casa-mãe o Mosteiro de Mire de Tibães, no concelho de Braga, remotamente fundado por uma família terratenente da aristocracia local.
A região de Entre Douro e Minho viu nascer inúmeros mosteiros, alguns instituídos por comendatários, membros da aristocracia regional, e outros por monges de obediências monásticas diversas, onde sobressaía a cluniacense. Estas estruturas religiosas introduzem na paisagem rural significativas alterações, sobretudo as veiculadas pelas novas práticas agrárias, o arroteamento das terras virgens, a reconfiguração de propriedades rústicas que lhe são afectas, parte das quais as cercas delimitavam rigorosamente, a construção de moinhos e outras unidades produtivas. De igual modo, o mosteiro é um foco cultural quando nele se funda a biblioteca, apesar de nem todos a possuírem, ou a scriptoria dos grandes mosteiros, onde os livros eram copiados manuscritamente. Destes lugares irradiava conhecimento e cultura, atributos de que beneficiavam as comunidades locais.
A sua função é funamentalmente cultual, de observância religiosa, mas não menos importantes são os vectores impulsionadores de desenvolvimento aportados a uma localidade ou região - mudança, inovação, organização, economia agrária, comércio local, difusão cultural.
No Entre Lima e Cávado, no Vale do rio Neiva, que atravessa os concelhos de Vila Verde, Ponte de Lima, Barcelos, Esposende e Barcelos, pontificam três antigos mosteiros beneditinos – Santa Maria de Carvoeiro, Santo André de Palme e S. Romão do Neiva, distando cerca de 7 km entre si, com origens nos primórdios da nacionalidade. Em meados de 1500 viveu nas suas margens verdejantes, em Duas Igrejas, o poeta Sá de Miranda, dito Poeta do Neiva, vate consagrado da literatura portuguesa que nele encontrou repouso e inspiração.
A história religiosa e social regista a importância das dinâmicas beneditinas na construção de uma identidade própria que as comunidades locais reconhecem e valorizam, cujos legados e valores patrimoniais merecem políticas de salvaguarda arquitectónica e de dinamização cultural.

Entrevista Newsletter APG | Francisco CastroNome: Francisco Daniel Pereira de CastroNaturalidade: São Julião de Freixo –...
01/11/2025

Entrevista Newsletter APG | Francisco Castro

Nome: Francisco Daniel Pereira de Castro
Naturalidade: São Julião de Freixo – Ponte de Lima
Idade: 45 anos
Formação académica: Licenciatura em Geografia e Planeamento – Ramo Desenvolvimento Regional e Ambiente
Ocupação Profissional: Técnico Superior de Gestão de Ativos e Engenharia
Outros: Consultoria no âmbito de Avaliações e Expropriações

"As questões geopolíticas e a sua interligação à geoeconomia europeia e mundial poderiam ser uma excelente temática a explorar, dado que são temas a que assistimos de forma direta e indireta no nosso quotidiano.
No entanto, as alterações climáticas e a gestão da água são, para mim, outros, não menos importantes maiores desafios do nosso tempo.
A Geografia ensina-nos a olhar o território de forma integrada e responsável, reconhecendo que cada decisão tem impactes ambientais, económicos e sociais.
Garantir o equilíbrio ecológico e a sustentabilidade dos recursos hídricos exige planeamento, tecnologia e conhecimento territorial.
Enquanto geógrafos, temos um papel fundamental: analisar, planear e propor soluções equilibradas que conciliem progresso e preservação ambiental, sempre com o olhar crítico e técnico que a nossa formação nos proporciona."

https://apgeo.pt/113-francisco-castro

Perspetivas da Geografia | Dia Mundial das Cidades - 31 de outubroLuís Carvalho| Diretor-adjunto, CEDRU – Centro de Estu...
31/10/2025

Perspetivas da Geografia | Dia Mundial das Cidades - 31 de outubro
Luís Carvalho| Diretor-adjunto, CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Lda

Portugal tem registado um aumento muito significativo no número e na frequência das ondas de calor, fenómeno indissociável das alterações climáticas em curso no Planeta. Este agravamento evidencia a importância de conhecer as morfotipologias urbanas (padrões de ocupação e organização do espaço) que influenciam a forma como as cidades portuguesas reagem ao (sobre)aquecimento, nomeadamente através da formação de ilhas de calor urbano. A densidade edificada, a presença de espaços verdes e a impermeabilização dos solos são fatores críticos para a vulnerabilidade dos cidadãos.
Por um lado, nas áreas densamente construídas, com edifícios multifamiliares e escassez de espaços verdes, observa-se maior acumulação térmica, exigindo soluções e medidas orientadas (criação de corredores verdes, arborização de ruas e uso de materiais de elevada refletância). Por outro lado, nas áreas de baixa densidade (predomínio de moradias e jardins), o risco térmico é menor, mas a vulnerabilidade social e de mobilidade pode ser superior (questão relevante para os grupos mais vulneráveis, como as crianças e os idosos). Neste quadro, o planeamento urbano deve equilibrar adaptação climática e inclusão social, concorrendo para assegurar um acesso equitativo a serviços e refúgios climáticos.
Tornar as cidades mais seguras e confortáveis às ondas de calor e temperaturas elevadas passa, em parte, pelo desenvolvimento de estratégias de resiliência e de melhoria do conforto térmico, com foco na proteção dos grupos mais vulneráveis. A integração de infraestruturas verdes e azuis nas cidades portuguesas (árvores e espelhos de água) é essencial para reduzir as temperaturas e melhorar a qualidade de vida urbana.

https://apgeo.pt/dia-mundial-das-cidades-luis-carvalho

“Mapping Heat and Hope: How GIS Reveals the Cooling Power of Green Spaces in Porto”, publicado recentemente no Earth Sci...
30/10/2025

“Mapping Heat and Hope: How GIS Reveals the Cooling Power of Green Spaces in Porto”, publicado recentemente no Earth Sciences Blog da Esri.

O estudo foi desenvolvido por geógrafos como: Mafalda Bastos de Moura, Daniel Rodrigues Pinto, Rafael Maia, Maria Pacheco e Maysa Valença (Arquiteta mas Mestre em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território pelo Dep. Geografia do Uporto), sob supervisão científica da Prof.ª Dra. Ana Monteiro e Prof.ª Dra. Helena Madureira. O trabalho explora como os SIG podem analisar a relação entre espaços verdes, calor urbano e conforto térmico, reforçando o papel das soluções baseadas na natureza na mitigação das ilhas de calor e na construção de cidades mais resilientes e sustentáveis.

A publicação foi divulgada no perfil do LinkedIn da Mafalda Bastos de Moura (https://www.linkedin.com/in/mafaldasbcmmoura/) e na Young Professionals Network da Esri, ampliando o alcance internacional do projeto.

A geógrafa Raquel Soeiro de Brito volta a ser distinguida, desta vez no EUE 2025. Mais uma justa e merecida homenagem ao...
29/10/2025

A geógrafa Raquel Soeiro de Brito volta a ser distinguida, desta vez no EUE 2025. Mais uma justa e merecida homenagem ao seu percurso profissional e ao contributo notável para a educação e para a comunidade.🙏🌍

O geógrafo Gonçalo Antunes fez, no passado dia 27 de outubro, algumas declarações no Primeiro Jornal da SIC e na SIC Not...
29/10/2025

O geógrafo Gonçalo Antunes fez, no passado dia 27 de outubro, algumas declarações no Primeiro Jornal da SIC e na SIC Notícias, a propósito de duas reportagens publicadas no Público.
Nas suas intervenções, sublinhou que os aumentos mais expressivos dos preços habitacionais ocorreram precisamente nas zonas onde mais se construiu — um fenómeno que, segundo o investigador, não é assim tão surpreendente, dadas as dinâmicas atuais do mercado imobiliário e da concentração da procura.

🚶‍♀️ Cidades para pessoas, não para carros.Bruxelas e Liubliana transformaram os seus centros urbanos ao restringirem o ...
28/10/2025

🚶‍♀️ Cidades para pessoas, não para carros.

Bruxelas e Liubliana transformaram os seus centros urbanos ao restringirem o acesso automóvel e priorizarem a mobilidade pedonal.
O resultado? Mais espaço público, menos ruído e melhor qualidade de vida.

E em Portugal?
Será que estamos preparados para repensar as nossas cidades e dar prioridade às pessoas e ao ambiente urbano em vez do trânsito e do estacionamento?

🗣️ Partilha a tua opinião: que cidade portuguesa poderia dar o exemplo?

https://sicnoticias.pt/podcasts/mobi-boom/2025-10-26-nos-ultimos-anos-bruxelas-fechou-o-centro-da-cidade-ao-automovel-e-aumentaram-muito-as-pessoas-a-pe.-em-liubliana-foi-o-mesmo-b8f3187d?fbclid=IwY2xjawNsRPtleHRuA2FlbQIxMABicmlkETAyTG1rT3ZiV2hsd29JVU81AR4PCfwTVC-YDwZupLET2qlQszCZdxD9n1rJ4RagQa5Ssf_TSVvFiu01dPXZjw_aem_wa7MnPDi_7yDaoL8foGidg =1761464135

📊 Fogos concluídos para habitação familiar em Portugal (1995–2024)Entre o final da década de 1990 e o início dos anos 20...
27/10/2025

📊 Fogos concluídos para habitação familiar em Portugal (1995–2024)

Entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, Portugal viveu um período de forte expansão na construção de habitação, com mais de 120 mil fogos concluídos anualmente.
Posteriormente, a crise financeira e o abrandamento do investimento conduziram a uma quebra acentuada na atividade construtiva, atingindo mínimos históricos em torno de 2015.

🏗️ Nos últimos anos, observa-se uma retoma gradual, embora ainda distante dos níveis registados no início do século.

🏠 Essa redução prolongada da oferta habitacional tem hoje efeitos diretos na crise da habitação? Qual a influência do subprime? Que relação com a escassez de imóveis disponíveis, a valorização dos preços e a maior dificuldade no acesso à habitação em várias regiões do país?

O gráfico evidencia como o setor da construção espelha — e em grande medida explica — a evolução económica e social de Portugal nas últimas décadas.

Endereço

Instituto De Ciências Sociais, Avenida Professor Aníbal Bettencourt, N. º 9
Lisbon
1600-189LISBOA

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